NÃO DÁ MAIS SUPORTAR: A HORA É DE
DUPLICAR A NOSSA RODOVIA DA MORTE
Não há mais como postergar uma decisão já, urgente, para ontem. O que está acontecendo na BR 364 não é mais uma simples sucessão de acidentes trágicos, mas mortes violentas anunciadas. Claro que há os que abusam da velocidade e cometem pecados mortais no trânsito, mas na maioria dos casos o que vem fazendo com que a rodovia se torne um verdadeiro açougue, são os buracos, enormes, seguidos, por vezes ocupando uma pista inteira, em trechos com um tráfego cada vez mais intenso. Se as promessas de solução já feitas por políticos tivessem se tornado realidade, a 364 já estaria triplicada ou quadruplicada. Mas, é claro, promessas são feitas perto de campanhas eleitorais, quando todos os candidatos querem é se eleger. E o resto que se dane. Há anos se ouve falar na crise da BR 364, a principal ligação de Rondônia com o resto do país. Nunca se viu a não ser remendos e mais remendos, enquanto a rodovia se deteriora, se acaba em várias trechos, transforma uma viagem, mesmo que curta, numa verdadeira roleta russa. Quando o deputado federal Eduardo Valverde morreu, no ano passado, em mais um desses acidentes absurdos, ouviu-se protestos, promessas (de novo!) de solução, mas, bastou passarem algumas semanas e não se falou mais no assunto.
Nos últimos meses, várias mortes, feridos, acidentes graves, perigo constante, deixaram claro que não há mais como empurrar com a barriga a situação da 364. Ela é de responsabilidade da União, mas só com muita pressão do governo estadual e da bancada federal, além de manifestações das comunidades que têm perdido vidas e mais vidas, podem sacudir a poeira. Para fazer com que o Dnit, enfim, pegue a dinheirama que tem em seus cofres e lembre que as vidas perdidas nesse canto do Brasil, têm que servir ao menos como motivos concretos para que se acabe com a mortandade. Chega de discurso e de promessas! Duplicação já! Não dá mais para suportar a forma leviana e irresponsável com que as autoridades estão tratando a questão da BR 364. Rondônia precisa se levantar contra essa série de tragédias que vem enlutando nossas comunidades.
COMEÇA 2012
Enfim, ano novo. Hoje Rondônia e o Brasil começam de verdade o 2012, que até agora era só preparação para a festa. A vida real inicia já com bancos superlotados, filas enormes e muitos problemas pela frente. A Assembleia se volta para a Comissão Processante, que vai analisar o caso de Valter Araújo e os demais envolvidos na Operação Termópilas. O governo Confúcio Moura enfrenta nova ameaça de greve dos professores, problema também com os municipais para o prefeito Roberto Sobrinho. Enfim, a bagunça organizada, comum a esse Brasil, está de volta. Até que enfim!
OLHO NAS PREFEITURAS
Os concorrentes da eleição deste ano também dão início, a partir de hoje, à corrida contra o tempo. Em pouco mais de oito meses, eles serão testados nas urnas. A maioria dos prefeitos de Rondônia busca a reeleição. Os eleitores dirão se eles merecem ou não continuar no posto. Na Capital, pelo menos uma dúzia de pretendentes dão os passos iniciais para a disputa. Lá na reta final, ficarão cinco ou seis, já que os outros se perderão pelo caminho. A política começa a tomar conta, de novo, da vida de todos. Agora, a coisa começa pra valer.
GUERRILHA E MEDO
Mais uma vez, uma fazenda é invadida em Rondônia, seu proprietário e família feito refém por grupo armado e tudo continua como se as coisas desse gênero fossem normais. Na região de Jacy Paraná, uma fazenda foi invadida há dez anos, a Justiça já decretou a reintegração de posse várias vezes, mas ela nunca foi cumprida. É assim que começa a verdadeira baderna: quando as leis só valem para alguns, mas não valem para todos. Isso sem contar do temor da PM de entrar em acampamentos onde até crianças são treinadas em táticas de guerrilha. Isso acontece aqui em Rondônia. Até quando? Ninguém sabe.
COMIDA BARATA
Tem coisas que funcionam. E bem. O Restaurante Popular, da Prefeitura, é uma delas. Em menos de três meses, já serviu 132 mil refeições, a dois reais. Os outros dois o próprio município banca. Comida boa, local bom, atendendo principalmente aos que menos grana têm, que podem comer perto de onde trabalham. É daquelas iniciativas que o poder público tem de vez em quando que são positivas. Há muitas outras que são ruins ou não dão certo. Mas quando alguma coisa funciona, seria injustiça não destacar.
DINOSSAUROS NA TV
Foi exigência do público. O programa Papo de Redação, transmitido ao vivo de segunda a sexta pela Rádio Parecis FM, ao meio-dia, agora vai também para a TV. Os dinossauros do rádio, como a turma foi apelidada, deve ocupar os sábados de manhã, a partir das 10h, na TV Candelária, ao vivo e via satélite, em rede estadual. Domingues Júnior comanda. Participam Everton Leoni, Sérgio Pires, Beni Andrade e Sérgio Mello. Imperdível!
ATOS DESUMANOS
O nível de desumamidade, os crimes hediondos, o terror que alguns criminosos têm praticado país afora, deve-se creditar principalmente à legislação benevolente e absurda criada no Congresso Nacional, nos últimos anos. Tudo apoiado pelo governo federal. O sangue que corre em centenas de famílias brasileiras vai continuar jorrando, até que os legisladores entendam que só leis duras, penas sem progressões absurdas e castigo proporcional à violência podem deter a onda de brutalidade.
AINDA É EXCEÇÃO
Enquanto os políticos continuarem brincando com o assunto e o Judiciário a aplicar penas leves, além de demorar anos e anos, muitas vezes, para punir alguém, nada mudará nesse triste cenário. Já há alguma reação, como por exemplo a sentença de 98 anos ao facínora que matou uma menina em São Paulo. Mas é exceção. Deveria ser regra geral.
PERGUNTINHA
Quantas décadas ainda vão demorar para que se discuta e vote, no Congresso Nacional, temas vitais para o país, como a reforma política e a reforma econômica?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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