quinta-feira, 19 de setembro de 2024

A CRUZ DE JESUS É A NOSSA?



A pergunta de Jesus aos discípulos se dirige a nós hoje: "E vocês, quem dizem que eu sou?" Pedro responde corretamente, proclamando sua fé em Jesus como o Messias. O problema, porém, é que Pedro estendia por Messias. O Evangelho de Marcos, aliás , mostra a constante dificuldade dos discípuylos em compreender a vida e a missão de Jesus.Pedro repreende Jesus, porque considerava inadmissível um Messias que sofreria, seeria rejeitado, condenado e morto. Afinal, os judeus espervavam um Messias que viesse com o poder de Deus para tomar o poder dos romanos e restabelecer, à força, o reino de Israel.

Jesus repreende Pedro, convidando-o a se pôr no devido lugar: o disc´´ipulo que segue o Mestre e aprende, ao invés de estar adiante e fazer de Jesus a resposta a seus próprios anseios triunfalistas. Seguir Jesus, em vez de ser adversário (satanás), é assumir com ele a missão de doar a própria vida, de entregar-se até as últimas consequências, perdendo a vida para salvá-la. Carregar a própria cruz é vencer o egoísmo para seguir o Mestre que carrega a cruz, a fim de que nosso compromisso sofrimento aliveim o sofrimento de outros.

A incompreensão dos discípulos de então é algo atual, quando pensamos como é fácil cair na tentação de moldar Jesus segundo os próprios interesses, buscando uma religião de espetáculos e aparências, ao passo que a cruz do Mestre nos fala de rejeição, persguição e entrega na vida nas açoes do dia a dia.

Jesus é o Messias que se doa a todos, dando atenção e carinho especial aos menores e sofredores, assumindo as consequências da missão. O discípulo participa da missão de Jesus assumindo a cruz, a qual é consequência concreta, e não princípio. Porque a cruz como princípio é outra tentação, que levaria a pessoa abuscar sofrimento pelo sofrimento. O Mestre nos quer participantes da sua missão, não sofredores sem causa. Jesus nos quer discípulos seus, com uma vida que se doa, ganha sentido e de plenifica no seio do próprio Deus.

Fonte: Pe. Paulo Bazaglia, ssp / O DOMINGO- semanário litúrgico-catequético



Nenhum comentário:

Postar um comentário