segunda-feira, 4 de agosto de 2025

QUE MEREÇA DEIXAR ?


Em pleno Ano Jubilar, que nos convoca para sermos peregrinos de esperança, o Evangelho de hoje ativa o sinal de alerta sobre ficar longe da ganância.

A realidade que nos cerca dificulta a atenção a esse sinal. Há atraente estímulo ao consumo desenfreado, ao acúmulo de bens e à busca de privilégios. A ânsia em possuir torna-se doentia. Nesse confronto aberto em busca de vantagens e lucros, mediante a competição, poucos têm muito e mutos têm pouco ou quase nada. Não faltam exemplos, entre esses poucos, dos que dispõem de fortunas colosais, que lhe permitem mundana ostentação, enquanto milhões perambulam em busca de sobrevivência. E assim se amplia a desigualde social.

A permanência dessa realidade favorece o endurecimento dos corações. O risco é entender ser normal servir, ao mesmo tempo, a Deus e Evangelho de hoje previne: "mesmo que algúem tenhamuitas coisas, a sua vida não depende de seus bens" (v.15).

Há, sim, riqueza que agrada a Deus: misericórdia e compaixão! Essa riqueza não é obtida com dispas, divisões ou acúmulo, mas com a partilha. Não a cada um segundo seus méritos, mas a cada um segundo suas necessidades (cf. Mt 20,14).

Para explicitar melhor esse refencial do Evangelho, Jesus, que acredita ser feliz porque teve sorte de obter uma grande colheita, sentindo-se seguro pelos bens acumulados, pelo longo tempo que teria pela frente e pela tranquilidade que esses bens prometiam dar-lhe. Mas Deuis o chama à realidade: "Nesta mesma noite você vai ter de devolver sua vida" (v.20). A conclusão da parábola é esta: "Assim acontece com quem acumula para si, mas não é rico para Deus" (v.21). Em outros termos, querer ansiosamente acumular revela-se grande insensatez! 

Que herança nos preocupamos em deixar? Bens materiais ou a edificação de pessoas, ajudando-as a ser generosas com o próximo?

Fonte: Pe. Darci Luiz Marin, ssp / O DOMINGO - semanário lit´rugico-catequético



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