sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

NO ESPÍRITO E NO FOGO

 



A vinda do Senhor se aproximacom o Natal, e nós perguntamos, como as multidões, os cobradores de impostos e os soldados perguntaram a João Batista: "O que devemos fazer?" E continuamos a ouvir dele a resposta, indicando que converter-se a Deus é converter-se a novas relações.

Trata-se de relações de solidariedade e partilha, para que ninguém fique desabrigado ou sem comida; relações de igualdade e justiça, para que ninguém seja explorado e abandonado na miséria; relações de honestidade e respeito, para que ninguém seja ameaçado ou violentado em seus direitos.

O batismo de João, ritual feito com água para simbolizar a purificação dos pecados e o desejo de mudar de vida, era apenas uma preparação pra o batismo de Jesus, feito no Espírito Santo e no fogo.

Não vivemos, portanto, o tempo do batismo de João, para nos contentarmos com o arrempedimento dos pecados. Vivemos o tempo, o tempo do batismo de João, para nos conterntarmos com o arrempedimento dos pecados. Vivemos o tempo do batismo no Espírito e no fogo, que nos torna criaturas novas, com a mentalidade sempre aberta e em transformação para criar relações novas na sociedade. 

É o próprio Espírito Santo de Deus que nos anima e nos permite recordar e continuar hoje as mesmas ações de vida de Jesus. E o fogo do seu batismo é que purifica e transforma, para uma novidade de vida que se traduz em relação renovadas segundo o projeto de Deus.

Enquanto nos transformamos com o fogo do batismo, deixando-nos animar pelo Espírito divino, somos purificados e renovados. Diferente é o fogo para quem escolhe caminhos de injustiça ou de egoísmo, que não dão espaço para o outro; é um fogo que, em vez de renovar, queima e acaba destruindo a vida.

Confiantes em que Jesus é o Mais Forte, continuamos nos preparando para a sua chegada em nossa vidas. Ele vem vindo sempre, em cada relação de vida que criamos, em cada ação de bondade que praticamos. Que seu Espírito continue a nos animar, e seu fogo continue a nos transformar por dentro, a transformar nossa mentalidade, para que o mundo todo se remove. Aí está, enfim, a autêntica alegria cristã dos que reconhecem o Senhor que ama e vem a nós.

Fonte: Pe. Paulo Bazaglia, ssp / O DOMINGO - semanário litúrgico-catequético

(SJRP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário