Não deu outra! O que estava anunciado, foi confirmado na manhã desta terça-feira, durante a convenção do PSDB. O prefeito Hilldon Chaves é candidato à reeleição, depois de longo tempo em que negava essa possibilidade. Ainda não foi definido o nome do candidato a vice, embora num primeiro momento, tenha sido comentado que o partido iria com chapa puro sangue, com o vereador Maurício Carvalho na parceria de Hildon. Até a noite da terça, pelo menos quatro nomes faziam parte de uma relação que estava sendo debatida, porque, embora fosse o preferido pelo próprio Prefeito, Maurício, a princípio, pensa em buscar a reeleição para a Câmara de Vereadores. Os outros nomes sondados para fazer parceria com Hildon podem vir de partidos que vão se aliar ao PSDB, na batalha por um segundo mandato. No encontro de ontem, no ninho dos tucanos, estiveram presentes alguns dos principais nomes do partido, como a deputada federal Mariana Carvalho e vários vereadores. Aliás, o partido lançou também uma relação completa de candidatos à Câmara, incluindo uma forte nominata de mulheres. Destacou-se ainda a presença da primeira dama, Ieda Chaves, que teve participação importante na decisão de Hildon em buscar a reeleição. Sem o aval dela, Hildon havia dito que não toparia buscar mais um mandato em Porto Velho. Ieda fez um discurso muito aplaudido, durante o encontro, destacando as dificuldades para a decisão e que ela foi tomada pensando no melhor para a cidade.
Ao aceitar a indicação, o Prefeito pediu perdão aos filhos, que terão que se sacrificar novamente, pela ausência dele e lembrou das dificuldades que enfrentou desde o primeiro dia de governo. Recordou que acabou com o que chamou de “quadrilhas que agiam dentro da Prefeitura, algumas há alguns anos e outras há décadas”; fez questão de citar que combateu de forma ferrenha a corrupção; destacou os investimentos federais e as emendas, como por exemplo, os 45 milhões de reais destinadas por Mariana Carvalho (citou também o apoio dos deputados federais Expedito Netto e do Coronel Chrisóstomo) e falou que há ainda muitos desafios a serem enfrentados. Hildon enfatizou os 250 quilômetros de asfalto que serão concluídos na sua administração e garantiu que, num segundo mandato, a meta será asfaltar 100 por centro da Capital. Disse ainda que sabe que enfrentará muitas dificuldades e críticas, mas que está preparado para isso. Depois de um longo período em que aparentava ter convicção de não disputar mais um mandato, Hildon Chaves mudou a decisão na 25ª hora, depois de muita insistência de companheiros de partido e de lideranças, como o senador Marcos Rogério. Depois de escolher seu vice, Hildon entra forte na campanha, mas também entra sabendo que será o principal alvo da maioria dos seus adversários. Veremos, lá em novembro, o que a maioria do eleitorado porto velhense vai decidir: se quer a continuação do atual governo, que está terminando em alta ou um novo comandante para o Palácio Tancredo Neves.
AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE VINICIUS - Um nome de 70 mil votos na Capital está, agora oficialmente, na disputa pela Prefeitura de Porto Velho. Embora representando um partido minúsculo (o Cidadania) e aliado a outro menor ainda (o Rede de Sustentabilidade), é ele, Vinicius Miguel, professor universitário e advogado, um daqueles concorrentes que podem se considerar com chances reais, nessa disputa. Ele foi confirmado em convenção realizada essa semana e ainda não definiu o nome do candidato a vice, na medida em que estão sendo estudadas outras parcerias, para que a chapa seja fortalecida com novas adesões. Vinicius tem a virtude de ser um nome respeitado entre os que concorrem à Prefeitura, mas tem contra si o fato de estar praticamente sozinho. Além disso, representa ideologias mais à esquerda, que nesse momento estão em baixa em todo o país, mas principalmente em Rondônia. Mesmo assim, sua performance pessoal é digna de todo o respeito, colocando-o com chances reais de chegar a um segundo turno.
CRISTIANE, A ÚNICA MULHER NA DISPUTA - Outra candidatura que merece todos os olhares, pelas chances reais que tem, também foi confirmada nessa terça, numa convenção concorrida, realizada na Câmara de Vereadores. A jovem vereadora Cristiane Lopes está candidata à Prefeitura e, até agora, é a única mulher colocada oficialmente na disputa. Quando disputou uma vaga à Câmara Municipal, na última eleição, como se fosse um nome apenas para preencher a nominata do seu partido, o PP, ela surpreendeu nas urnas, ficando entre os 12 mais votados. Há dois anos, candidata à Câmara Federal, ajudou Jaqueline Cassol, sua amiga e presidente regional da sigla, a ganhar a eleição, pelo PP. Cristiane superou os 20 mil votos. Coloca-se agora como uma opção viável para chegar a um segundo turno e, dali, saltar para a cadeira de primeira Prefeita da Capital. Que não se subestime a força política de Cristiane!
GARÇON E TEZZARI TAMBÉM CONFIRMADOS NA CAPITAL - Dois outros nomes entre os pesos pesados, que querem a Prefeitura, realizam convenções no último dia, ou seja, nessa quarta-feira. São dois até há pouco aliados do prefeito Hildon Chaves, ex secretários, que entraram na disputa depois que ele, Hildon, anunciou inúmeras vezes que não seria candidato. Agora, os dois já estão com seus nomes nas ruas e vão manter suas campanhas, embora, é claro, imagina-se que não atacarão o até há pouco parceiro. Um deles é Lindomar Garçon, do Republicanos, que é uma força política tanto na Capital quanto em Candeias, onde foi duas vezes prefeito. Ex deputado federal, Garçon ajudou muito no governo Hildon, na busca de recursos federais para Porto Velho. Só lançou seu nome depois que o Prefeito, que agora vai à reeleição, lhe deu o OK. O outro é Thiago Tezzari, que fez um trabalho inigualável como presidente da Emdur. Tezzari será confirmado na convenção do PSD desta quarta e vai continuar na disputa, até porque, alegam seus companheiros, há pelo menos 30 candidatos à Câmara que dependem dele, para continuarem suas campanhas. Garçon e Tezzari têm outra coisa em comum: ambos devem anunciar mulheres como suas vices, nas chapas que apresentarão ao eleitorado.
PIMENTEL VEM FORTE, MAS AINDA NÃO DEFINIU SEU VICE - Das candidaturas de ponta, daquelas com chances concretas, não se pode esquecer da força do MDB de Williames Pimentel. O partido está unido, depois de grandes divisões internas desde a última convenção, quando os grupos de Confúcio Moura e Valdir Raupp tiveram um grande racha. Agora, os emedebistas apostam todas as suas fichas na experiência de Pimentel, que concorre pela segunda vez e que, quando disputou uma cadeira à Assembleia, mesmo ficando fora, teve a maior votação individual, entre todos os candidatos, exatamente em Porto Velho, sua cidade natal. O MDB ainda está em conversações com outras siglas, para indicação do nome do candidato a vice, na chapa. O partido terá também uma relação completa de nomes para a Câmara de Vereadores. Destaca-se nela, o do Desembargador aposentado Walter Waltenberg, uma figura notória, que ingressou no partido e que abriu mão de sua postulação à Prefeitura, para apoiar Pimentel. O partido, sob a presidência regional do deputado Lúcio Mosquini, vem forte não só em Porto Velho, mas também em várias cidades do Estado.
PELO MENOS OUTROS DEZ BUSCAM ESPAÇO NA CAPITAL - Afora meia dúzia de nomes que são considerados com chances reais de chegar ao segundo turno e à Prefeitura da Capital, há pelo menos outros 10, vindos de partidos nanicos ou médios, mas, realmente, com expectativas menores de chegarem lá. O Avante anda esperançoso com Breno Mendes, mas a tendência é que ele não chegue ao segundo turno, apesar do otimismo do partido. O mesmo se pode dizer do PSL, com o deputado Eyder Brasil, que, ao menos na teoria, tem pouca chance nessa disputa. Há ainda o Coronel Ronaldo, do Solidariedade, com apoio importante do ex governador Daniel Pereira, um grande apoio dentro da PM e das forças de segurança, mas não se sabe se terá folego para chegar ao segundo turno. O PTB vem com Leonel Bertolin, um ex secretário da Agricultura da cidade, bastante popular no meio da produção rural. O PRTB, do vice presidente Mourão, vem com o ex vereador Ted Wilson. O PT, que já foi muito grande e ainda tem seu eleitorado fiel, vem com Ramon Cajuí. Fabrício Jurado é o candidato do DEM, embora o partido ainda possa se aliar ao PSDB, já que o líder maior do partido, o senador Marcos Rogério, está também fechado com Hildon Chaves. Samuel Costa, do PC do B, vem apenas para participar e ficar ainda mais conhecido. O PDT ainda pode confirmar Rui Mota. Não se sabe se Pimenta de Rondônia, do PSOL, vai tentar mais uma vez, já que apesar de ser muito respeitado, seu partido, nanico e que praticamente não tem militância por aqui, não o é.
MAIS CARAS NOVAS QUE QUEREM CHEGAR À CÂMARA - Serão centenas de nomes. Alguns já conhecidos, outros nada conhecidos da grande maioria do público. Mas cada um tem seu nicho de eleitorado e , sem exceção, sonham em ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Porto Velho. Já divulgamos por aqui, apenas como exemplo, pelo menos duas dezenas de nomes dos candidatos. Hoje tem mais. Uma delas é Yasmin Amorim, presidente do PSL Mulher da Capital e que está estreando na política. Tem também o Miro PVH, bacharel em Direito e servidor público há 30 anos. Nessa safra nova de gente que quer representar a cidade no legislativo municipal, está Jerry Amaral. Porto Velhense da gema, nascido no bairro Olaria, ele quer lutar por uma cidade melhor. Outra mulher que chega para concorrer à Câmara é Seliane Souza, historiadora formada pela Unir e muito ligada a entidades de cunho social. Mais um pastor na batalha das urnas: Alexandre Silva, da Assembleia de Deus. Promete lutar em defesa da família. Mulheres não vão faltar para a escolha do eleitor. Outra que quer ser vereadora é a jovem Quele Cardoso Ferreira, que faz campanha dizendo que nunca viveu de cargo público e que tudo o que conseguiu na vida foi com muita luta. Há ainda mais ou menos outros 400 candidatos querendo chegar às 21 cadeiras da Câmara da Capital.
MAIS DE 52.500 JÁ SUPERARAM O CORONAVÍRUS NO ESTADO - Um dia tem boas notícias; outro chega com más! Os casos de rondonienses atingidos pela Covid 19 caíram, mas ainda são muito acima do que se poderia comemorar. No domingo, por exemplo, foram registradas sete mortes, quatro delas na Capital. Vinte e quatro horas depois, o total de óbitos deu um salto de mais de duas vezes: 16 pessoas morrem atingidas pelo vírus, das quais três em Porto Velho e todas as demais em várias cidades do interior, com a pior performance em Ji-Paraná, onde quatro perderam a guerra para o coronavírus. O número de casos também cresceu bastante, com 514 novos registros. Já chegamos a 1.269 mortes, 680 ou pouco mais da metade, na Capital. A segunda-feira chegou com 61.260 contaminados. Há apenas dados positivos relacionados com o número de recuperados, depois de superarem a doença: 52.557. São quase 86 por cento do total do total de afetados pela doença. Atualmente, existem 7.434 rondonienses ainda enfrentando a doença, dos quais 285 internados. Também chegamos a quase 186 mil testes realizados.
PERGUNTINHA - De todos os nomes já postos na disputa em Porto Velho, qual dos candidatos que, na sua opinião, tem melhores condições de tornar a Capital uma cidade melhor?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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