Por entre flores e lápides
O corpo vagueia
Em meio a tantos nomes e datas
A alma tateia
Do alto, as folhas se agitam
Ao sabor da brisa inquieta
E os pássaros a pressentir
O fim dessa busca incerta
Tanto tempo se passou
Difícil aceitar
Que nada será como antes
Antes dessa busca terminar
Por quê?
É a pergunta que não quer calar
A resposta?
Um dia há de se mostrar
Flores, pedra e saudade
Foi tudo o que restou
Daquelas metades perfeitas
Que o tempo não resgatou
Encontros, desencontros
Idas e vindas e idas
Por que a vida é assim
Feita de chegadas e partidas?
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