AVE BARBOSA! OS QUE QUEREM UM PAÍS DECENTE TE SAUDAM
O Brasil é um país desesperado em busca de heróis. Mas heróis de verdade, porque os do tipo Macunaíma não nos fazem falta. Tivemos Pelé, nosso eterno herói. Tivemos JK, o único político que é lembrado como um exemplo de estadista e homem de visão de futuro. Tivemos Tiradentes. Santos não nos faltam, mas poucos chegam perto daqueles predicados que resumem a vida dos heróis. Mais recentemente, de uma hora para outra, ganhamos uma heroína: a ministra Eliana Calmon, que atreveu-se a meter o dedo na ferida da ala podre do Judiciário. Houve outros heróis e heroínas no decorrer dos tempos, mas até pela mediocrização da palavra, em que qualquer pé rapado era transformado em herói em novelas ou reality shows da Globo, a palavra perdeu a força. Agora, desde que começou o julgamento do Mensalão, encontramos nosso novo herói. É um homem de origem humilde, filho de uma lavadeira, que estudou em escola pública e é negro. Um orgulho para sua raça, um orgulho para seu país. Joaquim Barbosa já não pode andar em paz pelas ruas, porque é tratado como celebridade. Nas redes sociais, milhares e milhares de pessoas o indicam como futuro Presidente da República.
Ávidos por novos heróis, estamos sempre à procura deles. De vez em quando cometemos asneiras, como o fizemos com Collor, que nos enganou com sua fúria de combate aos marajás. Mas, no geral, sabemos escolher. Os poucos que o povo brasileiro selecionou para entrar na sua galeria de heróis e heroínas têm merecido esse título. Joaquim Barbosa é um deles e entra para este seleto grupo. É o nosso Pelé do Judiciário. É o nosso Tiradentes, lutando contra traidores da Pátria. É o nosso brasileiro que representa a grande maioria deste país: trabalhador, decente, combativo, corajoso. Ave, Barbosa! Os que ainda vão viver num país decente te saúdam...
CAINDO FORA
O secretário de saúde do Estado, Gilvan Ramos de Almeida, pessoa de confiança do governador Confúcio Moura, não está aguentando tanta burocracia, tantos entraves, tanta morosidade para resolver as questões da sua pasta. Teria avisado o amigo e chefe: desse jeito, não tem como resolver os problemas de um setor nevrálgico. Gilvan é mais um que estaria caindo fora, porque fica com mãos amarradas, no emaranhado de leis e fiscalizações que impedem a saúde de andar rápido e buscar soluções para atender a população. Os que adoram burocracia e o peso pesado do Estado, mais uma vez venceram.
VOLTANDO COM TUDO
Nesta segunda volta com tudo – começou na sexta, dia 12 - a propaganda no horário eleitoral gratuito para os dois candidatos que estão no turno decisivo da eleição em Porto Velho. Lindomar Garçon quer buscar votos na classe média e áreas centrais da Capital e Mauro Nazif quer entrar no reduto de Garçon, na periferia. O que se pode dizer é que os dois tem grande potencial e não podem, nenhum deles, subestimar o adversário. Será uma disputa que se desenha duríssima e pode ser decidida voto a voto. Qual dos dois terá sucesso na sua empreitada?
CONVERSANDO
Garçon pode ter parte da turma de Mariana Carvalho, Miguel de Souza, parte do PP, parte do PR, parte do PPS e do PSDB ao seu lado, na disputa pelo segundo turno. Mauro Nazif virá com o PT, com o PSOL e outros partidos de esquerda. Como Mário Português já avisou que não apoiará ninguém, a militância do seu partido pode seguir o rumo que considerar melhor. Os dois finalistas passaram a semana buscando arregimentar forças, conversar com possíveis aliados e abrir negociações políticas sobre a futura administração. Não aceitam lotear cargos, avisam, mas estão dispostos às conversações.
MUITA DEMORA
O que se lamenta – e talvez uma das poucas coisas a lamentar nessas eleições municipais – é o fato da Justiça Eleitoral não ter a agilidade necessária para julgar todas as candidaturas sub judice e, principalmente, as relacionadas com a Lei da Ficha Limpa. O que se espera é que, quando o eleitorado acorrer às urnas, já saiba com segurança quem pode e quem não pode concorrer, até para que o eleitor não jogue fora seu voto. Em todos os estados brasileiros – e em Rondônia também – muitos eleitos poderão não tomar posse. Não se sabe quando, mas um dia a Justiça vai resolver...
DOIS PADRES
Dois religiosos estão se transformando em nomes dos mais importantes do Partido
dos Trabalhadores no Estado. Um deles é o Padre Ton (ex-prefeito de Alto Alegre dos
Parecis), consagrado nas urnas como deputado federal. O outro também é padre:
reeleito prefeito em Cacoal, Padre Franco ganhou uma eleição que, desde o começo
da campanha, poucos acreditavam que ele chegaria à frente da deputada Glaucione
Nery. Foram, nos últimos dois anos, os que tiveram melhor performance dentro do PT
rondoniense. Superaram nomes tradicionais, como os de Fátima Cleide.
ENXUTA
“Não quero sair devendo. As contas que não apresentarem problemas, que estiverem corretas vamos efetuar o pagamento. Não tem porque deixar isso para o próximo Prefeito, até porque, ao longo da nossa gestão não tivemos problema nenhum com os nossos fornecedores”. As palavras são do prefeito Roberto Sobrinho, após reunião com sua equipe, avisando que deixará a Prefeitura da Capital enxuta para seu sucessor. Sobrinho pretende se despedir do seu segundo mandato entregando o maior número possível de obras e pagando todas as contas em dia.
PERGUNTINHA
Com queda de quase 15% no número de prefeituras sob seu comando, até quando o PMDB continuará sendo o maior partido do país?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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