A pesquisa cronometrou as relações sexuais de 500 casais. A média é de 5,4 minutos
Uma questão que já passou pela cabeça de muita gente é se o tempo dedicado às relações sexuais é satisfatório. Tecnicamente, o sexo envolve mais que a penetração; aliás, as preliminares muitas vezes duram bem mais que a penetração.
Um estudo focou apenas no tempo entre a penetração e a ejaculação para determinar o tempo médio de uma relação sexual e chegou à seguinte conclusão: o tempo médio para cada casal (com base na média de todas as vezes que eles fizeram sexo) variou de 33 segundos a 44 minutos; uma diferença de 80 vezes. A média entre todos os casais foi de 5,4 minutos. Além disso, também houve resultados secundários: o uso de preservativos, por exemplo, não pareceu afetar o tempo, assim como o fato de alguns homens terem sido circuncidados, contradizendo os rumores de que a circuncisão afeta a sensibilidade do pênis.
O psicólogo Brendan Zietsch, professor da Universidade de Queensland, admite que, apesar de ser o melhor estudo até o momento, medir o tempo médio de uma ejaculação não é tão simples, pois as pessoas são tendenciosas, aumentando as estimativas do tempo de duração. Além disso, durante o sexo, os casais dificilmente monitoram o tempo de início e fim das relações sexuais; exceto quando solicitado, como aconteceu durante o período de realização do estudo.
Segundo o IFLScience, a equipe de pesquisa acompanhou 500 casais do mundo inteiro durante quatro semanas com a ajuda de um cronômetro. Os participantes acionavam o botão de ‘iniciar’ na penetração peniana e ‘parar’ imediatamente depois da ejaculação. Entretanto, como esse monitoramento pode ter afetado o desempenho e o “clima” durante o sexo, o estudo não pode ser considerado perfeito.
Outro dado interessante encontrado pelos cientistas foi que não houve um país que tenha se destacado no quesito sexo. Entretanto, as medições da Turquia revelaram que as relações sexuais de casais turcos tendiam a ser significativamente mais curtas (3,7 minutos) se comparadas a casais de países como Holanda, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos. Outra descoberta feita pela equipe foi a de que, quanto mais velho o casal, menos tempo dura o sexo.
A evolução não se importa com o tempo
O tempo médio apontado no estudo é o ideal? Sob ponto de vista evolutivo, está mais do que suficiente. Segundo Zietsch, o sexo não deveria durar muito uma vez que o objetivo, segundo a evolução, é permitir que os espermatozoides cheguem até o óvulo. Seria muito melhor evitar todo o esforço físico e apenas penetrar uma vez e ejacular. Rápido e simples. A biologia não se importa com o fato de que o sexo pode ser divertido e prazeroso, isso é só uma forma de o processo evolutivo facilitar a reprodução.
Um estudo de 2003 utilizou vaginas, pênis e esperma artificiais, para explicar por que, apesar de poder ser ainda mais rápida, a penetração dura mais tempo que o necessário. Segundo os resultados, a crista ao redor da cabeça do pênis foi projetada para remover espermas pré-existentes na vagina. Essa descoberta sugere que a penetração repetida pode funcionar para deslocar um provável sêmen de outro homem antes de permitir a ejaculação, garantindo que seus próprios espermatozoides tenham uma chance maior de alcançar o óvulo.
Da mesma forma, essa pesquisa poderia explicar por que alguns homens sentem um pouco de dor se permanecem penetrando depois de ejacular: seria uma forma de o corpo evitar que o próprio sêmen fosse extraído. “O que fazer com esta informação? Meu conselho seria tentar não pensar nisso durante os momentos de paixão”, comentou o psicólogo.
Fonte: Veja.
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