sábado, 15 de fevereiro de 2025

Jardim da saudade

Por entre flores e lápides

O corpo vagueia

Em meio a tantos nomes e datas

A alma tateia


Do alto, as folhas se agitam

Ao sabor da brisa inquieta

E os pássaros a pressentir

O fim dessa busca incerta


Tanto tempo se passou

Difícil aceitar

Que nada será como antes

Antes dessa busca terminar


Por quê?

É a pergunta que não quer calar

A resposta?

Um dia há de se mostrar


Flores, pedra e saudade

Foi tudo o que restou

Daquelas metades perfeitas

Que o tempo não resgatou


Encontros, desencontros

Idas e vindas e idas

Por que a vida é assim

Feita de chegadas e partidas?



TSRossi
/ Porto Velho-RO





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