domingo, 20 de outubro de 2013

Todos são espionados

No mês passado, reportagens do jornalista Glenn Greenwald mostraram que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi monitorada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA). A espionagem, que ganhou a mídia nacional e os jornais internacionais, ainda rende até hoje e fez o Brasil rever o uso de e-mails.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou que monitorou o Brasil, o que fez com que a Dilma mostra sua indignação no encontro promovido pela Organização das Nações Unidos (ONU), no mês passado em Nova Iorque.

O governo pensa agora em criar uma sistema nacional de e-mail criptografado para evitar que autoridades nacionais sejam alvo de espionagem. A determinação foi dada ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda.

É recomendável no Brasil a necessidade de aprovação de um Marco Civil com neutralidade na rede, da liberdade de expressão e da privacidade. O Ministério das Comunicações tem papel importante nesse processo e precisa contribuir com medidas de proteção.

A Serpro e os Correios também estudam  o lançamento de um serviço público e gratuito de e-mail seguro para a população.  Outras medidas para dar segurança às informações têm sido desenvolvidas em sintonia com o Planalto.

A Agência Brasileira de Inteligencia (Abin) deve mostrar seu valor nesse momento. Abin tem um trabalho importante no Brasil, mas não desta vez mostrou total fragilidade. Essa semana, a Abin também apresentou ao Palácio uma espécie de pen drive que cria áreas seguras em computadores, dispositivos e sistemas.

O governo planeja ainda comprar um satélite geo estacionário próprio, por meio da Telebrás. Hoje, dados, telefonia, sinais de TV paga e comunicações militares passam pelo satélite da Embratel, privatizada em 1997 e, atualmente, nas m~]aos da Claro, do empresário mexicano Carlos Slim.

De nada vai adiantar todo aparato se não houver certas prevenções nos serviços contratados. A melhor segurança continua sendo, por enquanto, aquela de conversa reservada.
Fonte: Editorial - Jornal Diário da Amazônia

Nenhum comentário:

Postar um comentário