Segunda - feira (22) marca o início de uma semana muito importante para todos os católicos do país, sobretudo os jovens. O papa Francisco vem ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude.
Mas que país o pontífice vai encontrar? Como está a Igreja Católica no Brasil? Quais os desafios para o líder católico, que se mostra cada vez mais interessado em ampliar o contato com os pobres?
A visita do papa Francisco ao Brasil, que começa nesta segunda-feira, 22, e vai até o próximo domingo, será uma grande celebração entre católicos praticantes e poderá levar de volta à religião majoritária do País alguns fiéis que estavam afastados, mas não conseguirá, por si só,alterar a perda de espaço da igreja registrada nos últimos trinta naos.
Para tentar frear a queda na proporção de católicos, a igreja terá que aumentar a presença na periferia e dar uma demonstração clara de tolerância e abertura à pluralidade. A avaliação é do cientista político Cesar Romero Jacob, professor da PUC-Rio que lançou, com sua equipe, o estudo Religião e território no Brasil, com base nos dados do Censo 2010.
Para o pesquisador, também os evangélicos pentecostais têm o desafio de encontrar um novo caminho para ganhar fiéis, já que o ritmo de crescimento reduziu na última década, enquanto houve aumento significativo dos "evangélicos não determinados", aqueles que frequentam igrejas menores ou transitam de uma para outra.
Embora a religião católica seja majoritária no País, com 65,6% da população, os mapas elaborados pelo pesquisador cruzando religião com renda e escolaridade mostram a crescente presença de evangélicos e, mais recentemente, dos sem-religião na periferias das grandes cidades, onde estão os mais pobres e com menos estudos. "Isso se repete em várias capitais, em todas as regiões. Se não houver um movimento da igreja católica rumo à periferia, (a quedano número de fiéis) não se resolve", diz o professor. "O Brasil transitou da hegemonia para a maioria católica e está transitando para o pluralismo religioso, mas a hegemonia cristã ainda continua".
Os evangélicos são 22,1% da população, sendo 4% demissão (tradicionais), 13,3% pentecostais e 4,8% de igrejas não determinadas. As multidões que se reúnem na Parada Gay, na Marcha para Jesus (evangélica) e agora na Jornada Mundial da Juventude (católica) são, para Cesar Romero, a evidência desse momento de pluralidade.
Para o professor, terão futuro as igrejas que se mostrarem mais tolerantes. "Quem conseguir lidar com a pluralidade tem mais chance de se firmar do que os intolerantes.
Fonte: Nossa Opinião - Jornal O Estadão do Norte
Um comentário:
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