Marca apostou no lançamento da primeira enduro "de rua" em 1972
Os primeiros modelos trail, ou enduro “de rua”, foram lançados no final dos anos 1960 e início de 1970. Motos especiais para uso esportivo off-road já existiam, mas o conceito foi popularizado para um público amplo a partir da Yamaha DT 250, ou DT-1, em 1968.
O sucesso iniciou uma família com diferentes modelos e capacidades cúbicas e foi seguido pela Honda com a XL 250 Motosport, em 1972. A trail com motor de 4 tempos também foi bem recebida pelo mercado, como opção aos motores de 2 tempos.
Até então a marca tinha a família scrambler CL derivada dos modelos CB, com escapamentos elevados, mas os mesmos aros de 19 polegadas na dianteira (21” na XL) e cursos de suspensão ainda tímidos para uso todo-terreno.
Para rivalizar com os motores mais leves da concorrência, que dispensavam a parte de cima com comando e válvulas, a Honda usou bloco de alumínio e tampas de magnésio. Comando no cabeçote e 4 válvulas eram outras inovações para a época, especialmente em modelos de baixa cilindrada.
Assim o motor de 248cc da primeira XL desenvolvia até 20 cv a 8.000 rpm e torque de 1,93 kgf.m a 6.500 rpm. A boa performance em baixas rotações a tornava mais fácil de pilotar que as concorrentes de 2 tempos Yamaha DT-1 e Suzuki TS 185.
Na XL o câmbio de 5 marchas tinha relações curtas para que as respostas ao acelerador fossem mais rápidas. Em decidas acentuadas na terra, o freio-motor da Honda contribuía para melhor controle, bem como nas frenagens (a XL e concorrentes usavam sistemas a tambor nas duas rodas).
A trail da Honda tinha particularidades como a entrada da chave de ignição na lateral esquerda, abaixo do tanque (no painel ficava o afogador). Pelo mesmo lado saía o tubo do escapamento elevado – é mais comum à direita, como veríamos na década seguinte na XL 250R nacional.
Paralamas de plástico, aros de roda de alumínio e tanque para apenas 8 litros contribuíam para a redução de peso e necessária agilidade off-road. Nos anos seguintes recebeu roda dianteira de 23” para facilitar a transposição de obstáculos e duas saídas de escapamento do cilindro, passando ao lado direito. A potência permaneceu, mas o torque máximo subiu para 2 kgf.m a 7.500 rpm.
A grande mudança ocorreu com o lançamento de uma nova moto para a década de 1980, a XL 250R 1982, que também começou a ser montada em Manaus (AM). Principais inovações foram a suspensão traseira monoamortecida Pro-Link, sistema elétrico de 12 volts e 6ª marcha. A roda dianteira retornou a 21” e o aro traseiro diminuiu de 18” para 17”.
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Fonte: Revista Duas Rodas.
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