domingo, 23 de junho de 2019

LOUVAI O NOME DO SENHOR

O salmo 134 das Sagradas Escrituras é um louvor ao Deus que fez grandes prodígios com o seu povo. Inicia, com os primeiros versículos, convidando os ‘servos do Senhor’ a louvar o Senhor nos ritos no Templo de Sião: “Aleluia. Louvai o nome do Senhor, louvai-o, servos do Senhor, vós que estais no Templo do Senhor, nos átrios da casa de nosso Deus. Louvai o Senhor, porque ele é bom; cantai à glória de seu nome, porque ele é amável. Pois o Senhor escolheu Jacó para si, ele tomou Israel por sua herança.”

Louvar o Senhor por ter libertado o seu povo da escravidão do Egito, tê-lo conduzido pelo deserto são e salvo rumo à terra prometida. Quem são esses ministros do culto que vivem no templo? São as pessoas dedicadas ao serviço dos ritos litúrgicos do templo.

Os versículos de 5 a 8 celebram Deus como Criador: “Em verdade, sei que o Senhor é grande, e nosso Deus é maior que todos os deuses. O Senhor faz tudo o que lhe apraz, no céu e na terra, no mar e nas profundezas das águas. Ele chama as nuvens dos confins da terra, faz chover em meio aos relâmpagos, solta o vento de seus reservatórios.” É Deus que gera as nuvens, os relâmpagos, as chuvas e os ventos, tirando-os dos seus reservatórios.

De fato, por falta de conhecimento científico naquele tempo, imaginava-se que Deus tinha uns reservatórios específicos aos quais Ele atingia para depois solta-los à terra. E essa imaginação vem da concepção da dispensa que a família tinha para guardar todos os alimentos e que, por sua vez, o pai entrega aos seus filhos, conforme as necessidades. Os versículos de 8 a 14 exaltam Deus como o verdadeiro redentor histórico que libertou o seu povo da escravidão do faraó: “Foi ele que feriu os primogênitos do Egito, tanto dos homens como dos brutos. Realizou em ti, Egito, sinais e prodígios, contra o faraó de todos os seus servos. Abateu numerosas nações, e exterminou reis poderosos: Seon, rei dos amorreus; Og, rei de Basã, assim como todos os reis de Canaã. E deu a terra deles em herança, como patrimônio para Israel, seu povo. Ó Senhor, vosso nome é eterno! Senhor, vossa lembrança passa de geração em geração, pois o Senhor é o guarda de seu povo, e tem piedade de seus servos.” Uma descrição dos eventos que marcaram o famoso êxodo conduzido por Moisés.

Depois os versículos de 15-18 expressam uma profissão de fé contra a idolatria: “Os ídolos dos pagãos não passam de prata e ouro, são obras de mãos humanas. Têm boca e não podem falar; têm olhos e não podem ver; têm ouvidos e não podem ouvir. Não há respiração em sua boca.” Deus é vivente em oposição ao ídolo que é obra puramente humana e que, portanto, não tem vida. A idolatria é somente uma ilusão. E a parte final do salmo se resume numa bênção litúrgica. O autor do hino faz a lista de quem deve celebrar essa bênção: Casa de Israel, casa de Aarão, casa de Levi, vós todos que o servis e de Sião seja bendito o Senhor. Todos eles levantam ao Deus Criador, Redentor uma bênção coral. O salmo nos ensina a reconhecermos a ação de Deus entre nós e louva-Lo.

Fonte: Claudio Pighin - Sacerdote, doutor em teologia - Belém/PA.



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