Não mudou nada! O debate realizado na sexta à noite, entre os finalistas da disputa pela Prefeitura de Porto Velho, promovido pela TV Rondônia\Globo, com a mediação impecável de Maríndia Moura. não trouxe nenhuma novidade. E isso, é claro, beneficiou Hildon Chaves, que, novamente pouco antes de um confronto pela TV (ocorreu o mesmo quando do encontro com Cristiane na SICTV\Record), foi presenteado com nova pesquisa do Ibope, que o colocava novamente bem à frente da sua adversária. Cristiane tinha apenas uma chance: trazer para o debate algo novo, bombástico, passível de mudar a opinião da maioria do eleitorado. Não o fez. Eventualmente, aqui e ali, foi um pouco mais agressiva, mas, no geral, optou por ficar próximo ao feijão com arroz. Ao ponto do seu adversário, minutos depois do confronto, ir para as redes sociais e elogiar sua adversária pela “postura correta”, mantendo o debate em alto nível. Ora, quando um candidato elogia seu adversário ou está ironizando (o que certamente não foi o caso) ou acha que a eleição está ganha e não é hora de brigar. Certamente Hildon vai para o domingo tendo convicção de que a pesquisa de sábado do Ibope está certa, lhe dando em torno de 20 pontos de vantagem sobre sua adversária. Cristiane sairá da disputa maior que entrou, mas, certamente poderia ter conseguido mais. Com a experiência ganha, está preparada para alçar outros voos, daqui para a frente. E pode ir longe! Hildon deve entrar na noite de domingo, caso não ocorra uma das maiores zebras das últimas décadas numa eleição em Rondônia, com um mandato de mais quatro anos.
A campanha, curtíssima, por causa da pandemia, foi diferente de tudo o que se viu até gora, em todos os sentidos. Primeiro, pelo enorme número de candidatos (15), muitos dos quais apenas viveram uma aventura, ao concorrer, numa disputa em que sabiam que tinham chances iguais a zero. Mas havia nomes fortes, contudo, além de Hildon e Cristiane. Vinicius Miguel, que ficou fora do segundo turno por muito pouco, é um exemplo. Também teoricamente tinham possibilidades reais Williames Pimentel e Lindomar Garçon, ambos com votações expressivas em outras eleições. Breno Mendes era uma novidade e, ao mesmo tempo, uma incógnita. Ficou em quarto, à frente de nomes tradicionais da mossa política. O Coronel Ronaldo também foi bem, numa estreia. Na reta final, chegaram Hildon e Cristiane. O atual Prefeito fez uma campanha sólida, criativa e cheia de serviço a mostrar. Cristiane apostou na mudança. O eleitorado, desde a primeira pesquisa, optou, em sua maioria, em manter o atual Prefeito. Tomara que a cidade acerte em sua escolha e que Hildon, caso se confirme seu eleição para um segundo mandato, cumpra todas as suas promessas. No anoitecer do domingo já saberemos o que as urnas disseram.
MUDAR PARA A FASE 3 RESOLVE A CRISE DA COVID? - O domingo de eleição começa com a notícia de que Porto Velho e outras 40 cidades do Estado retornam à Fase 3, por causa do aumento acentuado de casos de infectados pelo coronavírus e pelo risco de lotação dos nossos hospitais. Não há mudanças profundas, mas bares e boates só poderão ter 50 por cento de lotação, sem shows e os famosos banhos também só poderão receber metade do público que os tem superlotado nos últimos finais de semana, por exemplo. O problema é que a corrida às urnas, por si só, já tem grande risco. Mesmo com os cuidados determinados pela Justiça Eleitoral, já há grande número de pessoas infectadas pelo vírus, que participaram da campanha, algumas em ambientes pequenos, sem usar máscara, sem ter distanciamento e sem quaisquer outros cuidados. A semana termina com muito mais mortos do que se poderia esperar e um número crescente de novos doentes. Hospitais já estão começando a ficar com lotação preocupante e, ao não contermos a doença, ela poderá novamente levar muitas vidas e superlotar nossas UTIs. Sem os cuidados necessários, sem distanciamento, sem máscaras e sem álcool, vamos passar tudo de novo pelo pior da Covid 19. Infelizmente!
EM 2021, NÃO HAVERÁ VACINAS A TODOS OS BRASILEIROS - Por falar em Covid, a notícia vinda do Ministério da Saúde não é nada boa. Uma vacina contra o vírus – não se sabe ainda qual delas será utilizada primeiro – não deve chegar à toda a população brasileira, durante o ano que vem. A afirmação, que assusta, foi dada à imprensa nacional pela coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana, ao assegurar que a imunização deverá chegar em primeiro lugar aos grupos considerados prioritários, como servidores da saúde e idosos. A previsão, hoje, é de que o volume de produção de vacinas durante o ano que vem, não será suficiente para vacinar a todos os brasileiros. Pelo menos cinco vacinas que estão em estudo poderão atender o mercado nacional. Já existem quatro laboratórios fazendo testes no Brasil: Sinovac, Oxford e AstraZeneca, Janssen e BioNTech/Pfizer. As duas primeiras já têm algum acordo para fornecimento de doses. O governo do Paraná assinou acordo com uma quinta opção: Sputnik V, da Rússia, para parceria no desenvolvimento. Mesmo com todas essas perspectivas, para o Ministério da Saúde, não teremos doses para atender todos os brasileiros durante o 2021 que está chegando. E agora?
ALAN FAZ PARCERIA COM FÚRIA, POR CACOAL - Mesmo antes de assumir oficialmente o mandato, o porto velhense Alan Queiroz, que não concorreu à reeleição na Câmara, mas será deputado estadual a partir de 1º de janeiro, já está atuando como se parlamentar fosse. Ele vai assumir a vaga de Adailton Fúria, o jovem deputado de primeiro mandato que se elegeu prefeito de Cacoal, numa eleição em que praticamente não teve adversário, já que a prefeita afastada Glaucione Rodrigues, foi presa por corrupção e não concorreu, até porque, obviamente, não teria nenhuma chance. Alan, muito experiente nas lides políticas, já tratou de se aproximar do ainda deputado, mas futuro prefeito de Cacoal. Tem se postado no sentido de que, ao substituir Fúria na Assembleia, também ajudará o prefeito eleito nas suas reivindicações junto ao governo. Prova disso é que, na semana passada, Alan acompanhou Adailton Fúria numa audiência com o governador Marcos Rocha, onde foram apresentados os primeiros pleitos da cidade ao chefe do governo. Alan assume em janeiro e é daqueles políticos que, ao que tudo indica, terá vida longa no Parlamento rondoniense.
QUATRO MORTES POR ANIMAL SOLTO. PURA IRRESPONSABILIDADE? - Os animais soltos nas rodovias, não só nas federais, mas nas estaduais e naquelas estradas que ligam distritos às cidades, já causaram dezenas de acidentes. Perdeu-se a conta de vidas que se foram, por irresponsabilidade de proprietários desses animais, que não os mantém sob vigilância e os deixam à solta, inclusive em locais onde há trânsito intenso. Nessa quinta, mais uma tragédia aconteceu e Rondônia, dessa vez entre o distrito de Guaporé e a cidade de Pimenta Bueno. Nada menos do que quatro pessoas morreram, depois que o veículo em que viajavam bateu de frente com um cavalo, capotou várias vezes e caiu num barranco ao lado da rodovia. Todas as vítimas, dois homens e duas mulheres, eram pacientes que iam do distrito para a cidade para fazer hemodiálise. Quatro vidas perdidas por desrespeito, descuido, irresponsabilidade. Até quando vamos chorar nossos mortos por causa de animais soltos nas estradas e rodovias?
DESEMPREGO: RONDONIA TEM 92 MIL SEM TRABALHO - O desemprego no país deu um salto. E, segundo números oficiais do Caged, Rondônia também entrou nesse rol. Estamos ainda em melhor situação do que os índices nacionais, onde se chegou a 14,6 por cento de pessoas sem trabalho, totalizando 14 milhões e 100 milhões. Por aqui, segundo o levantamento da Caged, tivemos, nos últimos três meses, nada menos do que 11,4 por cento de desempregados (que o texto oficial, usando a terminologia tucana, apelida de “taxa de desocupação”!), o que representa nada menos do que 92 mil rondonienses, que deveriam fazer parte da força de trabalho e que estão fora do mercado. Tivemos, em 90 dias, mais 20 mil postos de trabalho perdidos. Mesmo com o crescimento do agronegócio, que continua em expansão, nas cidades – principalmente na Capital, Porto Velho – o desemprego ainda é significativo, acentuadamente entre os mais jovens. A pandemia, é claro, tem influído para mais e mais desemprego, tanto em nível nacional quanto estadual.
RONDÔNIA RURAL SHOW VOLTA COM FORÇA EM 21 - A não realização da Rondônia Rural Show, por causa da pandemia, significou um dos maiores prejuízos do ano ao setor produtivo do Estado. A nona edição, programada para o primeiro semestre deste 2020, teve que ser cancelada, exatamente porque foi naquele período que começou a crise do coronavírus e as medidas de cuidados, implantadas pelo Estado. Para o ano que vem, contudo, a esperança é de que a crise já tenha passado ou, que ao menos já tenhamos vacinas que protejam a população, a tal ponto que o Governo já marcou a data em que a edição suspensa, a de número 9. Ela será realizada em 2021, entre 25 e 29 de maio, no Centro Tecnológico Vandeci Rack, em Ji-Paraná, o novo local onde a grande feira de negócios agropecuários é realizada. A Rondônia Rural Show foi idealizada e implantada pelo então governador Confúcio Moura. O governador Marcos Rocha deu andamento ao programa. Na edição da feira de 2019, a última realizada, os negócios superaram os 703 milhões de reais. Para 2021, o sonho é atingir 1 bilhão ou, ao menos, chegar perto disso.
ALE QUER IDARON E SEFIN APOIANDO PLEITOS DE PRODUTORES - Há que se destacar o esforço da Assembleia Legislativa em apoiar os pequenos produtores do Estado, que andam sofrendo com a burocracia oficial e com fiscalizações, que causam grandes prejuízos ao setor. Foi para buscar soluções para tais questões, que o presidente Laerte Gomes (junto com os deputados Ismael Crispin, Cássia Muleta e Chiquinho da Emater) articulou uma reunião entre dirigentes da Idaron, da Secretaria e Finanças (Sefin) e um grupo de pequenos empresários da agroindústria familiar, insatisfeitos com as ações de fiscalização e cobranças burocráticas dos dois órgãos. Várias reivindicações foram apresentadas aos representantes dos dois organismos de governo, com a promessa que serão feitos estudos em busca de soluções, sempre em conjunto com os produtores. O presidente Laerte Gomes agradeceu a presença dos dirigentes da Idaron e da Sefin, por oportunizar o diálogo com o setor das agroindústrias que, segundo o parlamentar, “é o grande responsável em movimentar a economia de Rondônia”.
PERGUNTINHA - Depois de ir até a seção eleitoral, escolher seu candidato e votar nele, você vai voltar para casa com a certeza que optou pelo melhor para sua cidade ou ficará em dúvida de que, seja quem for o eleito, as promessas de campanha poderão não serem cumpridas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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