A longevidade vem aumentando em todo o mundo, em decorrência da maior expectativa de vida e da diminuição do número de filhos do casal. Este envelhecimento populacional trás novos desafios à saúde pública visto que câncer, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares crônicas, pneumonia, diabetes, acidentes, doenças neurodegenerativas, doenças músculo-esqueléticas, depressão, quedas e fraturas aumentam em proporção. E todos estes problemas têm algum link com a nutrição.
O governo, a família e a comunidade precisam de se envolver no cuidado com os idosos. Além de estratégias de melhoria e acompanhamento pelo SUS, o apoio familiar na compra e prepara de alimentos saudáveis e o suporte da comunidade, disponibilizando e mantendo locais de encontro, prática de atividade física adaptada para esta população e outros tipos de suporte são essenciais.
Profissionais de saúde precisam atuar de forma integrada a fim de melhorar a qualidade de vida desta população. O papel do nutricionista clínico é fundamental dentro da equipe multidisciplinar. Este trabalha com a prevenção, o diagnóstico e o cuidado de problemas de saúde relacionados à alimentação. Tais problemas podem ser divididos em: desordens no consumo de alimentos ou nutrientes específicos (como a deficiência de ômega - 3 ou o baixo consumo de fibras), desordens de composição corporal (como obesidade e a sarcopenia), desordens dependentes da nutrição (como a doença celíaca) e desordens responsivas à nutrição (como a hipertensão e o diabetes).
A avaliação nutricional do idoso inclui a identificação de fatores culturais, sociais, pessoais e familiares que implicam no consumo de alimentos. Inclui ainda a análise de atividade física / mobilidade, abuso de substância, uso de medicamento, habilidade de aquisição, estoque e preparo de alimentos, dentro outras questões. Erros alimentares, principalmente com o consumo insuficiente de frutas, vegetais, legumes , cereais integrais e proteínas aumentam a mortalidade de idosos. Já a hipovitaminose D afeta a densidade óssea, a força muscular, causa imunodeficiência, desordens metabólicas como in tolerância à glicose e aumenta o risco de câncer de mama e intestino.
O ideal é que a educação alimentar comece muito precocemente, dentro das famílias e nas escolas para que deficiências ou mesmo problemas relacionados ao consumo excessivo de determinados alimentos não prejudiquem a qualidade de vida. Assim, teremos uma sociedade muito mais saudável, harmoniosa e feliz.
Fonte: Drª Nájila Morais - Nutricionista - Equilibrium Produtos Naturais
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