Para que esse homem consiga o que busca, Jesus recorda-lhe a importância de praticar os mandamentos. O desconhecido concorda: "Tudo isso já tenho observado" (v.20), ao que Jesus acrescenta: Vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres. Depois vem e segue-me" (v.21). Reação final do interlocutor de Jesus: "foi embora triste". (v.22).
Essa cena mostra-nos que esse desconhecido fazia de sua religiosidade um dever interesseiro: "fazer para ganhar" (v.17). Comportava-se comecialmente com Deus. Fazia de sua fé um rito mecânico: dever, fazer, obter! Não havia descoberto que Deus é Pai que ama, e não desalmado contabilista de atos das pessoas. A cena questiona o modo como vivenciamos a fé: a religião que paraticamos nos ajuda a ser pessoas livres e amorosas ou é incentivada de atitudes comerciais com Deus?
Na segunda ena, o evangelista Marcos focaliza o olhar de Jesus, que sonda os corações e, sem seguida, se dirige aos discípulos, afirmando: "Como é difícil para os ricos entrarem no Reino de Deus" (v.27). No dizer do papa Francisco: "A vida cristã torna-se bela se não se basear nas nossas capacidades e projetos, mas sim no olhar de Deus".
Quem confia em Deus alcança a savalção! A salvação é dom divino, e não resultado de supostos méritos nossos. Tomar parte do Reino de Deus é querer renúncia e solidariedade para com o próximo, deixando-nos alcançar pelo olhar de Deus, em quem de fato confiamos.
Fonte: Pe. Darci Luiz Marin, ssp / O DOMINGO/semanário litúrgico-catequético.
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