sexta-feira, 26 de outubro de 2012

OPINIÃO DE PRIMEIRA


IGNORAR A METÁSTASE É APOIAR A NEGAÇÃO DO MAL
O primeiro passo para a cura de alguma doença, é um bom diagnóstico. Mesmo assim, se não detectada no início, fica difícil curar, principalmente quando se trata de vários tipos de câncer. Muito pior quando a doença salta aos olhos, mas tanto o doente quando quem poderia curá-lo fazem de conta que não é tão grave assim, que tudo pode ser corrigido com alguns medicamentos, que um paliativo aqui e outro ali vai salvar o paciente da morte. A comparação com o que está acontecendo em termos de violência nesse país é óbvia. Há uma grave doença social, que só piora a cada dia. Ninguém está mais seguro nem nas ruas, nem dentro das suas casas, nem nas cidades, nem nas áreas rurais, nem em grande centros urbanos, nem em pequenas localidades. Durante pelo menos as últimas décadas – e tudo piorou com a Constituição de 1988 – o crime passou a ser tolerado, as penas, mesmo para a violência animalesca não aumentaram e as autoridades que deveriam proteger a população, ao invés de lutarem para reimplantar o reino da lei e da ordem, discursam em defesa dos direitos humanos dos criminosos, não de suas vítimas.

Ao ignorarem a doença cancerígena que se espalha pelo organismo do Brasil, como uma metástase, o governo, o Congresso, o Judiciário e a própria população, pelo menos grande parte dela, que nem sequer protesta contra a matança institucionalizada, causam tantos danos quanto o mal em si. É a negação do mal, simplesmente. Fazer de conta que não há câncer, fazer de conta de que não há uma guerra nas ruas; defender o absurdo de que bandidos desumanos devem ter o mesmo tratamento que pessoas de bem, é um passo decisivo para o abismo. Para onde, aliás, estamos caminhando com celeridade.  Ainda há tempo para mudarmos o quadro. Mas não muito tempo...
 
EBULIÇÃO
Corações batendo forte, tensão, alegrias e tristezas: tudo isso será registrado nesta sexta, no final da tarde, ao sair a segunda e última pesquisa do Ibope para a fase final da disputa em Porto Velho. Garçon  e Nazif começaram a semana empatados, mas o principal instituto de pesquisas do país, contratado pela TV Rondônia, faz novo levantamento menos de 96 horas depois do anterior. Na primeira pesquisa, houve empate técnico (48% para Mauro, 46% para Nazif) e a última, no fim do dia, pode mostrar um quadro diferente. Os comitês dos dois candidatos estão em ebulição...

QUATRO ENCONTROS
Mais tarde, ainda na TV Rondônia, será realizado o último debate. Só nas emissoras de TV foram quatro (Rede TV!, Candelária. SBT e TV Rondônia). No primeiro turno, quando haviam nove candidatos, só a Candelária fez um encontro com oito deles. No segundo, Nazif e Garçon se confrontaram várias vezes. O eleitor nunca teve tanta informação, para chegar a uma conclusão sobre quem deve ser o novo prefeito da Capital. Só não escolheu quem já decidiu votar em branco ou anular seu voto.

SUBINDO O TOM
O tom da campanha em Porto Velho subiu. Os dois candidatos partiram para ataques mais duros, embora, pelo menos até ontem, sem nenhum golpe abaixo da linha da cintura. Na medida em que eleição vai chegando, o clima se torna mais tenso e as vozes aumentam. Desde a primeira pesquisa do Ibope, com os dois aparecendo empatados, os comitês começaram a usar de táticas mais agressivas, tentando marcar posição e avançar no eleitorado ainda indeciso. Espera-se que a disputa não saia do confronto político normal.

OUTRO CONFRONTO
Mais um confronto à vista entre Governo e Assembleia. O presidente da ALE, Hermínio Coelho e um grupo de parlamentares acham que a administração estadual está remanejando o orçamento acima dos 10% permitidos. O Governo nega. Como as relações entre o parlamento e o Palácio Presidente Vargas não estão às mil maravilhas, o caso ainda vai render discursos, reuniões, pressões e tudo o mais. Espera-se, é claro, que ao final sejam preservados, como têm sido, os interesses maiores da população.

NO TCE
O último conselheiro do Tribunal de Contas do Estado foi indicado pelo grupo do então presidente da Assembleia Legislativa, o deputado cassado Valter Araújo. Jovem ainda, o então deputado Wilber Coimbra foi guindado ao posto vitalício. A próxima vaga será de um representante do governo. E a troca no TCE deve acontecer ainda no primeiro semestre, com a aposentadoria compulsória do conselheiro José Gomes. Nos bastidores palacianos, já se fala em várias nomes com potencial. Pelo menos um deles muito próximo ao governador Confúcio Moura.

VITÓRIA E DERROTA
Um dos maiores partidos do Estado, comandando prefeituras importantes, o PT encolheu em Rondônia. Sua maior vitória foi em Cacoal, entre as cidades grandes, onde o Padre Franco foi reeleito numa das mais incríveis viradas da história política rondoniense, depois de passar toda a campanha, sempre atrás de Glaucione Nery, nas pesquisas. A maior derrota, certamente, foi na Capital, onde o partido escolheu a ex-senadora Fátima Cleide para concorrer à Prefeitura e ela acabou no quinto lugar entre nove pretendentes, no primeiro turno. Daqui para a frente, não há como prever se o PT recupera espaço ou não, no nosso Estado.

PERGUNTINHA
A dois dias do segundo turno em Porto Velho, dá para dizer com segurança se o novo prefeito será Lindomar Garçon ou será Mauro Nazif?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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