Álvaro Vieira Pinto escreveu: “Para
a mentalidade ingênua, a não é coisa que “já existe”, e precisamente existe
enquanto coisa. Está feita, sua realidade é completa, ainda que se admitindo
que sofra modificações ao longo da história.
{...} Ora, o que a consciência
crítica desvendará é justamente o oposto: é a minha atividade que torna
possível a existência da nação. A nação não existe como fato, mas como projeto.
Não é o que no presente a comunidade é, mas o que pretende ser, entendendo-se a
palavra ‘presente’ em sentido literal, como ‘pretender’ antecipado ao para um
Estado real {...} a comunidade
constituiu a nação ao pretender ser porque é assim que constitui no
projeto de onde deriva a atividade criadora, o trabalho. A “nação resulta,
pois, de um projeto da comunidade, posto em execução sob a forma de trabalho”.
Suas palavras merecem ser lembradas.
É preciso deixar de ser ingênuo,
arregaçar as mangas, construir a nação; ou melhor, nós precisamos. A
responsabilidade é de cada um de nós, brasileiros. Não surgirá o salvador,
tampouco devemos desejá-lo. Acreditar em um salvador é pensar que o atalho é
sempre o melhor caminho. Por definição é tão somente o mais curto.
Em 1988, foi fundada a República
Federativa do Brasil como um Estado democrático de direito. Estado de direito é
aquele em que o poder político é limitado por normas jurídicas, não quaisquer
normas, mas aquelas fundadas em valores supremos da comunidade de captados no
momento constituinte: a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade, a fraternidade e a
justiça. Estado democrático, por sua vez, é aquele em que o titular do poder
político - o povo - participa do seu exercício.
Nosso Estado democrático de
direito possui fragilidades. Fala-se violação do princípio da separação dos
poderes, coligações oportunistas etc. Essas fragilidades, contudo, demonstram
que temos ajustes a fazer, que a pretensão ainda não se tornou um Estado real e
que, talvez, o nosso projeto já tenha sido arquitetado. Pretendemos ser mais do
que a nação do futebol, ainda que também pretendamos sê-lo. Ao trabalho!
Fonte: Texto de Elisa Ustárroz –
Professora Universitária / Jornal O Estadão do Norte
{...} Ora, o que a consciência
crítica desvendará é justamente o oposto: é a minha atividade que torna
possível a existência da nação. A nação não existe como fato, mas como projeto.
Não é o que no presente a comunidade é, mas o que pretende ser, entendendo-se a
palavra ‘presente’ em sentido literal, como ‘pretender’ antecipado ao para um
Estado real {...} a comunidade
constituiu a nação ao pretender ser porque é assim que constitui no
projeto de onde deriva a atividade criadora, o trabalho. A “nação resulta,
pois, de um projeto da comunidade, posto em execução sob a forma de trabalho”.
Suas palavras merecem ser lembradas.
É preciso deixar de ser ingênuo,
arregaçar as mangas, construir a nação; ou melhor, nós precisamos. A
responsabilidade é de cada um de nós, brasileiros. Não surgirá o salvador,
tampouco devemos desejá-lo. Acreditar em um salvador é pensar que o atalho é
sempre o melhor caminho. Por definição é tão somente o mais curto.
Em 1988, foi fundada a República
Federativa do Brasil como um Estado democrático de direito. Estado de direito é
aquele em que o poder político é limitado por normas jurídicas, não quaisquer
normas, mas aquelas fundadas em valores supremos da comunidade de captados no
momento constituinte: a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade, a fraternidade e a
justiça. Estado democrático, por sua vez, é aquele em que o titular do poder
político - o povo - participa do seu exercício.
Nosso Estado democrático de
direito possui fragilidades. Fala-se violação do princípio da separação dos
poderes, coligações oportunistas etc. Essas fragilidades, contudo, demonstram
que temos ajustes a fazer, que a pretensão ainda não se tornou um Estado real e
que, talvez, o nosso projeto já tenha sido arquitetado. Pretendemos ser mais do
que a nação do futebol, ainda que também pretendamos sê-lo. Ao trabalho!
Fonte: Texto de Elisa Ustárroz –
Professora Universitária / Jornal O Estadão do Norte
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