O medo do desconhecido, do novo, dos mercados nunca antes experimentados povoam o pensamento de muitos empresários; tais concepções, crenças e paradgimas devem ser descontruídos, a fim de que a cultura da inovação prevaleça.
Em analogia à célebre frase:"navigare necesse, viver nom et necesse", inicialmente dita pelo general romano Pompeu, no século XIV, para encorajar os marinheiros a desbraverem mares desconhecidos, e, imortalizada no poema do poeta português, Fernando Pessoa, inovar, principalmente nos dias atuais, também é preciso, necessário e essencial.
Assim como em tempos remotos, desconsiderando, por óbvio, o caráter imperialista e colonialista, o medo do desconhecido, do novo, dos mercados nunca antes experimentados, das tecnologias tidas como complexas, inalcançaveis e encaradas como monstros vorazes, povoam o pensamento de muitos empresários. Tais concepções, crenças e paradigmas devem ser descontruídos, afim de que a cultura da inovação prevaleça.
Convém destacar que as maiores, mais valorizadas e modernas empresas atestam que uma das formas mais eficazes de propiciar o crescimento se dá por meio da inovação. A inovação provoca diferenciais competitivos, oportuniza novos negócios, desenvolve e/ou aprimora serviços e produtos, podendo inclusive, definir novos processos e aperfeiçoar os já existentes.
Por consequência, os custos podem ser reduzidos, o faturamento aumentado e impulsionada a produtividade. Dessa forma, organizações adquirem valor, se tornam mais sustentáveis, ganham evidência no mercado e estabilidade.
Nesse sentido, apesar das incontáveis vantagens trazidas pela cultura da inovação, inúmeras empresas enfrentam desafios para estabeleceram uma ambiente e métodos que sejam favoráveis a essa prática.
Diversos são os fatores que dificultam a inserção inovadora, dentre eles, pode-se destacar como principal, a falta de conhecimento, seguida das arraigadas condutas de comodidade, e, claro, o medo de "navegar" em mercados inexplorados, por intermédio de tecnologias que mais se mostram como monstros assombrosos do Cabo das Tormentas.
Neste viés, muitas vezes, esses monstros podem ser desde a simples configuração adequada do WhatsApp Business ou mesmo a definição de processos internos mais eficientes, perpassando sempre pelo foco no cliente, até ações assertivas de marketing e vendas.
Em vista disso, as práticas inovadoras devem continuamente estar inseridas no dia a dia da empresa. Com isso, tem-se que as melhorias não necessariamente precisem estar associadas somente à transoformação digital, mas também à ordenada e conduzida explosão de ideias criativas, nascidas das mentes capacitadas de uma equipe heterogênea e multidisciplinar, o que comumente é conhecido como brainstorming.
Logo, é improtelável a desmistificação de que a inovação seja um "bicho de sete cabeças", algo possível apenas para grandes e robustas empresas, consolidadas e com grande capital para investimento e aquisição de tecnologias sofisticadas.
Ao revés, a inovação deve ser almejada e planejada por todos os atores atuantes no mercado, desde o microempreendedor individual até as empresas de grande porte. A conduta inovadora deve ser admitida como ininterrupta e trazer a mensagem da marca, valendo-se do cliente como centro de tomada de decisões, inovando em ações rotineiras, tornando cada área da organização cada vez mais eficaz, tanto interna como exeternamente.
Fonte: Juliano Eduardo Resende / Agente Local de Inovação do Sebrae-SP - Jornal Diário da Região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário