segunda-feira, 6 de outubro de 2025

O besouro-bombardeiro

Incrível como um breve vídeo como esse desperta tantos gênios, inteligências privilegiadas que parecem ter “a resposta” para a questão original: Como surgiram e ou foram criados o universo e a vida?

A discussão esquenta, uns passam a agredir outros em defesa de suas verdades, das respostas que mais os agradam ou convencem.

A verdade é que ninguém tem “a resposta”, nem mesmo a ciência, com seus maiores expoentes ou gênios, que seguem buscando os elos perdidos da corrente do saber.

Atribuir a Deus (ou a um deus) a explicação pura e simples, direta e reta, tem o condão de afastar a angústia que inevitavelmente vem a reboque da infrutífera busca por uma resposta puramente racional que possa elucidar de vez o mistério dos mistérios; fica mais suave, tranquilo, libera a massa cinzenta para outros pensamentos e questões mundanas, por assim dizer, e a vida segue seu curso.

Por outro lado, buscar unicamente na ciência a explicação, a resposta definitiva, é bem mais penoso, em face daqueles elos perdidos. Conceber que não há um “criador” contraria a lógica de que tudo à nossa volta tem uma origem, uma fonte, um criador, enfim.

Indo um pouco (para o) além, quem ou o que, afinal, teria criado o “criador” original, o primeiro? Teria “ele”, no princípio de tudo, quando nem o verbo (haver) havia, criado a si próprio? Ou não haveria um princípio de tudo, um nada, e tudo sempre existiu? Perdeu, ciência, não amola, só Deus explica!

Resignadamente penso que nossa limitada inteligência jamais nos fará chegar na resposta à pergunta do milhão, façanha de que não será capaz nem mesmo a tal IA (inteligência artificial) tão em voga nestes dias sombrios de inversão de valores, cenário surreal em que o poste acordou e passou a mijar no cachorro. IA que, vale lembrar, foi criada e segue sendo desenvolvida pela limitada inteligência dos seres humanos, cada dia menos humanos, infelizmente.

Enquanto isso, até que o jamais deixe de sê-lo, vamos nos digladiando aqui pelos continentes, mares e oceanos deste pálido ponto azul suspenso na imensidão (infinita?) do cosmos, cada um se achando mais “esperto” que o outro. Tudo bem, não deixa de ser um passatempo, mas sem agressões, plis! Não percamos de vista que a fé é questão personalíssima, de foro íntimo, e cada um tem a sua, os que acreditam em Deus e também os ateus, que parecem se satisfazer com explicações racionais meramente, ainda que não as tenham para todas as questões.

Observemos a lei natural maior que deveria reger as relações entre os seres vivos: “Não fazer aos outros o que não se quer para si” (a mãe de todas as leis).

Mas, porém, contudo, todavia, como é que ficam os predadores em geral e aquele besouro, em particular, que já veio de fábrica (ou foi equipado depois pelo Criador e ou pela evolução) com aquele terrível maçarico que fez o pobre sapo faminto correr uma maratona e meia num piscar de olhos?

Fui… deu!

(parafraseando o sapo coadjuvante dessa história sem fim)


Fonte: TSRossi / Porto Velho-RO





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