domingo, 19 de outubro de 2025

O SERVIÇO HUMANIZADORA DA FÉ



Ao ver as ações e ouvir os ensinamentos de Jesus, os apóstolos reconhecem seu próprios limites. Pedem, então, que Jesus lhes aumente a fé. Desejam uma fé maior, com a qual possam perdoar mais facilmente e fazer coisas maiores.

Jesus responde com uma comparação. A fé écomo um grão de mostarda. Um grão que é dom de Deus, mas precisa ser semeado para frutificar. A fé, dom de Deus, tem em si o poder de se transformar e transormar as realidades, mas os frutos da fé dependem de nós. Se o destino natural da semente é se transformar e frutificar, a qual seria então nosso destino?

A outra comparação feita por Jesus fala de um servidor ocupado simplesmente em servir. É a atitude fundamental diante de Deus reconhecermo-nos devedores. Àquele de quem tudo recebemos e de quem somos simples servos. Não se trata de qualquer serviço, mas daquele que aprendemos de Jesus, o exemplo de Servidor.

O que os apóstolos queriam era muito bom: continuar, com uma "fé maior", os sinais de vida da missão de Jesus, suas ações e ensinamentos,. Mas fé não é questão de tamanho. Se tivermos fé, será como um grão de mostarda, que tem o poder de transformar e gerar vida.

Fé que frutifica, é bom lembrar, não tem a ver simplesmente com nossos desejos atendidos ou necessidades satisfeitas. Tem a ver, sobretudo com as relações fraternas que construímos, com a missão que abraçamos em favor da vida para todos. A mesma missão do Mestre, aqual comporta também sofrimentos e fracassos.

Os frutos da fé, portanto, só podem vir pelo serviço desinteressado a Deus. E com,o a ele só podemos servir servindo os outros, então uma das melhores atitudes diante de Deus é o desejo de perseverar. Perseverar na missão de servir seu projeto, transformando o mundo para melhor, pois nisso está o poder de nossa fé.

Diante de Deus, somos simples servidores: devemos tudo a ele e nada podemos exigir, além de seguir nosso destino natural de sermos humanos e humanizar as relações, com a fé que permite ir além, como uma semente que morre para trazer vida.

Fonte: Pe. Paulo Bazaglia, ssp / O DOMINGO - semanário litúrgico-catequético



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