A inconformidade com algo que parece não ter cura, levou o médico e secretário de saúde do Estado, Fernando Máximo, a não aceitar passivamente o que tem acontecido com as grandes obras públicas no Brasil (e Rondônia está dentro deste contexto): uma demora e atrasos médios de 10 anos. Ele se insurgiu contra essa triste sina que, certamente, atingiria também uma obra vital para Porto Velho e para Rondônia: a construção do novo hospital de urgência e emergência. Obstinado, saiu à batalha, tanto por aqui como em Brasília, convencendo membros do Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, do Ministério da Saúde e de vários organismos oficiais, de que a situação é tão urgente, que só buscando uma nova alternativa, o hospital se tornaria realidade num prazo muito menor. Para acabar com o sofrimento de milhares de pessoas e com a superlotação, cada vez maior, do João Paulo II, o Pronto Socorro que está totalmente superado há mais de 20 anos. Máximo viu na alternativa do Tribunal de Justiça do Estado, a construção do novo prédio que vai ocupar em breve, o meio mais lógico e rápido para que o novo hospital, tão urgente e necessário, funcione logo, com seus 309 leitos. Nada da burocracia infernal que cercam as obras públicas no país, que as paralisam seguidamente, sejam quais forem os motivos, de denúncias de superfaturamento ou desvios ou por falhas no projeto. Hoje, dois terços das obras brasileiras estão com algum tipo de problema; milhares delas paralisadas.
O novo sistema, conhecido em inglês como “Built to Suit”, ou BTS, que numa tradução livre significa “construído para servir”, é utilizado pelo setor imobiliário para identificar contratos de locação a longo prazo, no qual o imóvel é erguido para atender os interesses do locatário, já pré-determinado. Ainda: no regime BTS, a empresa constrói tudo com materiais de primeiríssima qualidade, pois a manutenção predial durante todo o contrato, geralmente em torno de 15 anhos, será de total responsabilidade dela. Caso surjam problemas hidráulicos, elétricos ou estruturais, a empresa construtora pode ser penalizada com multas e restrições de pagamentos de aluguéis. Resumindo a ópera: depois de uma licitação, a empresa vencedora construirá um prédio exatamente dentro do que exigir o futuro locatário (no caso o Hospital de Urgência e Emergência). É o mesmo sistema em que também o Ministério Público Federal ganhou novas sedes em Mato Grosso, Santa Catarina e Santos. O mesmo que Banco do Brasil e Caixa Federal se uniram para construir seu enorme Data Center, em Brasília, num prédio avaliado em mais de 1 bilhão de reais. É o exemplo adotado pelo TJ, que utilizará um prédio novinho em folha, construído na avenida Pinheiro Machado. A dedicação obstinada de Fernando Máximo, um dos secretários estaduais de maior destaque no atual Governo, pode encurtar em oito anos as obras do novo Pronto Socorro. Com enorme economia aos cofres do Estado. Tomara que todos os seus planos deem certo...
OS 60 MILHÕES PARA EQUIPAMENTOS - Depois de conseguir convencer várias autoridades que antes se colocavam reticentes (quando não totalmente) contra a ideia do sistema BTS, o secretário Fernando Máximo foi orientado pelo Tribunal de Contas a realizar, de imediato, um estudo de viabilidade do projeto. Empresa especializada já foi contratada para isso e até 15 de outubro entregará seu relatório. Também já foi acertado com o Tribunal de Contas que, caso o processo BTS seja mesmo utilizado, como não haverá gasto de dinheiro público para construir o hospital, os 50 milhões de reais que o órgão economizou e doou para a futura obra, servirão para a compra de quase todos os equipamentos necessários ao novo pronto socorro. Outros 10 milhões que faltarão para completar a compra, Máximo pretende conseguir através de recursos economizados pela Assembleia Legislativa. Ele conversará sobre isso com o presidente Laerte Gomes. Se tudo der certo, supondo-se que a obra inicie em meados do ano que vem, ela estaria pronta e entregue, no máximo, em meados de 2022. O governador Marcos Rocha, aliás, já deu seu aval para a proposta do sistema TBS para a construção do novo hospital. Máximo, contudo, mesmo que consiga esse enorme avanço, no dia seguinte à inauguração do prédio locado, terá novo desafio: começar imediatamente a obra de um segundo pronto socorro. Só assim se poderá compensar os 20 anos de atraso de Rondônia, nesse contexto da saúde pública.
BOLSONARO INTERMEDIA ACORDO - Jaime Bagatolli, o empresário que perdeu a vaga de senador com apenas um por cento dos votos para Confúcio Moura, continua alijado do governo estadual, junto com sua turma. Ao que parece, o diálogo está extremamente difícil. Mesmo com a intermediação de alguém que tem o poder de resolver todas as crises: o presidente Jair Bolsonaro. Ele recebeu Bagatolli no Planalto, recentemente, para uma audiência de 15 minutos. Para se ter ideia a importância que Bolsonaro deu ao encontro, a conversa acabou durando nada menos do que cerca de 40 minutos. O Presidente ouviu atentamente as ponderações e queixas do empresário e ficou de conversar com o governador Marcos Rocha sobre o assunto. Desde antes da posse, Marcos Rocha e Bagatolli, companheiros no PSL de primeira hora, se afastaram de forma bastante séria. Houve uma tentativa de reconciliação, quando ambos apareceram abraçados nas redes sociais, mas o reatamento das relações não aconteceu. Tanto Bagatolli como seu suplente, João Cipriano, ao menos até agora, estão rompidos com o Palácio Rio Madeira/CPA. O Coronel Chrisóstomo, único deputado federal eleito pelo partido, ficou ao lado de Bagatolli. Bolsonaro agora está com a missão de pacificar o PSL rondoniense. Conseguirá?
RIO SECO E A PONTE DECORATIVA - A situação na travessia do rio Madeira, na Ponta do Abunã, se torna cada vez mais difícil, nesses tempos de seca. A balsa tem grande dificuldade de transportar centenas de caminhões pesados, que fazem a travessia para o Acre e para Rondônia, transportando suas mercadorias. Como o rio está muito baixo, a balsa carrega apenas poucos caminhões, veículos e pessoas por vez. Há espera de três, quatro, cinco horas, quando não mais tempo ainda. Muitos motoristas se irritaram essa semana e até ameaçaram “invadir” a ponte construída sobre o rio Madeira, que está pronta, mas que não tem acesso o lado de cá do rio. A ponte, aliás, já deveria estar pronta. Hoje é apenas decorativa. Como o projeto original foi modificado, faltou dinheiro para construir o acesso e agora já não há certeza de quando ela será, finalmente, aberta ao tráfego. Ou seja, será mais um verão de sofrimento para milhares de motoristas. Quem sabe no ano que vem a ponte seja, enfim, entregue ao tráfego?
GOVERNADOR NO CONE SUL - O governador Marcos Rocha cumpriu extensa agenda, nesse final de semana, no extremo sul do Estado. Lá mesmo, em cidades como Pimenta Bueno e Vilhena, acompanhado da primeira dama, Luana Rocha e de vários secretários, o Governador distribuiu máquinas, equipamentos, calcário e ainda oficializou a posse da terra a dezenas de famílias, através da assinatura de decretos de regularização fundiária. Ao lado de dona Luana, secretária de Ação Social, Marcos Rocha também visitou instituições que mantém pessoas idosas e com deficiência. O casal, aliás, se emocionou muito ao ser recebido na APAE, onde os alunos fizeram uma apresentação especial para eles. Em todos os contatos, o Governador sentiu que tem prestígio. Sempre foi muito bem recebido, aplaudido, abraçado e homenageado. Entrando no nono mês de governo, Rocha tem realizações a apresentar e também grandes projetos, como os que fazem parte do Plano Estratégico de 2019 a 2023.
MENTIRAS REPETIDAS TORNAM-SE VERDADES? - Não é verdade que a mentira tem pernas curtas. A esquerda impôs governos de mentira, que nunca deram certo em lugar nenhum (veja-se, apenas como um entre tantos exemplos, o caso de Cuba, onde 92 por cento da população vive abaixo da linha da pobreza!) e se profissionalizou em repetir tantas vezes uma mentira, até que ela se torne verdade. Organizada, sempre de olho no poder e no dinheiro (porque o socialismo e a pobreza é só para quem não é da “Nomenklatura”), ela já destruiu democracias, arruinou povos, sangrou nações. Mais de um século depois, continua usando as mesmas táticas. Mente em praticamente tudo, sabe contornar as adversidades e é especialista em ofender, atacar, maldizer os que não pensam como os que dela fazem sua missão de vida. A esquerda, como forma de governo, é uma velha esquálida e perto da putrefação, mas ainda vive e viverá muito. No Brasil, mente sobre tudo, só mão consegue mais esconder sua verdadeira e única missão: tirar da cadeia um grande mentiroso e o maior chefe de quadrilha de assalto a cofres públicos da nossa História. Essa é a meta. O resto é tudo conversa pra boi dormir!
NOSSAS LEIS: PRÊMIOS AOS PSICOPATAS - Ele assassinou friamente a esposa. Jogou fogo e queimou, numa morte terrível, dolorosa, cruel. Foi condenado a 21 anos (apenas) e daqui a quatro, com bom comportamento, estará apto para voltar às ruas. Isso mesmo: o protótipo do criminoso que em qualquer país sério apodreceria na cadeia, no Brasil recebe benesses. O casal matou a menininha indefesa, uma linda criança, jogando-a de uma janela. Em breve, os dois estarão livres. Já andam saindo da cadeia, eventualmente, para se encontrar e namorar. Afinal, quem se preocupa em punição à altura pela morte de uma criança? A jovem que organizou e participou do assassinato dos próprios pais tem uma vida quase social. Para gozar com a cara dos brasileiros que se indignam com essas coisas, ela é libertada no Dia das Mães, para “comemorar” a data. Em Porto Velho, neste final de semana, um covarde matou a irmã com um tiro na cabeça, por motivos fúteis e ainda foi às redes sociais escrever que a amava e que Deus teria um bom lugar para ela. Não é inacreditável? Se um dia condenado, também voltará às ruas em breve. Não é insuportável ver tanta injustiça cometida contra as vítimas e nenhuma verdadeira Justiça imposta a esses psicopatas cruéis? Até quando a sociedade brasileira vai aceitar essas leis vagabundas, de proteção a criminosos?
PERGUNTINHA - Na sua opinião, quem está certo: o presidente Bolsonaro, que vetou metade dos artigos da nova Lei de Abuso do Poder, atendendo ao Judiciário e ao Ministério Público ou a OAB e outras entidades, que exigem que a lei seja aprovada na íntegra?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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