segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

PEQUENOS GESTOS QUE CONSTROEM

 



A versão mais longa do Evangelho deste domingo nos apresenta duas cenas: em uma, Jesus chama a atenção sobre o comportamento dos intérpretes da Lei; em outra, observa as atitudes das pessoas ao fazerem sua doação do templo de Jerusalém. 

Jesus está diante do tesouro do templo e "tudo observa". Está sintonizado com tudo o que acontece à sua volta. Assim também, quem se dispõe a segui-lo necessita estar bem atento ao chaão que pisa e ao ambiente que o rodeia.

A viúva, na Bíblia, é símbolo do pobre. No texto de hoje ela é designada "viúva pobre", símbolo máximo da marginalidade. Justamente o gesto dela é que chama a atenção de Jesus. Talvez os outros observem os que depositam vultosas somas, atraindo a atenção com o barulho de suas moedas pesadas. Já a moedinha da viúva, levque que é, nem faz barulho ao cair no fosso do cofre. A prodigalidade exibicioniesta dos grandes não só aprova e alimenta a instituiçãoinjusta, mas também humilha os pobres.

As mulheres pobres, em geral, são generosas e desprendidas, não se preocupam em acumular e guardar para si, mas partilham. Vendo seus gestos, somos levados a nos questionar sovbre nosso coração, que corre o reisco de ser mesquinho e duro, fechado a Deus e aos outros. Dar do que sobre é fácil (embora muitos nem isso consigam); difícil é dar da própria pobreza. O papa Francisco nos lembras que se deve desconfiar da "generosidade" que não doi. 

Os gestos "insignificanrtes" das pessoas humildes e escondidas são os queconstroem a comunidade. ;elas nem sempre são econhecidas e valoridas, mas suas atitudes e gestos silenciosos fazem a diferença. Trata-se de pessoas despojadas que não vivem de aparência nem buscam visibilidade, status ou poder.

Podemos também ver "o outro lado da moeda", igualmente muito atual. Falando do gesto da viúva, Jesus não estaria criticando a exploração dos pobres que ocorre pelo caminho da fé? Em nome da religião e da fé, mutos pobres podem estar sendo despojados de suas poucas economias, até mesmo do pouco que têm para viver.

Fonte: Pe. Nilo Luza, ssp / O DOMINGO - semanário lit´rugico-catequético


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