Lubrificar e
ajustar a corrente da moto pode estar com os dias contados. Ao menos é isso que
promete uma inovadora corrente, desenvolvida pela marca italiana Regina, que
elimina a necessidade da lubrificação periódica. A corrente da moto faz parte
do sistema de transmissão final, também chamado de relação final. Responsável
pela transferência do movimento do câmbio para a roda traseira, o sistema deve
ser ajustado e lubrificado a cada 1.000 km. Além da corrente, fazem parte da
relação final, a coroa traseira e o pinhão.
Como funciona
Assim como as
atuais correntes seladas, sejam O-ring, X-ring ou Z-ring, a nova corrente tem
um enchimento de lubrificante permanente fixado entre os roletes e os pinos,
revestidos por anéis em forma de X. O que é completamente novo, entretanto, é
que a rotineira "lubrificação da corrente" não é mais necessária. Os
motociclistas também ficarão livres dos ajustes da corrente. Isto é, regular a
tensão de vez em quando, devido ao desgaste normal dos itens, o que gera folga
e pode até mesmo causar acidente.
Isso só foi
possível com a utilização de um novo material de revestimento para os elos da
corrente: carbono tetraedricamente amorfo (ta-C), também conhecido como
diamante industrial. Ao contrário das superfícies de metal usadas até agora nas
correntes, o diamante industrial ta-C não se desgasta. Outro benefício é que
este tipo de revestimento oferece um coeficiente de atrito muito reduzido.
Graças às propriedades de lubrificação a seco e à eliminação do desgaste, a
corrente oferece conforto equivalente ao de uma moto com transmissão por
eixo-cardã, ao menos no que diz respeito a manutenção. Isso sem falar que o
trabalho de limpeza, inevitável com uma corrente convencional devido a
respingos de lubrificante, também será dispensado. Além do conforto para o
motociclista, a corrente livre de manutenção reduz o impacto ambiental, pois
não gasta água e outros produtos para ser limpa e nem pinga óleo.
Quanto
dura?
O inovador
processo de revestimento foi desenvolvido pelos engenheiros da Regina, na
fábrica da empresa na Itália. Os testes de laboratório e de rua demonstraram
que a nova corrente tem vida útil equivalente, senão maior, do que uma corrente
selada convencional regularmente lubrificada. Segundo a Regina, o conjunto de
transmissão com corrente de alta performace e durabilidade não precisa de
pinhão e coroa dentada revestida com o diamante industrial. O que reduz o
custo. As novas correntes chegam ao mercado de reposição a partir de janeiro de
2021. Mas, já estão disponíveis como itens de série para os modelos BMW S 1000
RR e S 1000 XR, na Europa. A fábrica alemã também venderá o componente como
acessório e promete equipar outras motos com a tecnologia. Tomara que outras
fábricas sigam o mesmo caminho. Nós, motociclistas, agradecemos.
Fonte: Arthur Caldeira - Infomoto - uol
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