Meguro: a marca que introduziu a Kawasaki no mundo da motocicleta

 

Kawasaki volta a produzir a K3, motocicleta que imortalizou a marca que, agora, volta à existência.

Se você ainda não ouviu falar de Meguro, não se sinta desinformado, pois a marca não existe desde 1964. A Meguro surgiu no início dos anos 1920 como uma ferraria. Quando a economia americana quebrou causando a Grande Depressão (1929), a Meguro investiu na Harley-Davidson em troca de seu know-how para a construção de motocicletas.

Eles começaram construindo caixas de câmbio (primeiro para outra empresa, depois para eles próprios) até que produziram sua primeira moto em 1935: a Z97 de 500cc com motor monocilíndrico. Os trabalhos pararam quase imediatamente devido ao início da Segunda Guerra Mundial, mas a Z97 deixou uma impressão duradoura, ainda considerado um marco inicial da engenharia japonesa.

A Meguro retomou a produção no final dos anos 1940, mas foi somente no início dos anos 1950 que eles começaram a fazer máquinas maiores e melhores. sua primeira bicilíndrica foi a T1 Sênior, que foi fortemente inspirada pelas twins britânicas da época, e que foi rapidamente seguido pelo modelo K, também conhecido pelo nome de ‘Stamina’.

A K era uma uma versão melhorada da A7 da BSA; esta foi a primeira vez que Edward Turner da Triumph considerou as motocicletas japonesas uma ameaça. Apesar do sucesso do modelo K, a Meguro mergulhou em problemas financeiros, quando então, a Kawasaki Aircraft Company comprou parte da Meguro formando uma empresa conhecida como Kawasaki-Meguro.

Em 1963, a Kawasaki assumiu completamente o controle da Meguro, criando a nova Kawasaki Motorcycle Corporation. A Kawasaki manteve a licença BSA e continuou a construir a K, melhorando o seu funcionamento interno. Então, em 1965, eles ampliaram o motor até 624 cc e chamaram a moto de W1. O resto, como dizem, é história.

O renascimento

Por enquanto, infelizmente, a Meguro K3 é um modelo que está à venda apenas no Japão, onde custa cerca de £ 9.200 (R$ 68483,04, ao câmbio de 11/01/21), mas a Kawasaki reviveu as marcas registradas em todo o mundo, então talvez eles ainda poderão vendê-la em outros mercados, muito embora, as chances desta moto ser vendida no Brasil sejam ridiculamente mínimas, uma vez que sequer a W800 foi trazida para cá.

Aliás, a K3 é virtualmente idêntica à W800, embora seja um pouco mais potente, com 52 cv contra 48 da W800.

E aí, curtiu a história da Meguro e de sua emblemática K3?

Fonte: Motoadventure - (Postagem realizada na cidade de São José do Rio Preto - SP).