sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

A ORIGEM DA TRAIL HONDA XL 250, ANTES DA PRODUÇÃO NO BRASIL

 

Marca apostou no lançamento da primeira enduro "de rua" em 1972



Os primeiros modelos trail, ou enduro “de rua”, foram lançados no final dos anos 1960 e início de 1970. Motos especiais para uso esportivo off-road já existiam, mas o conceito foi popularizado para um público amplo a partir da Yamaha DT 250, ou DT-1, em 1968. 

O sucesso iniciou uma família com diferentes modelos e capacidades cúbicas e foi seguido pela Honda com a XL 250 Motosport, em 1972. A trail com motor de 4 tempos também foi bem recebida pelo mercado, como opção aos motores de 2 tempos. 

Até então a marca tinha a família scrambler CL derivada dos modelos CB, com escapamentos elevados, mas os mesmos aros de 19 polegadas na dianteira (21” na XL) e cursos de suspensão ainda tímidos para uso todo-terreno. 

Para rivalizar com os motores mais leves da concorrência, que dispensavam a parte de cima com comando e válvulas, a Honda usou bloco de alumínio e tampas de magnésio. Comando no cabeçote e 4 válvulas eram outras inovações para a época, especialmente em modelos de baixa cilindrada.

Assim o motor de 248cc da primeira XL desenvolvia até 20 cv a 8.000 rpm e torque de 1,93 kgf.m a 6.500 rpm. A boa performance em baixas rotações a tornava mais fácil de pilotar que as concorrentes de 2 tempos Yamaha DT-1 e Suzuki TS 185.

Na XL o câmbio de 5 marchas tinha relações curtas para que as respostas ao acelerador fossem mais rápidas. Em decidas acentuadas na terra, o freio-motor da Honda contribuía para melhor controle, bem como nas frenagens (a XL e concorrentes usavam sistemas a tambor nas duas rodas). 

A trail da Honda tinha particularidades como a entrada da chave de ignição na lateral esquerda, abaixo do tanque (no painel ficava o afogador). Pelo mesmo lado saía o tubo do escapamento elevado – é mais comum à direita, como veríamos na década seguinte na XL 250R nacional. 

Paralamas de plástico, aros de roda de alumínio e tanque para apenas 8 litros contribuíam para a redução de peso e necessária agilidade off-road. Nos anos seguintes recebeu roda dianteira de 23” para facilitar a transposição de obstáculos e duas saídas de escapamento do cilindro, passando ao lado direito. A potência permaneceu, mas o torque máximo subiu para 2 kgf.m a 7.500 rpm. 

A grande mudança ocorreu com o lançamento de uma nova moto para a década de 1980, a XL 250R 1982, que também começou a ser montada em Manaus (AM). Principais inovações foram a suspensão traseira monoamortecida Pro-Link, sistema elétrico de 12 volts e 6ª marcha. A roda dianteira retornou a 21” e o aro traseiro diminuiu de 18” para 17”. 

Continue lendo sobre a Honda XL 250R nacional e veja a galeria de fotos aqui.










    Fonte: Revista Duas Rodas.



 

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