MARCO AURÉLIO, MEDITAÇÕES, LIVRO 12,1
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Se a eleição presidencial fosse este ano e Jair Bolsonaro permanecesse fora do páreo, pelo menos três governadores, todos conservadores, estariam prontos pela entrar na briga, se formos levar em conta o sucesso que estão tendo junto às populações dos seus Estados. O campeoníssimo em aprovação é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, não por coincidência o Estado com melhores resultados na segurança pública e primeiro lugar na qualidade da Educação. Caiado teve, na pesquisa Quest divulgada nesta semana, nada menos do que 86 por cento de aprovação, algo inédito para o Governo de Goiás, desde que as pesquisas começaram a ser divulgadas. O segundo em aprovação foi Ratinho Júnior, de Goiás, com nada menos do que 81 por cento. Em dois grandes Estados brasileiros, cujo imenso eleitorado pode decidir eleições, dois líderes têm aprovação semelhante: Romeu Zema, de Minas Gerais, com 62 por cento e Tarcísio de Freitas, com 61. O único petista acima dos 60 pontos é Jerônimo Rodrigues, na Bahia, estado onde, na mesma pesquisa, houve importante queda na popularidade do presidente Lula, maior líder do PT.
Ronaldo Caiado é nome certo para disputar a Presidência. Ele deve anunciar este projeto em breve, conforme já antecipou. Tarcísio de Freitas também é outra candidatura que pode ser muito forte, na medida em que está fazendo um governo diferenciado, no maior Estado do país, onde, aliás, a esquerda tem seu maior eleitorado. Sua reprovação é de apenas 28 por cento. Ratinho Júnior ainda não é um nome forte no contexto nacional, mas o sucesso que faz no Paraná, pode levá-lo a voos mais altos. Romeu Zema é outro que sonha com o Planalto. Seu primeiro mandato foi para reestruturar Minas, que viveu tempos complicados nos governos anteriores. Não vive seu melhor momento agora, mas a aprovação de 62 por cento e a reprovação de 30 por cento, comprova que ele vai bem e é nome forte para 2026.
Também na faixa entre 60 e 62 por cento, está apenas o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que tem 33 por cento de reprovação. Na lista dos Estados onde a pesquisa foi realizada, na semana passada, os menores índices de aprovação ficaram com a governadora Raquel Lyra, de Pernambuco, com 51 por cento e o único abaixo da metade foi Cláudio Castro, no Rio de Janeiro, com 48 por cento de aprovação e 42 por cento de reprovação. Caiado, Zema, Ratinho e Tarcísio, não necessariamente nesta ordem, aparecem, neste momento, como potenciais candidatos à sucessão de Lula. Muita água ainda vai rolar embaixo desta ponte. Mas, agora, é esta a situação.
HÁ RISCO DE NOVA ENCHENTE EM PORTO VELHO? RIO MADEIRA JÁ BATEU NOS 15 METROS, QUATRO A MENOS DO QUE EM 2014 - Risco de nova enchente? Dificilmente poderia ser igual aquela de 2014, quando o rio Madeira chegou a subir para quase 20 metros, no final de março daquele ano, três metros a mais do que o recorde anterior, de pouco mais de 17 metros, registrada na cheia de 1997. Mas já existem sinais de alerta de que o Medeirão está subindo bastante. Na quarta-feira, dois dias antes de fevereiro terminar, ele já estava batendo nos 15 metros. Regiões ribeirinhas já estavam sendo atingidas pelas águas do rio, que em diferentes locais começava a sair do leito. Embora as pesadas chuvas na nossa região praticamente não tenham influência na subida do nosso maior rio, são as pesadas chuvas que ocorrem na Bolívia e no Peru que causam este risco de uma nova e perigosa enchente em Porto Velho e outras cidades do Estado. No Acre, já há flagelados. Em Rondônia, os primeiros problemas já se registraram em Ji-Paraná, onde o rio Machado repetiu o que faz todos os anos: transbordou e atingiu casas e obrigou famílias inteiras a saírem de onde vivem.
Em Porto Velho, embora as áreas ribeirinhas sejam as mais afetadas, as chuvas que caíram neste mês e as previstas pela meteorologia para todo o mês de março (serão ao menos 12 dias de chuvas torrenciais) poderão causar grandes alagamentos. A Prefeitura se prepara para enfrentar dias difíceis neste contexto, enquanto a Defesa Civil deixa clara sua preocupação com a perspectiva real de nova cheia no Madeira. Todos torcem para que, se isso acontecer, jamais se repita o terror de 2014. Mas risco há, infelizmente.
LEILÃO OCORREU, MESMO QUE A BANCADA FEDERAL TENHA SE UNIDA CONTRA ELA - Começou com uma voz solitária, a do deputado federal Thiago Flores, que há pelo menos dez dias começou a questionar a forma como o leilão da privatização da BR 364 seria feito. Aos poucos, outros protestos foram se somando ao dele. Cristiane Lopes, Lúcio Mosquini, Fernando Máximo e Sílvia Cristina se mexeram a poucos dias do leilão. Também o deputado Maurício Carvalho, líder da bancada federal e o senador Jaime Bagattoli entraram no debate, com divulgação via matérias jornalísticas e em suas redes sociais, contestando o evento da forma como estava sendo realizado. O mesmo aconteceu com o senador Marcos Rogério. Na quarta-feira houve uma reunião da bancada, para pedir ao ministro Renan Filho que suspendesse, ao menos momentaneamente, a realização do leilão, programado para a Bolsa de Valores de São Paulo. Além dos parlamentares já citados, estavam no encontro os deputados Coronel Chrisóstomo e Lebrão, agora sim, em voz uníssona, apelando a Calheiros que, se não cancelasse o evento, ao menos mudasse a data, para novas discussões sobre o assunto.
Vários pedágios, com preços muito altos; a facilidade para o consórcio vencedor do leilão começar a receber pelo menos 1 bilhão de reais por ano, mas só começar a investir mesmo a partir de 2028; a falta de discussão sobre o tema envolvendo autoridades do Estado além prefeitos, vereadores e a população, foram alguns dos argumentos usados para a tentativa de suspender o leilão. Embora tardia, porque deveria ter sido tomada há bem mais tempo, a ação conjunta dos parlamentares trouxe resultados positivos.
A ação mais contundente e objetiva contra o leilão da BR 364 foi tomada pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo. Ele ingressou com um Mandado de Segurança Coletivo, na 1ª Vara Federal Cível em Rondônia, pedindo a suspensão do certame. O pedido tem como impetrados o Diretor-Geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a própria ANTT e a União Federal, além de envolver o Ibama e a Fundação Nacional do Índio (Funai) como terceiros interessados. Patrocinado pelos advogados Nelson Canedo e Cristiane Pavin, a causa estava em julgamento nesta quinta, enquanto o leilão continuava confirmado. Nada mudou e o governo fez tudo como quis, sem dar ouvido aos rondonienses.
QUE NOVOS PREJUÍZOS AOS ÍNDIOS E AO MEIO AMBIENTE CAUSARIAM OBRAS NUMA BR QUE JÁ EXISTE HÁ 65 ANOS? - Claro que eles não poderiam ficar de fora! Várias entidades e ONGs, algumas delas suspeitas de terem recebido dinheiro da USAID, sob profunda investigação pelo governo dos Estados Unidos, aproveitaram o embalo para ir à Justiça, alegando que o projeto de duplicação da BR 364 não atende a estudos de impactos para os indígenas e nem nas questões ambientais. É a mesma catilinária, eventualmente usada para barrar o reasfaltamento da BR 319, obra também condenada por várias destas entidades, muitas delas sustentadas com dinheiro estrangeiro. Ora, como a duplicação de um trecho de uma Rodovia nacional, que jhá existe desde os anos 70, só agora vai afetar os índios? E quais danos ambientais novos poderiam ocorrer, exatamente na estrada que vai chegar aos seus 65 anos desde aberta e aos 45 anos asfaltada? Nesta semana, algumas dessas entidades ingressaram na Justiça, tentando impedir o leilão da 364, que aconteceria nesta quinta-feira, em São Paulo. Mais uma vez, o oportunismo ideológico, seguido por obediência aos interesses estrangeiros, mostra que pequenos grupos estão pouco se importando para as questões vitais do projeto da BR, como por exemplo, o abuso de se construir sete postos de pedágios em pouco mais de 700 quilômetros, mas só começar a investir nas melhorias daqui a três anos.
Enquanto pequenos grupos de índios fechavam a BR 364, nesta quarta-feira, em Cacoal, sob aplausos entusiastas dos que rezam pela cartilha das ONGs internacionais, a classe política e as autoridades do Estado se mexiam, com grande atraso, para impedir o leilão que, caso fosse realizado com os critérios previstos, causaria um enorme dano não a meia dúzia de gatos pingados, repetindo frases de efeito, mas sim a todos os rondonienses.
TUCANOS E PODEMOS NUMA UNIÃO NACIONAL. POR AQUI, LÉO MORAES E HILDON CHAVES FICARIAM JUNTOS? - Há um desenho no ar, mas as conversas estariam adiantadas. Trata-se de uma possível fusão nacional entre os tucanos do PSDB e o Podemos, o antigo PTN, que tinha uma longa história na política brasileira. O PSDB é mais jovem, criado pelo grupo liderado por Fernando Henrique Cardoso, depois duas vezes Presidente da República. Mas o PTB, que deu origem ao Podemos, surgiu no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945 e existiu até 2014, quando então era apenas um partido nanico. Mas foi grande. Inclusive elegeu um Presidente da República, o controverso Jânia Quadros. Décadas depois, já em 1988, surgiu o ninho dos tucanos. Em 2014, o PTN mudou de nome, passando a se chamar Podemos. Recém completou dez anos sob a nova nomenclatura. Agora, nestes anos complexos da nossa política, onde o tucanato tende a se esfarelar e o Podemos pouco mais é do que um partido nanico (não elegeu sequer um Governador, em 2022) ambas as siglas estão iniciando um namoro para uma fusão em breve. Há quem diga que o relacionamento já teria passado para a fase do noivado.
Obviamente que haverá muitas questões regionais a serem analisadas, até que tudo se concretize. Em Rondônia, por exemplo, ficariam juntos, no novo partido, os agora arquiadversárikos Léo Molraes (Podemos) e Hildon Chaves (hoje o maior nome do tucanato em Rondônia)? Ou seja, mesmo que os comandos nacionais dos dois partidos fechem uma acordo, haverá ainda uma série de questões nos Estados e nos Municípios para serem superadas. Léo e Hildon amiguinhos? Essa sim, é daqueles acordos que se poderia chamar de impossíveis!
CRIANÇAS DE ESCOLAS DE PORTO VELHO, VILHENA E ALTA FLORESTA COM DEFICIÊNCIA DE VISÃO VÃO RECEBER ÓCULOS - A cidade é Vilhena. A menina, inteligente, andava triste, com notas baixas, mesmo se dedicando ao máximo para aprender. O problema: ela não enxergava direito. Tem um problema oftalmológico e, não fosse o diagnóstico, provavelmente teria grandes problemas na sala de aula. Mas agora, o problema dela e de centenas de outras crianças, tanto de Vilhena como de Porto Velho e Alta Floresta começa a ser resolvido, graças a uma ação social do deputado federal Fernando Máximo. Ele lidera o projeto, com apoio de médicos oftalmologistas, para a realização de consultas oftalmológicas e, após constatada a deficiência, as crianças recebem os óculos com o grau necessário para que elas voltem a ter uma visão perfeita e aprendizado de qualidade. Só em Vilhena, segundo Máximo, já foram realizadas mais de duas mil consultas nas escolas municipais Ivete Brustolin, Ensina-me a Viver, Professor Vilmar Vieira, Professor Hermógenes Roberto Nogueira e Luiz Eduardo Silva Rover.
Nestas escolas, o atendimento foi feito pela dra. Bruna Chocair. “Estas crianças mudaram de vida por meio do programa Enxergando com Amor. Uma ação que é para agora, mas tem possibilitado a elas enxergarem no futuro”, afirmou o prefeito de Vilhena, Delegado Flori, ao comemorar os resultados da ação nas escolas da sua cidade. Até agora, nas três cidades onde o programa está em andamento, já foram feitas nada menos do que 16 mil consultas. Milhares de óculos serão distribuídos.
ROCHA É ELOGIADO PELO COMANDO DO UNIÃO BRASIL E DO PL. E CRISTIANE DIZ QUE ELE É UM DOS MELHOR AVALIADOS DO PAÍS - O governador Marcos Rocha tem recebido elogios país afora, pela performance de Rondônia no contexto da economia e, mais que isso, pelos números altamente positivos em relação ao emprego. O presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, tem utilizado as redes sociais para destacar o trabalho tanto de Rocha quanto do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, enfatizando que ambos têm os menores índices de desemprego do país. Rocha está cada vez mais fortalecido, tanto no partido quanto nas relações políticas, na medida em que tem uma proximidade cada vez maior com o comando nacional. Rueda, aliás, não tem poupado elogios à administração rondoniense. Também do PL tem vindo muitos elogios, desde o principal nome do partido, o ex-presidente Jair Bolsonaro como do comando nacional. O deputado Sóstenes Cavalcante,vice-líder do partido, num encontro com Rocha e com a deputada federal Cristiane Lopes, na Câmara Federal, dias atrás, deixou clara as homenagens do partido a Rocha, a quem Cristiane afirmou ser “um dos governadores melhor avaliados do País”!
Marcos Rocha se prepara para seus últimos 15 meses de governo. Deve deixar sua cadeira, a seis meses da eleição de 2026, para disputar uma das duas cadeiras a que Rondônia tem direito, no Senado Federal. Seu companheiro de chapa, Sérgio Gonçalves, assumirá o poder e deve ser candidato ao Governo na mesma eleição. Os dois, ao menos até agora, estão rezando pela mesma cartilha. Mais à frente se saberá, com mais convicção, se este quadro que se desenha será realmente o que vai ser pintado.
PADILHA (O DOS MÉDICOS CUBANOS) NA SAÚDE TEM MUITAS RESTRIÇÕES. ATÉ ALIADO DIZ QUE “ESTE GOVERNO ACABOU”! - A troca de comando no Ministério da Saúde, com a demissão da ministra Nícia Trindade e a ascensão de Alexandre Padilha, que volta a comandar o setor, está sendo visto com um pé atrás pela classe médica brasileira. Padilha foi o autor do projeto que trouxe médicos cubanos para atender no Brasil, eles recebendo salários de fome, enquanto o grosso do dinheiro ia para a ditadura comunista de Cuba. Chegou a ser considerado “persona non grata” para o Conselho Federal de Medicina, mas agora, na sua volta, há esperança de uma relação um pouco melhor do que já foi. Inclusive o rondoniense Hiran Gallo, presidente do CFM, que reúne quase 600 mil médicos no país, foi convidado pelo próprio ministro e já confirmou sua presença na solenidade de posse, que acontecerá no próximo dia 10 de março, em Brasília. A saída de Nícia Trindade foi comemora por ampla maioria dos profissionais da área, por medidas que ela tomou que causaram problemas para a saúde do país, incluindo-se aí a volta de doenças que já estavam extintas e pragas como a chicungunha e a dengue, com números estratosféricos de contaminados.
Alexandre Padilha é médico (a ex-ministra não é) e um dos mais fiéis escudeiros do Presidente Lula. A escolha, que não agradou a boa parte da Medicina nacional, também causou alvoroço nos meios da política. Um vídeo nas redes sociais, divulgado por Paulinho da Força, apoiador de primeira hora do atual governo, representa praticamente um rompimento. Paulinho chega a afirmar, depois de fazer uma sucessão de críticas ao atual grupo no poder no país, que “este governo terminou”!, num protesto até inimaginável para um importante aliado do Planalto.
ATUAÇÃO DE CRISPIN, QUE TRIPLICOU SEUS VOTOS NA REELEIÇÃO, O CONSOLIDA COMO NOVA LIDERANÇA NA NOSSA POLÍTICA - Discursos no plenário.,Atuação firme em defesa dos servidores, como o caso da luta pela valorização dos policiais da Polícia Técnica. Parceria com o Governo e agradecimentos, pelas obras de cinco quilômetros de asfalto que o DER realiza nas principais avenidas de São Miguel do Guaporé. Trabalho nos locais onde as obras são necessárias, como a visita a locais onde dever ser recuperadas pontes com recursos de emendas de sua autoria. Parceria com a Prefeitura de Seringueiras, onde têm investido muitos recursos para atendimento oftalmológico da população. Um dos parlamentares mais atuantes na Assembleia Legislativa, em seu segundo mandato Ismael Crispin se consolida como uma liderança política cada vez mais forte em Rondônia. Aliás, foi através do trabalho dele, mobilizando as Comissões de Constituição e Justiça das Assembleias Legislativas brasileiras, que se criou uma entidade nacional. Recém chegando aos 51 anos, Crispin tem uma história de vida de muita luta, com grande esforço pessoal (como andar a pé 10 quilômetros para chegar à escola onde estudava) e um começo vitorioso na política em 2012, quando se elegeu vereador na sua cidade.
Eleito em 2018 com mais de 8.300 votos, a trajetória desta nova liderança do mundo da política se consolidou quase multiplicando por três sua votação, ao ser reeleito em 2022. Foram 23.417 votos, tornando Crispim o terceiro mais votado entre todos os concorrentes ao Parlamento estadual. É sempre bom ficar de olho neste advogado que se formou com grande sacrifício, ao mesmo tempo em que começava a trilhar os caminhos da política. Trabalhando sério e atuando em várias regiões do Estado, este deputado ainda vai longe!
PERGUNTINHA - Você vai confessar publicamente ou vai esconder que está contando as horas e os minutos, para pegar sua fantasia, sair correndo de casa e entrar na grande festa da Banda do Vai Quem Quer, o maior carnaval popular de todo o norte, que sai neste sábado pelas ruas de Porto Velho?
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Se não houver alguma decisão judicial de última hora, nesta quinta-feira acontecerá um dos mais polêmicos leilões para privatização de uma rodovia federal do país. O trecho entre Vilhena e Porto Velho, incluindo alguns quilômetros em direção ao Acre, entre 700 e 750 quilômetros da BR 364, poderá, caso o leilão desta quinta se realize mesmo, ser entregue a uma empresa/um consórcio que não terá concorrência e que, a partir daí, terá direitos sobre este trecho durante 30 anos. At condições são extremamente favoráveis para quem vencer e pelo menos preocupantes para o usuário. Por que? Ora, porque não prevê a duplicação de toda a extensão que será leiloada. Apenas entre 110 e 133 quilômetros serão duplicados. Nos demais, serão feitas pequenas obras, pistas laterais e um ou outro investimento mais importante. Outra: as obras deverão começar a partir do terceiro ano da validade do contrato, ou seja, em 2028, mas o usuário começará a pagar os sete pedágios entre a Capital e Vilhena de imediato. No resumo da ópera, a vencedora do leilão vai faturar algo em torno de 1 bilhão de reais por ano, mas só precisará iniciar as obras de melhorias, incluindo a duplicação, quando tiver colocado 3 bilhões em seus cofres.
Na bancada federal rondoniense, o senador Jaime Bagattoli não quer saber da privatização do jeito que está planejada. Tomou duas decisões objetivas: pediu que o Tribunal de Contas da União analise todos os detalhes do contrato e quer que o ministro Renan Calheiros seja convocado ao Senado para explicar os detalhes do contrato. “Fui fortemente contrário à privatização da BR-364 desde o início e por vários motivos. Trata-se da única rodovia que liga os estados de Rondônia, Acre e Amazonas ao resto do país, além de ser a principal via de escoamento da produção do noroeste do Mato Grosso e do interior de Rondônia. Sem falar dos custos que serão pagos pela população e também pelo setor produtivo durante o escoamento das safras, já que está prevista a implantação de vários pedágios, ao longo dos mais de 700 quilômetros da rodovia. Não podemos privatizar as coisas de qualquer jeito, sem pensar no impacto que isso terá no dia a dia da população”. O deputado Thiago Flores também apresentou vários questionamentos, pedindo informações sobre o projeto. E quer saber porque não houve participação das autoridades, lideranças e população do Estado, na discussão da proposta.
PEDÁGIO ENTRE PORTO VELHO E CANDEIAS FOI SUSPENSO, MAS NÃO SE SABE SE HAVERÁ OUTRAS “PEGADINHAS” NO PROJETO - A verdade é que a duplicação da BR 364, do jeito que está posta, pode representar, por exemplo, que um caminhão de oito eixos, que faça o trajeto de ida e volta da Capital ao extremo sul, acabe pagando, no mínimo, 1.890 reais de pedágio. E o usuário de veículos de passeio paguem, no mínimo, 19 reais a cada 100 quilômetros, ou seja, pagaria 133 reais na ida e mais 133 reais na volta, neste trajeto. Por enquanto, nesta questão, houve apenas uma vitória. Um protesto veemente de parte da bancada federal, na época com Fernando Máximo à frente, se conseguiu mudar uma heresia proposta no projeto original: foi retirado dele um pedágio entre Porto Velho e Candeias, que seria perto das Irmãs Marcelinas e passado para depois de Candeias, para quem vai ao sul. Imagine-se se esse achaque previsto contra os moradores da Capital e de Candeias, cidades vizinhas, tivesse sido mantido?
Pegando um exemplo de alguém que reside em Candeias do Jamari e tivesse que vir a Porto Velho para um tratamento de saúde. Deixaria 19 reais na ida mais 19 reais na volta, naquele fatídico pedágio previsto entre as duas cidades. Em cima deste exemplo, se poderia usar outros milhares. São por coisas assim, já que nem sequer foram discutidas em audiências públicas, sequer anunciadas ao público e com zero participação na Capital, que o projeto de privatização está sendo contestado. O que mais haveria nele que não sabemos? Enfim, vamos aguardar para ver se haverá bom senso ou se o contrato será mantido.
QUASE UM MÊS DEPOIS, CASA CIVIL CONTINUA SEM SECRETÁRIO E O PRÓPRIO GOVERNADOR ACUMULA MAIS ESTA MISSÃO - O tempo passa. Caminhando para um mês sem que a Casa Civil do governo tenha um titular, neste período quem tem nas mãos as decisões políticas, pessoalmente, é o governador Marcos Rocha. Nos bastidores palacianos, embora ainda se dê como certa a unção do secretário de Obras, Elias Rezende, para substituir Júnior Gonçalves, que permaneceu no cargo por mais de seis anos, até agora não há sinais de que isso vá acontecer de imediato. Ouve-se que a decisão sairá após o carnaval. Nos últimos dias, foi o próprio Governador quem recebeu deputados; quem conversou com a Assembleia para que o Orçamento de 2025 tenha sido aprovado sem as emendas parlamentares e quem recebeu convidados e autoridades. A questão é: até quando Rocha vai conseguir acumular tantas missões, além das de comandar toda a estrutura do governo e, ainda, percorrer vários municípios ou entregando ou anunciando obras e parcerias. Não há informações oficiais, mas o que se sabe pelos corredores (geralmente bem informados) é que o clima de tensão no Palácio deu uma amenizada importante.
Quem mais, além de Elias Rezende, estaria cotado para a Casa Civil? O próprio Marcos Rocha só trata do assunto com seu travesseiro. Não comenta e quando perguntado responde que está analisando currículos e comportamentos, antes de se decidir. Há sim nomes citados aqui e ali, mas nenhum deles pelo próprio Rocha. Neste sentido, a boataria ainda corre solta. E as perguntas são: quem será o escolhido? E quando? Só o próprio Marcos Rocha tem as respostas.
CIRURGIA A LASER PARA CÁLCULOS RENAIS: TRATAMENTO RÁPIDO E INDOLOR, OUTRO AVANÇO NA MEDICINA RONDONIENSE - Vai longe o tempo em que se dizia que os melhores tratamentos de saúde para o rondoniense eram os aviões que partiam do aeroporto Jorge Teixeira para os grandes centros. Hoje temos aqui não só alguns dos melhores médicos do país em suas especialidades, como também estruturas modernas de equipamentos cirúrgicos e para exames como os têm qualquer outro grande centro do país. Os exemplos são inúmeros. O último vem do Hospital Central, que além de uma equipe médica de especialistas muito qualificados, investiu numa tecnologia moderna, que faz o procedimento por meio de cirurgias de cálculo renal a laser. Aquela cirurgia em que as dores insuportáveis das chamadas “pedras nos rins”, que alguns comparam a dor do parto, agora são feitas em poucos minutos, permitindo que o paciente saia do hospital em poucas horas e não precise mais ficar internado para se recuperar.
Um dos médicos, o dr. Alexandre Falchetti, durante uma reportagem da TV Band, mostrou como funciona a inovação, onde a paciente que tinha não só a famosa “pedra” os rins, mas também infecção causada pelo cálculo renal, foi submetida ao tratamento, indolor e sem corte, já que o procedimento é feito pelo canal urinário. Curada, pouco tempo depois a paciente já estava apta a voltar à vida normal, agora sem dor. Da direção aos médicos e aos funcionários do Hospital Central, todos estão comemorando mais este avanço.
MOSQUINI COMEMORA: GOVERNO VOLTA ATRÁS E LIBERA FINANCIAMENTO DO PLANO SAFRA - A bancada da Agricultura e da Pecuária comemora. Depois de grande pressão, o governo Lula voltou atrás e decidiu liberar 4 bilhões de reais para os financiamentos do Plano Safra de 2024/2025. A decisão era de cortar tudo, sob alegação de que o Congresso ainda não havia votado a Lei do Orçamento Anual (LOA) e que, sem isso, não haveria recursos orçamentários. Na verdade, foi uma tentativa de pressão (para não dizer um tipo de chantagem) para que os parlamentares votassem o Orçamento, porque, sem ele, o Governo pode ficar paralisado, quando se entra no terceiro mês do ano. As negociações duraram vários dias. Envolveram vários políticos e o Planalto, até que saísse o acordo. Segundo o deputado Lúcio Mosquini, da bancada do agronegócio e membro da direção do grupo, “Isso tudo foi resultado de um trabalho político; de gestão política, sem gritaria, sem ataques. Tudo na base do diálogo”, comemora.
Para resolver o impasse, o governo fez acordo com o Parlamento, criando uma Medida Provisória para a utilização de recursos extraordinários, para poder manter os financiamentos do Plano Safra. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assinou o documento, já publicado no Diário Oficial. A liberação causa um alívio ao setor produtivo. Sem os financiamentos, poderia haver grande prejuízo à produção nacional, com acentuado aumento no custo final dos alimentos, principalmente.
O PERIGO VEM DE CIMA: CHUVAS TORRENCIAIS EM FEVEREIRO E PREVISÃO IGUAL EM MARÇO ASSUSTA O RONDONIENSE - De assustar! Na noite do domingo, choveu em Porto Velho e grande parte de Rondônia nada menos do que 70 milímetros, o que era previsto para quase cinco dias de chuva neste mês. No fevereiro inteiro, a meteorologia previu 316 milímetros, mas até o dia 24, a segunda-feira desta semana, já haviam caído nada menos do que 42 milímetros. Quando há uma chuvarada como a que houve no domingo, com dois temporais seguidos, um por volta das 20h30/21 horas e outro depois das 22 horas, obviamente que grande parte da cidade fica alagada. Casas são invadidas. Perdem-se móveis, eletrodomésticos, roupas, enfim, centenas e centenas de famílias são atingidas. O prefeito Léo Moraes tem lutado com todas as suas forças, reunindo equipes de diferentes secretarias e tem feito o que pode. Aqui e ali há claras melhorias, pela limpeza de canais; por obras de desobstrução de bocas de lobo e outros locais onde a água ficava retida em que, mesmo com a chuva torrencial, não houve mais alagamentos. Mas, no geral, com este problema que se acumula há décadas, não há muito mais a fazer, a não ser esperar o milagre do dinheiro, ou seja, que Porto Velho consiga no mínimo meio bilhão de reais para investir em obras de infraestrutura, para combater as alagações definitivamente.
Para o mês de Março, as previsões também não são boas para a Capital e para todo o Estado. Dos 31 dias do terceiro mês do ano, a meteorologia prevê o que chama de “chuva pesada”, ou seja possibilidade de temporais e queda de chuva acima da média normal, em pelo menos 12 dias do mês. O inverno amazônico ainda não chegou nem perto do seu final e as perspectivas são ainda de muita chuva. O rio Madeira ainda está longe de transbordar, mas rios do interior, como o Machado, em Ji-Paraná, já está tirando famílias de suas casas. Tempos difíceis, mais uma vez, para o rondoniense, que recém saiu de uma seca histórica!
LULA TEM MAIOR REJEIÇÃO ENTRE SEUS TRÊS MANDATOS: 44 POR CENTO ACHAM SEU GOVERNO RUIM OU PÉSSIMO - Ótimo: 9,3%. Bom: 19,4%. Regular: 26,3%. Ruim: 12%. Péssimo: 32%. Não sabe/Não responderam: 1%. Os números da Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNGT), geralmente confiável, demonstra a queda vertiginosa do atual governo perante a opinião pública. Os que apoiam Lula, somando ótimo e bom, chegam a apenas 28,7%. Para 26,3% o governo é apenas regular, ou seja, meia boca. Já a rejeição, com a soma do ruim e péssimo, bate nos 44%, um índice jamais atingido pelo atual Presidente em nenhum dos seus governos anteriores. Cada vez que Lula abre a boca, nos seus discursos de improvisos e tentativas de fazer piada com assunto sério, os apoios a ele caem ainda mais. O maior número para o atual mandato dele e o maior entre todos os mandatos, apontam que, em relação à pesquisa anterior, feita em novembro do ano passado, houve queda na aprovação do governo. Para a pesquisa, a CNT coletou 2.002 entrevistas em 137 municípios de 25 unidades da Federação. Os dados foram levantados entre os dias 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
As questões da economia, o risco de aumento da inflação, o preço superlativo dos alimentos, comparados com os dos últimos anos; o aumento dos preços da gasolina e do gás, contrariando as várias promessas de campanha de que isso não ocorreria e discursos infelizes do Presidente, certamente têm colaborado para este cenário. Infelizmente para o Governo, não há sinalização de que a situação possa mudar, ao menos a curto prazo. Esperemos, pois, as próximas pesquisas confiáveis, que não sejam da Globo e nem da Folha...
EYDER MOSTRA A QUE VEIO: MESMO COM MANDATO MAIS CURTO, TEM PRODUZIDO MUITO EM POUCO TEMPO - Parece outra pessoa, sem dúvida é outro político. O deputado Eyder Brasil, que assumiu novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa quando o titular dela, Afonso Cândido, foi eleito deputado de Ji-Paraná. Em seu primeiro mandato, Eyder teve um mandato de quatro anos com muito menos brilho do que tem tido neste pouco tempo de atuação nessa sua volta. Tem projetos importantes aprovados, apoia inúmeras iniciativas sociais, está sempre em busca de soluções para problemas da coletividade, tem circulado pelo Estado, ouvindo a população. O próprio parlamentar tem dito que quer fazer dos dois anos que tem de mandato (até o final de 2026), mais do que nos primeiros quatro anos. “Foi Deus quem me deu uma segunda chance”, repete a quem pergunta sobre sua volta à Assembleia Legislativa. Seu trabalho não se restringe apenas a Rondônia, mas ele tem ido a Brasília e participado ativamente na busca de soluções para os problemas do Estado.
Na semana passada, por exemplo, Eyder participou, junto com o presidente Alex Redano e dezenas de autoridades do Estado, da posse do desembargador Gilberto Barbosa como presidente do Colégio Permanente de Corregedoras e Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justiça do Brasil. Ter um mandato participativo, com trabalho duro e buscando encaminhar soluções para os problemas que afligem o rondoniense e, ao mesmo tempo, priorizar as ações sociais em benefício dos que mais precisam, são, segundo o parlamentar, suas metas prioritárias. Em pouco tempo neste segundo mandato, Eyder está mostrando a que veio.
PERGUNTINHA - Neste momento em que a volta do vírus da Covid (embora agora não de forma mortal) esteja atingindo muita gente, tanto em Rondônia como no país inteiro, você soube de alguma decisão sobre a suspensão dos desfiles do carnaval, locais de enorme concentração de pessoas e onde é também superlativo o risco de contágio do vírus?
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