Há grandeza no gesto de Ivo Cassol em abrir mão de sua candidatura ao governo do Estado e não ficar esperando até a 25ª hora para, no final, complicar o andamento da campanha e, ainda, correr o risco de acabar perdendo seu tempo e o dos seus eleitores; de ficar pelo caminho e, caso vencesse o pleito, mais adiante, de ter seus votos e sua vitória, caso eleito, tudo anulado pela Justiça. A primeira reação de Cassol e dos seus defensores, demonstrava a intenção de luta, de continuar uma batalha que tinha tudo para ser considerada perdida. Qual a chance real dos ministros do TSE derrubarem uma decisão que já estava tomada pelo Supremo Tribunal Federal? Horas depois, analisando todo o quadro, pensando no que poderia acontecer em prejuízo da própria campanha, Cassol reavaliou tudo e abriu mão dos direitos que ainda tinha de recorrer às últimas instâncias. Decidiu que era hora de parar de lutar contra fatos irreversíveis. Foi com rosto visivelmente entristecido, que o ex-governador e ex-senador decidiu despedir-se da disputa. Aos 63 anos, embora ainda esteja longe de deixar a vida pública, porque tem futuro nela, Cassol está definitivamente fora da corrida pelo governo de Rondônia. Não se pode negar: Ivo Cassol fez todos os esforços que podia para manter a sua candidatura e tentar chegar ao Palácio Rio Madeira CPA, conjunto de prédios que, aliás, foi ele quem foi ele quem construiu. Até a decisão dos ministros do STF, que já por maioria, derrubaram a liminar que o mantinha candidato, Cassol e seus seguidores e eleitores ainda sonhavam com a possibilidade que ele pudesse chegar a mais mais um mandato no comando do governo rondoniense. Depois disso, não mais!
Ao anunciar sua decisão numa Live pela internet, no meio da tarde desta quinta-feira, também ficou clara a preocupação do político com a candidatura da irmã dele, a deputada federal Jaqueline Cassol, que luta por uma vaga ao Senado. Eleger Jaqueline tornou-se agora a maior meta de Cassol. Ele ficará fora do processo da disputa pelo Governo? Provavelmente não. Político na sua essência, o ex-governador e ex-senador certamente não ficará de fora da disputa. A dúvida agora é: para que lado Cassol tenderá? Esta é uma resposta que todos os demais candidatos gostariam muito de saber, já que ele não comentou nada, ainda, sobre isso. O que passa pela cabeça do agora ex-candidato poderoso, cheio de votos e com chance real de ter chegado ao comando do estado mais uma vez, caso pudesse concorrer? Cassol passa a ser o grande cabo eleitoral, embora não se saiba até onde ele conseguirá transferir votos. Enfim, o que se pode dizer é que finalmente aconteceu algo importante para movimentar essa fria, gélida e modorrenta campanha eleitoral para o governo de Rondônia, que até agora não mobilizou e envolveu a população. Pode ser que a partir de agora, as coisas comecem a esquentar de verdade. Infelizmente, para os seus eleitores, sem Ivo Cassol!
JAQUELINE NÃO TEM PLANO B. PARA ELA, A ÚNICA META É A CADEIRA DO SENADO POR RONDÔNIA - A disputa pelo Senado continua acirrada. E, mesmo com a saída de Ivo Cassol da corrida pelo Governo, a candidata Jaqueline Cassol não ficará sem palanque. Ela e o irmão continuarão percorrendo o Estado, já que o ex-governador já avisou que entrará de corpo e alma na batalha para levar Jaqueline ao Senado. Não há dúvida alguma que o melhor para ela seria ter a candidatura de Ivo mantida e aprovada pela Justiça. Mas a própria Jaqueline já informara a este Blog, semanas atrás, que não haveria um Plano B na sua postulação política: apenas a cadeira senatorial é o seu alvo. Na única pesquisa eleitoral feita por instituto de fora do Estado, até agora, a parlamentar aparece um pouco atrás, mas embolada com dois nomes também muito fortes, os de Mariana Carvalho e Expedito Júnior. Claro que não se pode subestimar a força eleitoral e financeira de outros dois candidatos de peso (Acir Gurgacz e Jaime Bagattoli), mas, ao menos até agora, são as duas mulheres e o ex-senador de Rolim de Moura quem aparecem mais à frente. A campanha ainda terá mais 30 dias e será nestas quatro semanas que o eleitorado vai mesmo se decidir. Por enquanto, no horário eleitoral gratuito, todos os concorrentes ao Senado apenas se apresentaram e falaram de seus planos, mas pouco mais que isso. O que vai decidir a eleição, mesmo, ao que parece, é a campanha nas ruas e o corpo a corpo dos que estão querendo sentar na única cadeira em disputa no Senado Federal. Quem conseguirá? Apostas valendo apenas o prazer de acertar, estão abertas!
MARIANA É FORÇA ELEITORAL EM PORTO VELHO E EXPEDITO NO INTERIOR. OS DOIS APARECEM COM CHANCES REAIS DE CHEGAR LÁ! - Na batalha pelo Senado, como estão Mariana Carvalho, Expedito Júnior, Acir Gurgacz e Jaime Bagattoli? Duas lideranças despontam mais à frente. Mariana Carvalho tem um eleitorado fiel, principalmente na Capital, mas também conseguiu fixar seu nome em algumas comunidades importantes do Estado, graças à sua atuação na Câmara Federal e às muitas emendas que conseguiu, trazendo recursos para importantes obras, também no interior. Na Capital ela é a campeã de liberação de recursos, Concorre, ainda, com o apoio do governador Marcos Rocha, que busca a reeleição; do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves e do presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, entre vários outros braços fortes da nossa política. Expedito Júnior tem mais força no interior. É bastante conhecido por sua longa história na política, que começou nos anos 80. Ex-senador e ex-deputado federal, ele tem dupla missão: a de cooptar votos para si, mas também ajudar a tornar mais conhecido o nome do seu candidato ao governo, Léo Moraes, nas cidades interioranas. Junto com Mariana e Jaqueline, ele é um dos nomes de ponta na corrida pelo Senado. E Acir Gurgacz? Nome forte, senador atuante e respeitado, Acir está muito prejudicado em sua campanha por questões que enfrenta na Justiça, como as enfrentou Ivo Cassol. Mesmo assim, mantém seu nome na disputa, enquanto aguarda a decisão definitiva. Se der sorte, será candidato. Se der a lógica não será. Por fim, Jaime Bagattoli, O senador vindo do Cone Sul, que foi a grande surpresa da eleição passada, saindo praticamente de um anonimato para quase desbancar o duas vezes governador Confúcio Moura, ainda não decolou. Seus seguidores, contudo, acreditam que ele crescerá muito na reta final. Conseguirá? Saberemos daqui a algumas semanas...
CRESCIMENTO HISTÓRICO DO EMPREGO: MAIS DE 4 MILHÕES E 500 MIL POSTOS DE TRABALHO CRIADOS EM MENOS DE QUATRO ANOS - Há sim o que comemorar. Dados oficiais apontam que a taxa de desemprego no país, nos últimos três anos e meio (com dois deles de pandemia) caiu de mais de 13 por cento para pouco mais de 9 por cento. Em números absolutos, o país criou, nesse período, nada menos do que 4 milhões e 500 mil postos de trabalho. Só neste ano de 2022, até julho, segundo o Novo Caged, foram gerados novos 1 milhão e 335 mil empregos. A verdade é que a economia brasileira, mesmo com a terrível pandemia de 2020 e 2021 continuou crescendo. Por sua própria força, é claro, principalmente pela destacada expansão do agronegócio e de saltos constantes nas exortações, mas também por uma série de medidas do próprio governo federal, como as que diminuíram a carga tributária; as que reformaram a antiquada e anacrônica legislação trabalhista e que, ainda, investiram pesado nas privatizações, gerando milhares e milhares de novos empregos em áreas onde, antes, eram dominados pelo sindicalismo dos servidores públicos e geridos por legislação que impedia a expansão. Previsões mais otimistas indicam que o ano de 2022 pode fechar com cerca de 2 milhões de novos postos de trabalho abertos em todo o país, um recorde histórico.
ROUBOS DE CELULARES, ASSALTOS EM PLENA LUZ DO DIA: A FALTA DE POLÍCIA NAS RUAS E O AUMENTO DOS CRIMES NA CAPITAL - A falta de segurança nas ruas da Capital fica cada vez mais transparente, a cada dia. Roubos de celulares, assaltos em plena luz do dia; motoqueiros armados atacando perto dos centros comerciais ou em áreas mais distantes somam tantas ocorrências que, algumas delas sequer são registradas, já que não resultam em nada. Raramente, quando pegos, os bandidos voltam às ruas pouco depois, protegidos por leis que o Congresso Nacional criou para absolutamente proteção ao crime. A última vergonha da insegurança que assola as ruas é o registro de nada menos dez assaltos praticados contra os contratados para realizarem o censo em Porto Velho. Os bandidos levam celulares, bolsas e até os aparelhos usados na coleta de dados, que, certamente, não têm qualquer utilidade para eles. Em poucas semanas do início do trabalho de centenas de pessoas contratadas para o trabalho, já corre entre o grupo uma clara preocupação em andar pela cidade, sem saber o que lhes poderá acontecer. Aliás, é bom que se diga, os ladrões estão agindo também em pleno centro da Capital, onde várias ocorrências de furto, roubo e assaltos têm sido registrados. Precisamos de uma ação mais ampla e eficaz, principalmente da Polícia Militar, para acabar com esta insegurança toda.
PESQUISAS COMEÇAM A APROXIMAÇÃO COM A REALIDADE OU ANTES ELAS ESTAVAM CERTAS AO COLOCAR LULA COMO ELEITO? - Só ingênuos acreditavam que a história, quando fosse chegando a Hora H, não começasse a ser reescrita, embora, em alguns casos, a tentativa de brincar com a inteligência do eleitor continue. Há vários meses, institutos de pesquisas têm divulgados resultados espetaculares para o candidato Lula e trágicos para o candidato Bolsonaro, em relação à disputa presidencial. Alguns desses resultados do passado recente chegavam a ser ridículos, embora insistentemente divulgados por uma mídia que se divorciou da verdade para se tornar partidária de um lado só. Era óbvio, afora para os néscios, que perto da eleição, mesmo quem vive do engodo e da tentativa de criar factoides, teria que começar a se aproximar da realidade, até para sobreviver daqui para a frente. Nos últimos dias, pesquisas mais sérias têm apontado ou pequena vantagem do petista ou algo perto de um empate técnico. Foi o que ocorreu com a última pesquisa do Instituto Paraná, divulgada nesta quarta-feira (registrada no TSE sob o número BR-03492/2022, em que foram ouvidos 2.020 eleitores em todo o país. Nela, Lula e Bolsonaro estão tecnicamente empatados, dentro da margem de erro. O ex-presidente com 32,1 e o atual com 29 por cento. Os demais postulantes, claro, aparecem com chance zero. Ou seja, aquela conversa fiada de que nem sequer haveria segundo turno e que Lula já poderia encomendar o terno da posse, ficou para a série de golpes do João Sem Braço.
UMA VERGONHA PARA O BOM JORNALISMO DO PASSADO, SUPERADO AGORA PELA MILITÂNCIA QUE DESINFORMA - Aliás, os sintomas de que nem tudo é o que parece, está claro no desespero da oposição e dos órgãos da mídia miliciana, que cria todos os dias factoides diferentes, acusações sem fundamento; denúncias sem base, tentando afetar a candidatura do atual Presidente. Veja-se, por exemplo, algumas das manchetes do site UOL (do dia 31 de agosto) um dos que está cada vez mais perdendo acessos e leitores e que se amalgamou com a campanha da esquerda, como um braço jornalístico dela. “Senador diz que levará ao STF caso dos imóveis dos Bolsonaro: “tem ladroagem!”. Outra: “Após negar, ex-mulher de Bolsonaro agora diz ser dona de mansão de R$ 3 milhões de reais”. Tem mais: “Auxílio Brasil pouco ajuda Bolsonaro, diz instituto Quest!”; Mais? “Bolsonaro deixou de vetar o Orçamento Secreto depois de se aliar ao Centrão”. Rede Globo, Folha, Estado de São Paulo, O Globo, UOL, CNN e outras grandes redes de TV, de jornais impressos e em sites, desmamados do dinheiro público, jogam todas as suas fichas na eleição presidencial. Por que? Ora, caso Bolsonaro vença, o que todos estes não aceitam, embora se apresentem como defensores da democracia, todos sabem que as chances de sobrevivência com oito anos sem grana oficial nos cofres, pode significar a morte por inanição. Ou seja, até o final da eleição, a coisa só vai piorar ....
GASOLINA EM PORTO VELHO PODE CAIR PARA 4,80 O LITRO, DEPOIS DE MAIS UMA DIMINUIÇÃO DE PREÇO ANUNCIADA PELA PETROBRAS - Menos 18 centavos na bomba. A gasolina, que já está sendo vendida a preços que estão abaixo dos 5 reais, cai mais uma vez, com o anúncio da Petrobras de que, nas distribuidoras, o combustível será vendido com preço de 25 centavos abaixo do que o desta quinta, já a partir da sexta-feira. Ou seja, na medida em que as distribuidoras entregarem a gasolina já com o novo desconto, pelo menos 18 centavos serão cobrados a menos do que os preços atuais. Em alguns casos, o consumidor porto-velhense poderá comprar o litro a algo em torno de 4,80 reais. Caso não tivesse havido intervenção do governo federal, com a diminuição dos impostos federais e estaduais, além, é claro, da queda dos preços no mercado internacional, a gasolina na Capital rondoniense poderia estar custando, agora, nada menos do que 7,45 reais, ou seja, 2,65 a mais. Traduzindo para o percentual, a queda, em pouco mais de um mês, chegou a mais de 50 por cento, numa Matemática simples. O que está faltando agora é uma queda mais acentuada do preço do óleo diesel, que ainda está muito alto. É o preço do diesel, aliás, que influi diretamente no custo de vida, principalmente dos alimentos. Quanto mais caro o custo do transporte, mais cara a comida. Espera-se que também em relação ao diesel, haja ação efetiva e prática dos governos federal e estaduais.
PERGUNTINHA - A um mês da eleição, você opinaria que a disputa pela Presidência da República já está definida, como dizem vários institutos de pesquisa ou que ela será disputada voto a voto, como parece ser a realidade, neste momento da corrida eleitoral?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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