É público e de conhecimento que as policiais (estadual e federal) estão sempre bisbilhotando a vida de pessoas que consideram suspeitas. Imagina o senhor que seja através de escutas autorizadas previamente pela justiça. Eliane Catanhede escreveu na FOLHA que "todos os países (que podem, claro) espionam todos os países (que interessam, claro). A única coisa que não poder(ria) é ser flagrado bisbilhotando e espionando encenando indignação e os espiões fingindo enorme constrangimento".
Com isso fica claro que os EUAQ (que podem e mostram que podem), espionam o mundo inteiro. Carlos Heitor Cony já publicou livro relatando e mostrando uma gravação de então candidato ao governo JK com um general que estava internado em um hospital. Isso em 1965!!! Se a época eles já faziam isso quando a tecnologia era pifa, imagina-se no mundo atual onde as pessoas expõem até o que comem pelas redes sociais?
Em Rondônia, como em qualquer outro estado do Brasil, deve ocorrer o mesmo, com o monitoramento das polícias sobre vários cidadãos de qualquer suspeita. O que não se consegue entender é que esses nobres cidadãos ainda continuam a ser pegos "com a boca na botija" ou com a "mão ana cumbuca" em grampos telefônicos.
Mesmo após várias operações policiais políticos, autoridades, e pessoas influentes e ligadas a eles, são monitorados diuturnamente. Mas pelo visto acreditamos tanto na impunidade, em que se livrarão de um processo rapidamente através de bons e carros advogados, que se descuidam e acabam falando coisas que não deveriam falar nem para o espelho, e acabam sendo grampeados.
Para a população isso é ótimo. Até porque é desta forma que a polícia - e aqui cabe uma salva de palmas para a Polícia Civil de Rondônia - consegue reunir provas e elementos que o incriminem. Mas por via das dúvidas deixa-se um recado ao cidadão comum, que paga e honra seus compromissos, que tome cuidado. A próxima vítima pode ser você. Pois pior do que as pessoas que não fazem nada e ficam à espreita nas janelas cuidando a vida alheia, é uma foto comprometedora de um abraço ou de um envelope sendo passado de mão em mão e até um diálogo comprometedor ao telefone.
Fonte: Editorial - Jornal da Amazônia
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