Os que vivem no mundo desejam ter tranqüilidade.
No entanto, algumas pessoas que convivem conosco são portadoras de grande segurança íntima.
Recebem impactos dolorosos sem desespero. Enfrentam obstáculos grandiosos sem alterar o humor.
De certa forma, as invejamos. Prezaríamos ser como elas.
E podemos. Existem pequenas regras que, se observadas, nos auxiliarão a construir essa segurança íntima, tão almejada.
1ª comecemos a edificação da paz em nós, observando que todos precisamos pensar por nós mesmos, embora as influências das idéias alheias;
2ª aceitemo-nos como parcelas da imensa família humana, verificando que os nossos percalços não são maiores que os dos outros;
3ª compreendamos que, por sermos espíritos imperfeitos, no atual estágio, não estamos isentos de cometer determinados erros. erros que nos devem convidar a parar e reexaminar questões;
4ª aprendamos que a estrada dos nossos entes queridos pode ser muito diferente da nossa. não desejemos para eles o que a vida não lhes oferece;
5ª saibamos zelar pela condução da nossa vida, sem interferir na do próximo, desde que cada viajor no carro da existência tem seu próprio roteiro;
6ª auxiliemos os familiares nos contratempos que lhes surjam, assim como desejamos ser amparados, na nossa marcha;
7ª afastemo-nos dos julgamentos precipitados e das condenações indevidas;
8ª compreendamos que cada criatura é um ser individual com seus anseios, compromissos, conquistas, virtudes e paixões, e abstenhamo-nos de impor condições ou exigir que tenham conosco esta ou aquela postura.
9ª reflitamos que nos compete proteger o corpo que nos diz respeito.
Desta forma, não provoquemos desastres que nos ameacem ou ameacem os outros.
Respeitemos em cada ser vivo uma obra da criação.
Optemos pela simplicidade no cotidiano.
Estejamos atentos às pequenas coisas, pois, em síntese, são elas que promovem a nossa felicidade hoje, e no futuro.
Construamos o nosso refúgio de serenidade, permitindo-nos usufruir das experiências sem abalos que nos façam sucumbir à tristeza, desânimo ou desespero.
***
A serenidade não é uma aquisição espiritual que se possa conseguir num toque de mágica.
É fruto do trabalho duro e áspero da paciência em ação.
E ninguém possui a serenidade que não construiu.
Eis porque é necessária a vigilância em nós mesmos.
Fonte: Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Calma, cap. Segurança íntima.
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