Foi uma vitória de Pirro. Para os dois lados. Os governistas ganharam no total, mas não conseguiram aprovar o sistema de voto impresso e auditável. Portanto, perderam. Os oposicionistas perderam na totalização, por 10 votos, mas tiraram, dos situacionistas, o direito a checagem das urnas eletrônicas. Contudo, no final, ficam sob suspeita de grande parte da Nação de que há algo de podre no Reino da Eleição, pelo esforço hercúleo que fizeram para impedir mais transparência na disputa de 2022. Não importa o que aconteça, perante grande parte dos brasileiros (e se viu isso nas ruas, há poucos dias), haverá sempre a suspeita de que possa haver risco de invasão. Por trás disso tudo, ficou ainda a certeza de que os arroubos da oposição de que teria votos suficientes para um eventual impeachment de Bolsonaro, foram por água abaixo. Uma proposta neste contexto, não teria jamais os dois terços necessários do Congresso, para ser aprovada. A votação da terça confirmou isso. Foi uma derrota para o governo? O foi principalmente para o presidente Bolsonaro, que usou todo o seu poder para tentar impor sua vontade em relação ao voto impresso. Mas não muda muito o quadro político nacional. Fosse qual fosse o resultado, o país continuaria dividido por uma maioria que não quer saber da volta de esquerda ao poder e uma minoria, barulhenta, mas apenas isso, que quer derrubar o Presidente na marra. Sobraram, no final, decepções, como o caso do empresário João Amoêdo, que criou o Partido Novo, para ser algo diferente na política brasileira, mas que, escanteado por Bolsonaro, se tornou oposição e age como proprietário da sigla, pedindo a saída de quem votou a favor do voto impresso.
Lição importante também veio da bancada federal de Rondônia. Pelo menos três parlamentares (Expedito Netto, do PSD, Mauro Nazif, do PSB e Silvia Cristina, do PDT), eram contra o voto auditável, até por decisões partidárias. Contudo, ao percorrerem seu Estado, no meio do povo que os elegeu, ficou muito claro: mantivessem seus votos, corriam o risco de perder um contingente impressionante de eleitores. Na Hora H, os três não pensaram duas vezes: priorizaram suas próximas candidaturas. Os outros cinco (Mariana Carvalho, do PSDB, Jaqueline Cassol (PP), Lúcio Mosquini (MDB), Léo Moraes (Podemos) e Coronel Chrisóstomo (PSL) já haviam anunciado seus votos a favor, dias atrás. Silvia Cristina o fez um dia antes. Mauro e Expedito Netto só se posicionaram na hora da votação. O temor de contrariar o eleitorado era tão grande que os parlamentares rondonienses divulgaram, nas redes sociais, fotos e vídeos, comprovando como votaram. Ou seja, a pressão sobre o parlamento, ao menos em Rondônia, funcionou bem. Agora, se verá em outros Estados, onde também houve forte cobrança pelo voto impresso, mas onde deputados preferiram seguir orientações partidárias a ouvir o clamor das ruas. Em 2022 saberemos qual o exato resultado disso. Se as urnas forem totalmente confiáveis, é claro!
OBRA DO DNIT NA JORGE TEIXEIRA É IMPORTANTE, MAS FEITA EM HORAS TOTALMENTE ERRADAS - Não se pode deixar de elogiar o Dnit por tentar fazer obras de recuperação a BR 319 (avenida Jorge Teixeira), dentro do perímetro urbano de Porto Velho. Não se pode deixar de criticar o Dnit por fazê-lo em horários de pico do trânsito, causando engarrafamentos enormes, principalmente numa via utilizada por centenas de caminhões, diariamente, saindo e entrando do Porto da Capital. O prefeito Hildon Chaves comemorou o início dos trabalhos, lembrando que houve uma intervenção direta da Prefeitura, negociando com o governo federal, para que o serviço fosse realizado. O pedido foi feito pessoalmente ao ministro Tarcísio de Freitas, quando esteve na cidade. O recapeamento da rodovia começou, mas justamente em horários de grande movimentação no trânsito, causando um enorme transtorno para milhares de porto velhenses e visitantes, que entram e saem da cidade, principalmente nas primeira horas da manhã e do meio da tarde em diante. Na terça-feira à tarde, o acesso à rodovia, pelas ruas laterais, em determinados trechos, era totalmente impossível. Motoristas reclamavam que levaram até 20 minutos para conseguirem andar dois quarteirões. A obra é vital para a cidade, mas poderia ser feita em horários de menor pico e sem atrapalhar a vida de todos.
DESVIOS DE VERBAS FEDERAIS NA SEAGRI COMEÇARAM EM 2018, DIZ PF- Quem leu só as manchetes, ficou convicto de que teria havido atos de corrupção no atual governo Marcos Rocha, na área da Seagri. Não foi o que aconteceu. A ação da Polícia Federal, que descobriu um esquema de desvio de verbas federais na Secretaria de Agricultura do Estado, em algumas de suas representações, refere-se a atos cometidos em 2018, portanto um ano antes de se iniciar a atual administração. Basicamente, servidores públicos são acusados de superfaturamento em compras e venda de produtos sem que os produtores recebessem pelo que foi comercializado. Os crimes descobertos são de peculato e associação criminosa, cometidos por funcionários públicos do Estado, em recursos do Programa de Aquisição de Alimentos. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços em Porto Velho, Ariquemes, Vale do Anari e Colorado do Oeste. A PF deu início às investigações, há três anos, a partir de denúncias anônimas, encaminhadas à Casa Militar do Governo e a pedido do secretário Evandro Padovani, que acionou a polícia para investigar. Lamentavelmente, nenhum dos nomes dos envolvidos foi divulgado, colocando sob suspeita toda uma estrutura onde, certamente, a imensa maioria dos servidores nada tem a ver com os crimes.
GRANDES INCÊNDIOS E MAIS DE 2.200 FOCOS NO ESTADO, DURANTE ESTE AGOSTO - As queimadas criminosas continuam abundantes na região de Porto Velho, Candeias, Nova Mamoré e, ainda, Cujubim, onde há grandes focos. Até esta terça, mais de 2.250 incêndios já tinham sido registrados, a maior parte deles nestas cidades. Desse total, pelo menos meia centena foram de grandes incêndios florestais, principalmente em áreas de proteção e próximo a regiões onde existem aldeias indígenas. Dentro de Porto Velho, vários pontos têm sido queimados, mantendo a cidade sob uma fumaça densa principalmente pela manhã. Os incêndios ocorridos, inclusive em terrenos de propriedade da Força Aérea, num dos lados da pista do Espaço Alternativo, podem afetar os voos no aeroporto internacional da Capital. Na manhã desta quarta-feira, havia forte possibilidade de fechamento do aeroporto, em alguns horários, para pousos e decolagens, por causa da fumaça. Todas as campanhas de conscientização feitas nas últimas décadas, ao que parece, não deram em nada. As queimadas ilegais continuam sendo realizadas, até porque não há fiscalização suficiente para combatê-las. Muitos dos crimes ambientais, nesta época do ano, são cometidos por invasores de terras e madeireiros ilegais.
MESMA HISTÓRIA, MESMO PRESO, MESMO CRIME: NOSSAS LEIS SÃO INACREDITÁVEIS - Todos os dias a história se repete. Preso, o bandido, pouco tempo depois, está novamente nas ruas, cometendo os mesmos crimes. Parte da vergonhosa legislação brasileira mantém a bandidagem sob sua proteção, enquanto suas vítimas que se danem. Os direitos humanos do crime são muito mais valorizados do que qualquer dano que a bandidagem possa ter causado às vítimas. Outro caso típico ocorreu esta semana, em União Bandeirantes. Um policial aposentado foi preso pela segunda vez em menos de três anos, pelo mesmo crime. Com um verdadeiro paiol de munições dentro de casa, ele abastecia traficantes e criminosos para todos os tipos de armas. Foi preso com nada menos do que 13 mil diferentes tipos de munições. O homem, que abastecia o crime, sequer escondia suas ações, até porque tinha munições expostas em prateleiras dentro de sua casa, como se fosse um lojista, vendendo legalmente seus produtos. Certamente o fez embasado no fato de que, preso em 2018, ficou pouco tempo na cadeia. Livre, leve e solto, retornou às ruas para cometer, de novo, todos os mesmos delitos. Certamente, em breve, ele estará novamente, quem sabe no mesmo lugar, vendendo munições para incentivar a violência.
VACINAÇÃO COMBATE VÍRUS, DIMINUI NÚMEROS NEGATIVOS E DÁ MAIS ESPERANÇA - Com as 28 mil novas doses de vacinas recebidas nesta terça e outras 16.860 nesta quarta, Rondônia registra, desde 19 de janeiro, quando chegaram as primeiras doses, nada menos do que 1 milhão 148 mil e 200 imunizantes, a maioria Astrazeneca, depois Coronavac, Pfizer e Jansen, A Astrazeneca foi em maior número, nada menos do que 540.250 doses, quase metade de todas que recebemos durante esses cerca de oito meses. Ainda há óbitos a se lamentar, como os novos sete registrados na terça, mas fica claro que a vacinação tem ajudado a diminuir, em muito, o contágio, as internações e as mortes. Até agora, entre os 260.090 rondonienses atingidos pela doença e 251.622 recuperados, tivemos, lamentavelmente, 6.414 vidas perdidas, o que representa 2,47 por cento do total de casos registrados. Nosso sistema hospitalar nunca esteve com tão poucos pacientes, desde que a doença atingiu seu pico, em duas ondas diferentes. Os dados do Boletim 408, apontam que temos apenas 172 pacientes internados. Todo o cuidado ainda é muito importante, mas a segunda dose da vacina vai melhorar ainda mais os índices da guerra ao vírus. Já foram imunizadas 797.095 pessoas com a dose inicial e 284.013 com a dose definitiva. O total de vacinas aplicadas no Estado, já superou o 1 milhão e 82 mil doses.
NA CDL, COMERCIÁRIOS RECEBEM VACINAS. NA SEMANA QUE VEM, POSTO SERÁ NO SHOPPING - Um esforço conjunto das entidades empresariais do comércio, junto com a Prefeitura da Capital, organizou um verdadeiro mutirão para vacinar grande número de comerciários, nesta quinta e na sexta. Na próxima semana, haverá quatro dias de imunização no shopping, mas daí não só para os trabalhadores das lojas, mas também para o grande público. O empresário Chico Holanda, presidente do Instituto Empresarial de Rondônia e um dos líderes do movimento, participou, nesta quarta, do programa dos Dinossauros, um dos campeões de audiência no Estado (Rádio Parecis FM, de segunda a sexta, do meio dia às 14 horas), dando detalhes do projeto. Nesta quinta e na sexta, o atendimento será na sede da CDL, na avenida Carlos Gomes, no centro, das 9 da manhã até 16 horas. Na semana que vem, de quinta a domingo, haverá um posto de vacinação dentro do Porto Velho Shopping. Em nome das entidades patronais, Chico Holanda fez um apelo para que os comerciários que ainda não foram imunizados, que procurem os locais de vacinação criados para eles e, ao mesmo tempo, pediu que os lojistas liberem seus funcionários para que sejam vacinados. “Estamos nessa guerra contra o vírus e a favor da vida”, destacou o competente dirigente do Instituto Empresarial rondoniense.
SECRETÁRIO DA SAÚDE NÃO DESCARTA TERCEIRA DOSE, MAS DIZ QUE NÃO HÁ NADA DEFINIDO - Vamos ou não ter a terceira dose de vacinas no Brasil? Há estudos em várias partes do mundo sobre o tema e vários países já adotaram o sistema, mesmo sem haver ainda definição científica, principalmente para quem foi imunizado com a Coranavac, comprovadamente, até agora, o imunizante que teria menor poder de acabar com o vírus. Na América do Sul, Uruguai e Chile já estão aplicando a terceira dose. O secretário estadual de saúde, Fernando Máximo, ao ser questionado sobre o assunto, diz que a possibilidade não pode ser descartada, mas que, até agora, não há nenhuma decisão oficial, por parte do Ministério da Saúde. Para o titular da Sesau, todas as vacinas são importantes, para ajudar a salvar vidas, mesmo a Coronavac, que entre todas, teria o menor índice de eficiência. Há contudo, centenas e centenas de exemplos em Rondônia e no país todo, em que pessoas vacinadas com a Coronavac (mesmo com apenas uma dose), que pegaram o vírus, alguns pela segunda vez e os efeitos foram muito menos intensos do que os não vacinados. O que é importante, para Fernando Máximo, é que toda a população seja imunizada o mais breve possível. Ele acredita que até antes do final deste ano, todos os rondonienses que estão no grupo dos “vacináveis”, ou seja, cerca de 1 milhão e 300 mil pessoas, já estejam imunizados
PERGUNTINHA - Você considera justo que o maior jogador da atualidade, Leonel Messi, ganhe 215 milhões de reais em salários por ano, no Paris Saint German da França ou considera que é um exagero todo esse dinheiro, para um jogador de futebol?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
Um comentário:
O nome do jornalismo pé de chinelo,bolsonarista,parcial em Rondônia tem nome; chama-se Sérgio Pires.
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