quinta-feira, 15 de março de 2012

OPINIÃO DE PRIMEIRA

O QUE A TROCA DE LÍDERES DA NOSSA
PRESIDENTE VAI MUDAR EM NOSSAS VIDAS?
Vai mudar alguma coisa na sua vida, brasileiro comum, ou na minha, a tão propalada troca de líderes do governo Dilma Rousseff no Congresso? Ao sair um poderoso, para entrar qualquer outro, isso significa que a violência no país vai diminuir? Que a saúde pública vai funcionar e não deixar milhares de pessoas atiradas no chão nos hospitais e morrendo por falta de atendimento? Será que significará uma melhoria salarial para professores e avanços na nossa educação, que está cada vez pior? Iremos, com essa mudança radical na turma de confiança da nossa Presidente, poder comemorar o fim da corrupção, a aplicação correta dos recursos públicos; a diminuição na doentia carga tributária que pagamos? Ou será que isso ajudará a fazer com a verdadeira Justiça chega a todos os brasileiros, como deveria, mas, é claro, só chega para alguns? As perguntas fazem sentido, quando se raciocina que há dois países, dois Brasil. Um, nosso, da vida real. Outro, deles, que nada tem a ver com nossas piores deficiências e muito pouco com as possibilidades de que elas sejam solucionadas.

Brasília é o centro do poder e o poder vive para si mesmo. É tema que define as vidas de grupos políticos e de lideranças, algumas há dezenas de anos se alimentando não da força do povo, mas da benesses que proporciona estar no centro das decisões. E perto de quem manda. Entre eles, no país deles – não no nosso – a grande notícia é quem está com o poder e quem caiu em desgraça. Na nossa vida, o que importa mesmo é a insegurança, a falta de estrutura do país, os salários corroídos, os impostos abusivos, as crianças que ainda morrem de fome, as rodovias destruídas. Essas não são as preocupações principais deles. Vivemos, nós, o povo e os nossos representantes em Brasília, em mundos diferentes. Nós queremos sobreviver com dignidade. Eles – sempre com as honrosas exceções - não se preocupam em perder a dignidade para sobreviver.

DUAS MULHERES
As coisas começam a clarear no PT. Cláudio Carvalho não pode ser candidato, porque teve suas contas reprovadas e, numa hipótese longínqua, se ganhasse a disputa interna, de nada adiantaria, por causa da legislação eleitoral. O confronto se resume agora à candidata do prefeito Roberto Sobrinho, a chefe de gabinete Miriam Saldaña e a adversária do grupo do Palácio Tancredo Neves, a ex-senadora Fátima Cleide. Já se pode dizer, desde agora, que o nome petista para disputar a eleição municipal deste ano, será de uma mulher.

IRRITAÇÃO E ESTRATÉGIA
Cláudio Carvalho ficou irritado, porque tinha a convicção de que seria o escolhido do grupo petista que está à frente da Prefeitura. Não foi. A turma que comanda o diretório municipal optou por Miriam, um nome novo, ficha limpíssima, sem rejeição e com o perfil de técnica e dura ao administrar, tal qual a presidente Dilma Rousseff. Que, quando veio a Porto Velho, cobriu de mesuras sua companheira, agora pré-candidata.

DIFERENÇAS
Ou seja, o grupo que lançou Miriam pensou em ter um nome com perfil semelhante ao de Dilma, que, hoje, é o grande destaque do PT na política nacional. Fátima, que esperava apoio de Brasília, ficou, nesse quesito, em condição muito semelhante à de Miriam. Fátima tem a grande vantagem de estar há muito tempo na política e ser nome bem mais conhecido do eleitorado. Contra ela, tem a rejeição que Miriam não tem.

LAVANDO AS MÃOS
É impressionante a omissão, o lava mãos, o desprezo com que as autoridades de todos os naipes tratam a questão das leis feitas para proteger bandido. É como se a violência extrema a que o país está entregue, nada tivesse a ver com isso. Mesmo que os noticiários da mídia, tenham se transformado, em sua maioria, em registros de casos policiais. Envolvendo, em grande parte, bandidos que foram beneficiados com progressão de pena e que, tão logo nas ruas, voltam a atacar, cada vez com mais ousadia e violência.

NO ESCURO
Os moradores da zona leste vão viver ainda alguns dias com trânsito intenso, grande confusão, perigos e, ainda, correm o risco de ficar no escuro, porque os enormes caminhões desviados da BR 364, interrompida, podem arrebentar os fios de energia colocados nas ruas, numa altura em que podem ser atingidos. A 364 só voltará ao normal em três ou quatro meses. O 5° BEC começou a construir uma ponte provisória, com mais de 60 homens trabalhando. Afora isso, só resta ter paciência e redobrar os cuidados com o pesadíssimo trânsito que vai passar por dentro da cidade.

JÁ SE VIU ESSE FILME!
Direitos sobre direitos e cada vez menos deveres! Essa bagunça que se permitiu ser implantada no Brasil, com greves estourando em várias regiões, inclusive nos serviços essenciais, causando graves prejuízos aos mais pobres e aos que querem trabalhar, principalmente, é culpa, de novo, da frágil classe política. E de um governo que adora discursar, mas que permite, em nome de minorias, que a grande maioria dos brasileiros seja prejudicada. Greves na segurança pública, no transporte coletivo, na educação, invasões de prédios públicos e bagunça geral é um risco. Quem viveu o final dos anos 50 e início dos anos 60 sabe muito bem disso.

PERGUNTINHA
Quantos dos quase 60 mil eleitores rondonienses atrasados vão conseguir fazer, nos últimos dias do prazo dado pela Justiça Eleitoral, o seu recadastramento biométrico ?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires


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