sábado, 9 de maio de 2020

O ABUSO DO PODER NAS ELEIÇÕES E O JEITINHO DE LEVAR VANTAGEM

O abuso de poder nas eleições é um vício danoso para o processo democrático de escolhas dos postulantes a cargos eletivos. Uma pessoa bem intencionada e cheia de boas propostas não é suficiente para garantir êxito num pleito eleitoral, onde quem possui mandato utiliza o poder e a máquina pública em seu favor, deixando o pleito desnivelado quanto as possibilidades de eleição.

O Glossário Eleitoral Brasileiro define abuso de poder político quando o detentor do poder se vale de sua posição para agir de modo a influenciar o eleitor. Caracteriza-se, dessa forma, como ato de autoridade exercido em detrimento do voto. É considerado um crime eleitoral, porém nem sempre é possível comprovar a legitimidade do ato. Existem várias modalidades de ações que podem caracterizar abuso de poder político num processo eleitoral.

Se de um lado tem os políticos viciados no uso do poder e da estrutura pública em seu favor, do outro lado tem o eleitor que adquiriu o costume de buscar algo em troca do voto. O toma lá, dá cá! Se tornou tão comum que para muitos não é visto como crime eleitoral, mas como parte da campanha eleitoral.

A cada eleição a Justiça Eleitoral vem apertando o cerco e aprimorando a legislação para banir esse tipo de conduta. Apesar do rigor da lei, o tradicional jeitinho brasileiro de levar vantagem em tudo, favorece a manutenção dessa prática criminosa e que torna o pleito eleitoral injusto.

Se a Justiça vem fazendo a parte dela, cabe ao eleitor contribuir negando-se aos favores que possa favorecer quem está no poder. Dessa forma as eleições serão mais justas nas escolhas.

Fonte: EDITORIAL - Jornal Diário da Amazônia


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