INVASÃO - A denúncia de que as terras indígenas da etnia uru-eu-wau-wau estão sendo invadidas por pecuaristas, e repercutida na mídia nacional, pode provocar impacto negativo nas exportações da proteína animal produzida em Rondônia. O problema revela a irresponsabilidade do Governo Federal em proteger as reservas indígenas; além, é claro, da deliberada paralisia dos órgãos ambientais que foram sucateados para que não cumpram suas funções.
VEDAÇÃO - A visão desenvolvimentista atual do Governo Federal, referendada pelo Estadual, é coalha quando o assunto é proteção aos setores vulneráveis. E a inércia nas ações preventivas é criminosa, visto que a legislação veda tais atividades nas reservas indígenas em razão das invasões.
LOCKDOWN - Embora seja enorme as vozes sugerindo a paralisação das atividades por alguns dias como medida para conter o avanço da contaminação devido ao estrangulamento do sistema de saúde público e privado, há autoridades vociferando contra alegando que não se resolve o problema com a decretação de lockdown.
BELZEBU - É verdade que a paralisação de tudo por si não soluciona a pandemia, o que tem força para conter o vírus é a vacinação em massa. No entanto, enquanto a imunização (vacina) em massa não vem, são imprescindíveis medidas concretas de prevenção, a exemplo do lockdown, para evitar que mais pessoas morram por falta de vagas nas unidades de terapia intensiva (UTI). Vociferar contra em nome das atividades econômicas sem oferecer nenhuma solução real é fácil, mas é uma gritaria que ajuda a aumentar as estatísticas dos óbitos. Deve ser por esta razão que falam por aí que o belzebu tem voz e cara semelhante ao homem.
MARCHA FÚNEBRE - Nesta sexta-feira (5), os negacionistas organizaram uma carreata pelas principais avenidas da capital contra as medidas baixadas pelas autoridades estaduais de prevenção a disseminação do covid, na tentativa de evitar que não aumente a fila de doentes que necessitam de UTI. Parecia uma marcha fúnebre a caminho do cadafalso. Infelizmente, aqui e em todas as cidades do mundo, essas medidas são adotada com reflexos nas economias. É o preço a pagar diante de uma pandemia, embora haja aqueles que queiram quitar com a vida. Rondônia já aparece na quinta posição entre os estados nacionais com mais mortes. Os negacionistas ainda acham que é uma gripinha e seguem em cortejo fúnebre protestando contra a vida. Um protesto semelhante foi feito no final do ano em Manaus, o final trágico todos sabemos.
LOROTA - A maior pressão pela liberação geral das atividades econômicas vem principalmente do setor privado da educação que afixou, inclusive, cartazes pelas ruas da cidades chamando lockdown de incompetência dos prefeitos. Ao que parece pensam somente no lucro e relegam a vida para plano secundário. Louco é o pai que permitir o filho retornar as salas de aulas numa crise sanitária sem precedentes (mesmo com a lorota de que o estabelecimento toma os cuidados), pois uma criança, aglomerada com outras, esquece das normas sanitárias e relaxa os cuidados para brincar. A lorota destes estabelecimentos esconde seus verdadeiros objetivo$. Todos os chefes de estado, num esforço monumental para vencer a doença, pedem aos seus concidadãos que evitem aglomeração, usem máscara, vacinem e fiquem em casa. O nosso, numa atitude transloucada, prega o contrário.
ACUSAÇÕES - A bancada federal de Rondônia não gostou da crítica feita pelo deputado estadual Jair Montes por não cobrar do Ministério da Saúde uma distribuição mais equânime das vacinas destinadas à região Norte. Pode falar o que quiser da credibilidade do parlamentar estadual, mas ele está completamente correto ao cobrar de nossos congressistas um empenho mais efetivo para que Rondônia seja melhor atendida na distribuição das vacinas contra a Covid-19. Enquanto Amazonas, Pará e Acre recebem mais doses que Rondônia, a letalidade da nova cepa é comum a todos os estados. É preciso que nossos deputados federais e senadores sejam mais diligentes. Não é à toa que muitos reclamam que a atual representação política de Rondônia no Congresso Nacional seja a pior desde a instalação do estado. O que a coluna concorda. Montes está correto em suas críticas, embora ele próprio não goze de boa credibilidade.
AMISTOSIDADE - Mesmo negando que seja provável candidato a candidato a governador nas eleições do ano que entra, o prefeito da capital Hildon Chaves(PSDB) será especulado para o cargo independentemente da própria vontade. Na base em que o prefeito está vinculado há também o nome especulado para o cargo do senador Marcos Rogério (DEM), apesar de ser um nome pouco palatável entre os partidos próximos a Chaves. A relação pública de ambos é amistosa e de apoio, embora reservadamente os aliados torçam os narizes um para o outro.
META - A confirmar que o prefeito da capital consiga manter o volume de obras que ostentou ano passado e que o credenciou ao segundo mandato, dificilmente seja incapaz de ceder às pressões para uma eventual candidatura a Governo de Rondônia. A meta de alcaide, segundo relato a este cabeça chata, é continuar com várias obras em Porto Velho e asfaltar mais cem km de ruas. Ele pode negar quantas vezes quiser uma candidatura ao executivo estadual, tais obras, sendo executadas, vão empurrar Chaves para a candidatura. Mesmo não sendo uma meta que tenha idealizado.
SISUDO - Na última segunda-feira (1), no aeroporto da capital, não passou despercebido deste aprendiz de colunista a indiferença com que as pessoas passavam ao lado do senador Marcos Rogério (DEM). Exatamente quem tem a pretensão de substituir Marcos Rocha. A forma sisuda, antipática e arrogante com que o senador trata os eleitores rondonienses que não são do seu convívio explica a indiferença pela qual é visto: seja no aeroporto, seja em qualquer local. Sua vitória pode ser comparada com aqueles embustes que ocorrem vez por outra em cada eleição.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO.
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