terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Arte da Prudência

Não aceitar cortesia como pagamento.

Baltasar Gracián
É uma espécie de logro. Alguns, para enfeitiçar, não precisam de ervas mágicas da Tessália. Ao tirar o chapéu para cumprimentar do jeito certo, encantam os tolos, isto é, os presunçosos. Mercadejam a honra e pagam as dívidas com um vento de palavras bonitas. Aquele que promete tudo promete nada; as promessas são um escorregão para os tolos. A verdadeira cortesia é um dever, a cortesia falsa, um ardil, e a cortesia excessiva não é dignidade, mas dependência. Quem a pratica reverencia não a pessoa, mas a riqueza e a lisonja; não às qualidades que reconhece, mas a favores esperados.

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