quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O tempo e o envelhecer

Ser eternamente jovem, eis um desejo universal. O tempo eternamente será o presente mais precioso da vida. O tempo é de uma importância grandiosa desde que o ser humano saiba aproveitá-lo bem. Quando o indivíduo passa dos 75 anos como eu, sente vontade de viver até a última gota. Quando somos jovens o tempo anda mais devagar porque na juventude não paramos, cheios de problemas e atividades. Já como idoso o tempo anda mais lento porque nossas forças diminuem, nossas lembranças são envelhecidas como a gente. O certo é que o ser humano sempre nota que a velhice é outra fase da vida; do descanso, do silêncio, da solidão.

Antigamente, os velhos eram poucos, hoje são numerosos, apesar de saberem no íntimo que estão entrando em outra fase da vida. É o período especial de vida, da grande sensibilidade. Charles Chaplin, um dos maiores artistas que o mundo já conheceu, ocupava todo o seu tempo com danças, compondo, conversando, lendo e vivendo com a natureza. Assim, companheiros idosos deveram construir todos nós uma estrada da vida no entusiasmo do hoje. A vida é feita de tufo o que é bom e de melhor para todos nós. Os barcos estão seguros nos portos, mas eles foram feitos para enfrentar ventos e tempestades, ondas revoltas e também viver em calmaria. Assim somos nós; devemos enfrentar com fé os desafios. A batalha é contínua. Para se conseguir envelhecer bem e feliz é preciso alegria no coração. A tristeza, o sentido da solidão, a depressão, são obstáculos para que você idoso, mantenha a sua jovialidade. Inimigo de qualquer homem ou mulher, a tristeza é erva má. Arranque-a pela raiz e em seu lugar coloque a alegria. Só assim você poderá manter a jovialidade desejada. Atualmente, há uma verdadeira parafernália de revistas, filmes, cremes, academias, spas, e tudo o que pode influenciar, principalmente para as mulheres, a  manutenção da juventude.

Segundo Leonardo Boff o ser humano é constituído de vários centros energéticos que conferem dinamismo à vida: os desejos, os instintos de sobrevivência, o amor e a esperança.

Portanto, não vamos perder a esperança. No meio de uma vida tão agitada dos tempos modernos, só nos resta apelar para o grande Senhor Jesus: Ó Mestre, daí-nos a esperança para prosseguirmos em nossa caminhada vivendo em plenitude.

E lembrem-se de que os nossos legados são a qualidade de vida que deixamos para trás. O que fomos, o que fizemos, ficará guardado por muito tempo no coração dos que conviveram conosco.


Fonte: Milton Hênio – Jornal Alto Madeira

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