sábado, 16 de agosto de 2025

VIGILÂNCIA ATIVA



O Evangelho deste domingo lembra qual deve ser a atitude dos cristãos diante da fugacidade da riqueza e dos bens temporais. Inicia-se com uma exortação paraque o "pequeno rebanho" não se amedronte diante dos desafios, pois o Pai lhe oferece o Reino. O Reino de Deus é o sonho de Jesus de uma sociedade justa e solidária, onde todos possam viver com dignidade de filhos e filhas e como irmãos e irmãs, na fraternidade.

Dar esmola é mais do que oferecer moedinhas a algum pedinte, a fim de tranquilizar a consciência. Em sua origem grega, a palavra "esmola" tem o mesmo sentido de "compaixão"; portanto, dar esmola é ter compaixão (sentir a dor) do pedinte, é partilhar o que se é e tem. "Vender e dar esmola" é a atitude de quem se abre às necessidades dos irmãos, em vez de se fechar em si mesmo, confiando nas próprias riquezas.

A seguir, por meio de pequenas prábolas, o envagelista apresenta o tema da vigilância ativa e aberta ao futuro imprevisível, na espera do Senhor, o qual pode chegar a qualquer momento. A vigilância não conduz à acomodação, à espera passiva, nem é sintoma de uma imagem negativa de Deus, como algúem  que pune e castiga.

Estar como os "rins cingidos" significa estar preparados para servir. As "lâmpadas acesas" iluminam o caminho por onde transitamos: trazem luz à "escuridão da vida". O apelo é para estarmos acordados a fim de abrir a porta a quem chega;ou seja, estamos prontos para as surpresas de Deus, que nos convida a sair de nós mesmos e nos movemos em direção aos outros.

A parábola do dono da casa é insistente convite à vigilância. Quem está vigilante percebe a presença de Deus na própria vida. Ele pode chegar a qualquer hora, nas visitas habituais e na definitiva.

Diante da dúvida de Pedro, Jesus esclarece que as parábolas contadas são apelo à vigilância dirigido a todos, mas especialmente a quem tem responsabilidade na comunidade ou na sociedade. A função da autoridade é servir. Serviço que começa pelo atendimento das necessidades básicas, como o alimento cotidiano na hora certa, de modo que todos tenham vida e dignidade.

Fonte: Pe. Nilo Luza, ssp / O DOMINGO - semanário litúrgico-catequético


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