Ao ver as ações e ouvir os ensinamentos de Jesus, os apóstolos reconhecem seus próprios limites. Pedem, então, que Jesus lhes aumente a fé. Desejam uma fé maior, com a qual possam perdoar mais facilmente e fazer coisas maiores.
Jesus responde com uma comparação. A fé é como um grão de mostarda. Um grão que é dom de Deus, mas precisa ser semeado para frutificar. A fé, dom de Deus, tem em si o poder de se transformar e transformar as realidades, mas os futos da fé dependem de nós. Se o destino natural da semente é se transformar e frutificar, qual seria então nosso destino?
A outra comparação feita por Jesus fala de um servidor ocupado simplesmente em servir. É a atitude fundamental diante de Deus: reconhecermo-nos devedores. Àquele de quem tudo recebemos e de quem somos simples servos. Não se trata de qualquer serviço, mas daquele que aprendemos de Jesus, o exemplo de Servidor.
O que os apóstolos queriam era muito bom: continuar, com uma "fé maior"os sinais de vida da missão de Jesus, suas ações e ensinamentos. Mas fé não é questão de tamanho. Se tivermos fé, será como um grão de mostarda, que tem o poder de transformar e gerar vida.
Fé que frutifica, é bom lembrar, não tem a ver simplsemsnete com nossos desejos, atendidos ou necessidades satisfeitas. Tem a ver, sobretudo, com as relações fraternas que construímos, com a missão que abraçamos em favor da vida para todos. A mesma missão do Mestre, a qual comporta também sofrimentos e fracassos.
Os frutos da fé, portanto, só podem vir pelo serviço desinteressado a Deus. E como a ele só podemos servir servindo os outros, então uma das melhores atitudes diante de Deus é o desejo de perseverar. Perseverar na missão de servir seu projeto, transformando o mundo para melhor, pois nosso está o poder de nossa fé.
Diante de Deus, além de seguir nosso destino natural de sermos humanos e humanizar as relações, com a fé que permite ir além, como uma semente que morre para trazer vida.
Fonte: Pe. Paulo Bazaglia, ssp / O DOMINGO - Semanário litúrgico-catequético
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