domingo, 7 de maio de 2023

O poder pelo poder

 O poder é um comportamento dúbio com o lado ofensivo e o lado defensivo

Fala-se muito em poder, preferencialmente nos tempos atuais, e com destaque no campo político. Mas, o que é o poder?

Dizem nossos dicionários que a palavra poder nasceu do latim "podere", que é a capacidade de deliberar de forma arbvittrária, de agir, de mandar e de exercer a autoridade, a soberania, o império. Relaciona-se, também, com a capacidade de se realizar algo ou aquilo se se 'pede" ou que se tem o poder de realizar, calcado na tradição ou na lei.

O conceito de poder tem alicerces profundos na Filosofia política e tem em Hobbes, Arendt e Michel Foucalut grandes pensadores. Hobbes credita na força do poder no cantrato social. Uma eleição é um contrato social. O poder não existe quando todos têm o poder e este é exercido pelo mais forte. A corrupção é o sentido perverso do poder e o oposto ao contrato social.

Hannah Arendt vê o poder como múltiplo (duplo). No caso da Democracia Republicana (Brasil), o poder é trino, visto que três são os poderes intituídos pela política. A violência se instala quando se dá a perda da autoridade do poder, ou um deles. A luta pela prevalência de um sobre outro, ou os outros, tem sido notada na política brasileira e com sérios desgastes para o Estado Democrártico de Direito.

Foucault diz que o poder depende de uma apropriação, seja ela por qual meio for, ou seja, um eleição ou tomada do poder de forma arbitária, inclusive por meio de alegadas fraudes eleitoriais como estamos vendo atualmenbte, o que pode destruir, inclusive, o lado belicoso e seus defensores.

Exercer o poder é uma habilidade de determinado cidadão impor sua vontade sobre os demais, mesmo que com a resitência de alguns ou mesmo de grupos politicamente organizados (partidos). Este poder pod ser social, envolvendo o Estado, o lado econômico, abrangendo o sistema comercial e industrial e o militar, que se mescla com o poder político em muitos casos, mesmo nos sistemas democráticos regulares. Max Weber pensa ser o poder a probalidade de um determinado comando concedido por um meio legal ou ilegal e que deve ser exercido por um grupo determinado. A cumplicidade do poder é defendida por Pierre Bourdieu, de natureza simbólica e muitas vezes invisível, tal como foi, por exemplo, Golbery do Couto e Silva, a personagem parda do governo.

O poder é um comportamento dúbio com o lado ofensivo e o lado defensivo. Quem exerce deve saber equilibrar ambas as forças ou tem seu poder ameaçado e até anulado. A organização é o alicerce desta força que, como nos ensina a história, não é perpétuo e está sempre ameaçado pela constante presença da oposiçaõ. A concentração do poder numa só pessoa é o processo fatal e o tempo corroerá suas bases a ponto de exercitador do poder ser destituído, processado, afastado ou mesmo morto. O poder exige táticas que são verdadeiras ferramentas que, se não bem utilizadas , pode provocar a ruína do prédio do poder. A barganha é uma destas ferramentas. A mecânica de cargos atribuídos aos apaniguados é constante e crescente. O poder tem fome e ela é insaciável e pode até destruir o 'exercitador" deste pretenso poder.


Fonte: Prof. Dr. Antonio Caprio / Historiador político, Tanabi-SP - (Jornal Diário da Região).



Um comentário:

Anônimo disse...

Belíssimo, parabéns! Linda a postagem e sobretudo esse conhecimento maravilhoso. Grata.

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