A bateria de moto continua evoluindo e agora pode manter a carga por mais tempo, com vida útil maior
A bateria é um item cada vez mais necessário na moto. Partida, luzes, painel e, mais recentemente, central eletrônica, controles de pilotagem, navegador e acessórios dependem de um bom suprimento de energia elétrica.
Conforme a tecnologia foi avançando nos últimos anos as baterias de moto também evoluíram e surgiram novas opções que podem ser mais leves, reter carga por mais tempo e ter vida útil maior.
Os manuais de proprietário geralmente indicam apenas a voltagem e a amperagem necessárias na bateria. Alguns trazem o código de letras e números da bateria original para o caso de reposição.
É importante saber que, com as mesmas especificações de voltagem e amperagem recomendadas pela fabricante da moto, a bateria agora pode ser de quatro tipos: a tradicional de chumbo-ácido, AGM, de gel e, mais recente, de lítio.
A bateria de chumbo tem placas do metal mergulhadas numa solução de água com ácido sulfúrico. É aquela mesma bateria que até pouco tempo atrás precisávamos abrir tampinhas na parte de cima e completar com água destilada periodicamente.
A diferença é que hoje em dia elas evoluíram e perdem menos água durante as reações químicas que produzem energia elétrica, então passaram a ser seladas, sem as tampas. Não temos mais acesso a essa mistura que é corrosiva e emite gases, afinal não é mais necessário fazer essa manutenção durante a vida útil.
É uma bateria pesada, porque mistura chumbo e água, mas por outro lado é a de menor custo para ser produzida. Na escala de evolução a seguinte é a bateria com tecnologia AGM, sigla de “absorbed glass matt”.
A bateria AGM funciona com as mesmas placas de chumbo, mas recebe o upgrade de separadores de lã de vidro entre essas peças metálicas. A função é estabilizar melhor as placas, reduzir vibrações e assim melhorar a eficiência ao diminuir flutuações de performance.
Outro passo acima em tecnologia de bateria é o gel eletrolítico, que substitui a água. Serve para diminuir a perda do líquido que faz a conexão entre as placas de chumbo e para manter um funcionamento estável em temperaturas extremas, quando a água sofre mais variação. Pode durar o dobro de uma bateria convencional.
E a tecnologia mais recente é a de íons de lítio, que se popularizou primeiro nos dispositivos eletrônicos e depois chegou aos veículos. Também usa metal e líquido na composição, mas tem uma capacidade de armazenamento e retenção de carga muito maior.
Por isso pode pesar até um terço da bateria comum com chumbo e água e, em alguns casos, usar uma caixa plástica menor. As baterias de lítio são as mais caras e equipam de série modelos esportivos em versões especiais, que buscam redução de peso nos componentes para mais agilidade nas mudanças de direção.
Mais uma vantagem dessa tecnologia recente é o tempo que mantém a carga: enquanto uma bateria comum pode perder 5% da carga por mês com a moto parada, numa bateria de lítio a perda é de pouco mais de 1% e, ao final de um ano parada, ainda há 80% da carga.
Os pontos negativos é que precisam de dois cuidados adicionais. Não se pode deixar a carga zerar, porque isso danifica o sistema e a bateria pode ficar inutilizada. E se a carga estiver baixa, é necessário usar um carregador para baterias de lítio, que não é o mesmo da bateria de chumbo.
Agora que você sabe que pode escolher entre quatro tipos de baterias, uma última dica para a próxima compra é prestar atenção ao número CCA da ficha técnica. Essa abreviação de “Cold Cranking Amps” significa corrente de partida a frio, é a corrente que a bateria é capaz de fornecer na partida.
Uma bateria para a mesma moto pode ter até o dobro da especificação CCA, uma diferença enorme na facilidade de partida e duração potencial dessa bateria. Voltagem e amperagem precisam ser as dimensionadas para o sistema elétrico da moto e que constam no manual, mas quanto maior for o CCA, melhor!
Fonte: Revista Duas Rodas.
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