sábado, 30 de março de 2019

LAVA JATO: Após prisão de Temer, propinas de Jirau e Santo Antônio podem ser a bola da vez

Em junho de 2017 a operação Lava Jato apontou que essas duas obras teve a capacidade de unir em torno da corrupção personagens da esquerda e da direita
A prisão do ex-presidente Michel Temer, pegou muita gente de surpresa na semana passada.  Em mais uma fase da operação Lava Jato, os investigadores federais conseguiram ligar Temer e boa parte de seus aliados ao recebimento de propinas milionárias de empreiteiras e concessionarias públicas, no caso específico de Temer, a obra na usina de Angra 3 teria sido utilizada como base de desvio de recursos.

No estado de Rondônia, esse novo passo da Justiça Federal coloca muitos políticos, sindicalistas e autoridades publicas contra a parede, trata-se da fase da operação Lava Jato que investiga as propinas recebidas por essas pessoas durante a construção das usinas de Jirau e Santo Antônio, instaladas no rio Madeira, dentro da capital, Porto Velho. 

Em junho de 2017 a operação Lava Jato apontou que essas duas obras tiveram a capacidade de unir em torno da corrupção personagens da esquerda e da direita. Os valores são milionários, delações indicam que Eduardo Cunha recebeu R$ 20 milhões, o ex-Senador Aécio Neves levou R$ 50 milhões, já pelo lado da esquerda, o deputado petista Arlindo Chinaglia teria levado R$ 10 milhões. 

Entre os personagens locais está o Senador Valdir Raupp, que teria embolsado R$ 20 milhões de propina, de acordo com a operação Lava Jato, o nome dele na lista de pagamento era “Alemão”.  O ex-senador Ivo Cassol também teve seu nome incluído, teria recebido 252.828,52 mil dólares. Ambos os ex-parlamentares negam as acusações e afirmam que as delações foram levianas. 

As propinas não se limitaram apenas a políticos rondonienses, líderes sindicais, ambientalistas e até indígenas ganharam dinheiro para não tumultuarem o processo das obras. Antenor Karitiana e Orlando Karitiana, representantes da etnia Karitiana teriam recebidos seguidos depósitos para acalmar o clima na comunidade e a construção acontecer sem muitos problemas. A associação instituída para representar os Karitianas também foi apontada por ter sido favorecida. 

 Mesadas de R$ 2,5 mil até R$ 5 mil eram pagas a representantes de sindicatos e da Central Única dos Trabalhadores – CUT, tudo para conter os ânimos de milhares de trabalhadores que moravam nos canteiros de obras.

Todos os relacionados nas delações negam as informações prestadas por seus delatores. Em cada desdobramento da Lava Jato as usinas de Rondônia ficam mais perto de serem a bola da vez e promoverem um verdadeiro saneamento na política local.

Fonte: João Paulo Prudêncio - Rondoniaovivo.com.br

COMENTÁRIO DE UM LEITOR DO RONDONIAOVIVO.COM: 
O Brasil é um país onde a corrupção é o elementos mais "previsível". Qualquer obra erguida aqui, já se torna alvo de gambiarras antes mesmo de sair do papel. Pena que as investigações só podem acontecer após o ocorrido, mas é certeiro que no nosso país qualquer obra que ainda não tenha sido iniciada, já pode ser investigada, pois com certeza já estará sendo articulado algum esquema de corrupção. E quando se trata de corrupção, não existe "direita" ou "esquerda", basta ser político. As usinas do Rio Madeira são a pior desgraça e decepção que Porto Velho carrega. As promessas de "progresso" foram um golpe fatal na vida da cidade: perdemos duas cachoeiras, obras de compensação nunca foram vistas, a população da capital praticamente dobrou sem nenhuma infra-estrutura, o curso do Rio Madeira se tornou uma "incógnita", anualmente a cidade vive o drama do medo e da tensão com os já comprovados riscos de rompimento, e a mais absurda de todas as consequências: ironicamente, com duas usinas dentro de casa, Porto Velho paga uma das energias mais caras do país, isso sem contar a sua péssima qualidade. Progresso pra quem? Somente pra quem construiu e pra essa galera corrupta e imprestável que suga o sangue dos rondonienses há décadas, velhas figuras políticas que não valem o prato que comem. Pra eles, a corrupção é um rotina onde se age com "naturalidade", tá no sangue. Pra Porto Velho sobrou somente o prejuízo. E que prejuízo!
Comentário de Lúcio Soares.

COMENTÁRIO DO BLOG:  Este quem vos escreve sempre disse a seguinte frase: "Malditas Usinas para Porto Velho", hoje quase todos tem esta mesma ideia, veja o comentário do Senhor Lúcio Soares acima, é um retrato fiel do que estas "malditas Usinas trouxe para Porto Velho", além da corrupção já apontada na reportagem acima. Fatos que jamais será contados como fator positivo para a nossa cidade. Além de condenarem o rio Madeira a sofrer eternamente. "Malditas Usinas"!

Rio Madeira, condenado!




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