quinta-feira, 3 de setembro de 2020

PARA NÃO ERRAR: DICAS SOBRE A TROCA DO ÓLEO LUBRIFICANTE

O lubrificante do motor é responsável por reduzir o atrito e resfriar as peças, por isso não descuide dele!


Óleo lubrificante de boa qualidade aumenta a durabilidade do motor. Quando é mantido no nível correto e substituído periodicamente, reduz o desgaste dos componentes internos, melhora o consumo de combustível e a performance da moto.   
Para obter todos estes benefícios basta seguir as recomendações no manual do proprietário, sempre respeitando os intervalos de troca e a viscosidade para o seu motor. Vale a pena, porque substituir o lubrificante corretamente pode custar menos do que um tanque de gasolina e é só precisa ser feito depois de alguns milhares de quilômetros rodados. 
Em quatro dicas, reunimos recomendações para que você evite erros comumente cometidos por proprietários e mitos muito disseminados sobre a manutenção do lubrificante do motor.   
Mantenha o nível correto 
Além de seguir os intervalos de troca indicados pelo manual do proprietário da moto, é preciso monitorar se o nível do lubrificante não baixa excessivamente. Todas as motos possuem um visor transparente ou vareta medidora que indica a quantidade de lubrificante no cárter do motor, geralmente do lado direito.
O nível deve ficar sempre entre as marcas mínima e máxima, pois a falta compromete a lubrificação e resfriamento dos componentes, e o excesso no abastecimento pode dificultar o funcionamento e também causar danos. A redução do nível entre as trocas é normal, porque o funcionamento do motor consome um pouco do óleo. 
Alguns motores consomem mais lubrificante do que outros, especialmente se já estiverem mais rodados e com vedação deficiente por falta de manutenção. Caso o nível chegue à marca “mínimo”, complete até a indicação “máximo” com o mesmo produto usado na última troca.
E medir corretamente é fundamental para saber o nível de lubrificante real. A quantidade mostrada no visor ou vareta será diferente se ainda houver óleo circulando ou a moto estiver inclinada.  
Portanto, nivele a moto em piso plano e meça o nível com o motor desligado. Consulte o manual da sua moto, pois algumas fabricantes recomendam como a moto deve estar apoiada ou que o motor esteja fora de funcionamento a um tempo determinado.  
Não atrase a substituição 
Algumas pessoas acreditam que basta ter lubrificante no cárter para o motor funcionar corretamente. E para economizar, não fazem a substituição completa no período recomendado pelo manual. 
É importante esclarecer que o óleo velho perde eficiência. A viscosidade original pode variar com o tempo, há contaminação pelo combustível e partículas de metal do desgaste de componentes internos do motor se acumulam. Tudo isso compromete o poder de lubrificação. 
Por isso, não basta apenas manter o nível correto completando com um pequeno volume de lubrificante novo, sem realizar a troca total nos períodos recomendados. Afinal, a maior parte do lubrificante continuará “velha”, e a pequena quantidade de óleo novo diluída será rapidamente contaminada e degradada. 
As consequências de falta de lubrificação, seja por ausência ou ineficiência do óleo existente, são o desgaste de cilindro, anéis e saia de pistão, bronzinas e comando de válvulas. O motor perderá rendimento, o consumo de combustível aumentará e poderá ocorrer até o travamento.  
Nunca abasteça com óleo para carro 
O óleo lubrificante precisa ser específico para moto porque a maioria dos modelos tem conjuntos de motor e câmbio integrados, lubrificados pelo mesmo produto, enquanto outros tipos de veículos maiores possuem reservatórios separados. 
Automóveis, por exemplo, podem usar óleos com fórmulas diferentes para cada sistema. E esse lubrificante pode fazer a embreagem da moto “patinar”, reduzindo a tração, elevando o desgaste do componente e o consumo de combustível. 
No caso da moto, o produto específico tem mais fósforo na composição. Motores de motocicleta, em média, também atingem regimes de rotações mais altos que os dos carros, o que eleva a demanda por lubrificação adequada.
Siga a faixa de viscosidade indicada 
Outro erro comum é não seguir a faixa de viscosidade indicada no manual do proprietário. Seja pela ausência do produto correto na loja, uma vantagem de preço, porque a fabricante modificou a recomendação em modelos mais recentes ou por mero “achismo”. 
Alguns mitos comuns são que um óleo mais viscoso durará ou protegerá mais o motor, e que outro menos viscoso deixará o propulsor “solto” para render mais. Fato é que os profissionais do departamento de engenharia da fabricante da moto realizam variados testes e cálculos antes de definirem a faixa de viscosidade ideal para cada motor. 
A faixa de viscosidade indicada no rótulo do frasco por números separados por um “W”, como 10W30, precisa estar correta para garantir que o lubrificante atinja rapidamente pontos sensíveis do motor e reduza a temperatura dos componentes.  
Fonte: Revista Duas Rodas.

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