sexta-feira, 20 de março de 2015

RESENHA POLÍTICA

Perdulário - Conforme haviam anunciado com antecipação, os servidores públicos estaduais paralisaram as atividades por 72 horas, pois querem que o governador Confúcio Moura (PMDB) cumpra com as promessas assumidas de reposição salarial. O governo desconversa e alega que os gastos com pessoal atingiram o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, impedindo a concessão de aumento. No entanto, envia à Assembleia Legislativa projeto de lei criando mais oitocentos cargos comissionados para acomodar apadrinhados. Gastos que incham a folha estadual e descaradamente perdulários.
Protesto - Em vários municípios os barnabés voltaram às ruas para protestar e pressionar o governo a atender as reivindicações. Embora não haja indicações de que o executivo estadual tenha capitulado, negociar e encontrar uma saída para uma crise que se avizinha é a única alternativa ao palácio. Anteontem, por exemplo, houve protestos na frente da residência do governador em Ariquemes. Desde a cassação de Confúcio Moura o incerto e duvidoso acometeram as repartições governamentais com comissionados com nervos à flor da pele.

Mudanças - Correligionários próximos ao governador tentam convencê-lo a fazer algumas modificações no primeiro escalão, abrindo espaço para parlamentares aliados. O nome do deputado federal Nilton Capixaba (PTB) é um sugerido para assumir a Casa Civil, mas os peemedebistas preferem o ex-prefeito Chiquinho da Emater. O PMDB e o próprio governador sondaram Tomás Correia que, mais uma vez, disse não. Apesar de exalar uma vida saudável por onde passa, Tomás alega problemas de saúde para rejeitar o convite.
Cassação - Retorna à pauta de votação do Tribunal Regional Eleitoral na próxima semana o processo que cassou Confúcio Moura e Daniel Pereira. Os embargos opostos pela defesa do governador requerem o reexame da cassação ao repisar a mesma tese elencada na contestação. Como não há nada de novo dificilmente logre êxito.
 Pauta - Já está conclusa para entrar em pauta a Ação Judicial de Investigação Eleitoral proposta pela Procuradoria Eleitoral contra Confúcio Moura por abuso de poder político e econômico. Eis aí um processo aguardado com aflição pelos peemedebistas devido ao vasto conteúdo probatório juntado aos autos pela Procuradora da República. O processo aguarda apenas que seja levado à pauta, o que poderá ocorrer também na próxima semana.
Desdém - Após a cassação do mandato pela Justiça Eleitoral, o governador Confúcio Moura passou a atacar a decisão sustentando que o resultado decorre de um imaginário terceiro turno. A crítica afronta o órgão julgador que analisou as provas colhidas na investigação. Na medida em que os dias vão passando, o prazo de vencimento de Confúcio Moura na cadeira de governador fica mais próximo. Mesmo que os aliados, e ele próprio, minimizem a crise e desdenhem da sentença judicial. Não há um novo embate eleitoral como quer fazer crer o governador, o que há são julgamentos das condutas vedadas por lei utilizadas de forma ilegal para se vencer uma eleição a qualquer custo e desequilibrando a disputa.
Desleixo - Apesar dos esforços publicitários da Prefeitura Municipal de Porto Velho de divulgar os trabalhos em andamento de canalização das águas nos bairros periféricos, a cidade encontra-se em estado de abandono desde a posse de Mauro Nazif (PSB). Não há objetivamente uma obra nova de impacto que marque a gestão e os asfaltos construídos estão se desmilinguindo por falta de manutenção. Porto Velho é a capital mais maltratada do país por seus prefeitos e a população mais desassistida. Uma vergonha.
Marketing - Embora estejamos chegando à metade do terceiro ano da administração de Mauro Nazif (PSB) com o município às traças, os auxiliares próximos ao alcaide acham que ainda há tempo para recuperação e justificam que os cofres municipais estão abarrotados de grana para ser gasta no ano eleitoral. Acreditam que basta algumas peças de marketing para recuperar o prefeito e vencer a reeleição. Houve quem conseguiu o intento, mas é preciso primeiro combinar com os “russos” (eleitores). Não há peça publicitária atualmente que consiga retirar do imaginário porto-velhense a fama de desleixado que Nazif conseguiu colar no próprio vestuário.

 Causa própria - A deputada federal Mariana Carvalho cobrou do Governo Federal uma solução para o FIES (linha de crédito público que financia a anuidades em universidades particulares) que tem causado insegurança a muitos estudantes universitários que necessitam desse financiamento para se formar. É um assunto que a parlamentar conhece bem já que a família possui uma faculdade na capital com anuidades bem salgadas.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira


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