A Petrobras anunciou neste sábado (23) que iniciou a perfurção do poço Pitu Oeste, marcando a retomada dos esforços da empresa para exploração de petróleo e gás na chamada margem equatorial.
A margem equatorial é uma área que se estende ao longo da costa brasileira desde o estado do Rio Grande do Norte até o Amapá, de acordo com a empresa.
A perfuração do poço, localizado a 53 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte, levará a três a cinco meses.
Com o poço Pitu Oeste, a Petrobras espera obter mais informações geológicas da área, permitindo à empresa confirmar a extensão da descoberta do petróleo feito em 2014.
De acordo com o plano estratégico da Petrobras para o período 2024-2028, a empresa estima um investimento de US$3,1 bilhões (R$ 15 bilhões) pmara pesquisa de petróleo e gás na margem equatoria, com a perfuração de 16 poços na região.
Em outrubro, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) concedeu uma licença ambiental para que a Petrobras perfurasse dois poços explorat´[orios em águas profundas na margem equatorial brasileira.
A AIE (Agência Internacional de Energia) já indicou, porém, que novos poços de exploração de petróleo não devem ser abertos no mundo.
Se as atividades com combustíveis fósseis não foram limitadas, o planeta não conseguirá cumprir a meta do Acordo de Paris, que prevê limitar o aquecimento preferencialmente em até 1.5ºC em relação ao período pré-industrial, sem ultrapassar os 2ºC.
O avanço exploratório na margem equatorial divide opiniões dentro do governoi do Lula, especialmente no que diz respeito à exploração da bacia Foz do Amazonas, na costa do Amapá.
Esse plano põe em oposição a ministra Marina Silva (Ambiente e Mudança Climática) de titulares de outras pastas, como Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Os planos da ala energética da gestão do Lula se tornaram alvo de críticas, por contra-dizerem o discurso dos governo em questões ambientais.
Na COP28, conferência do clima da ONU que ocorreu recentemente em Dubai, inclusive, o presidente afirmou que o Brasil ingressará no grupo Opep+, formardo por países parceiros do cartel do petróleo.
No mesmo evento, ambientalistas fizweram uma carta aberta destinada às autoridades dos governos presentes na COP28, com 127 assinaturas de organizações de preservação ambiental, movimentos sociais, associações indígenas e comunitárias e institutos de pesquisa em uma mensagem contrário ao megaleilão de 602 novas áreas de exploração de petróleo e gás, incluindo 21 blocos na bacia do rio Amazonas.
O leilão foi realizado, no entanto, e lotes arrematados no mesmo dia em que a COP 28 foi encerrada.
Fonte: Reuters / Jornal Folha de S. Paulo
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