O MAIOR PARTIDO POLÍTICO DO PAÍS
EM DEFESA DOS PRÓPRIOS INTERESSES
O PMDB mostrou sua força ao governo Dilma Rousseff. Não para defender algum interesse prioritário para o país ou para exigir que o governo não corte bilhões de reais em setores vitais, como a saúde, a educação, a segurança pública, como anunciou. Muito menos para exigir mudanças drásticas na legislação, produzida por acordo de lideranças e apoiada integralmente pelo Planalto, para proteger criminosos e colocar a população brasileira como refém da extrema violência. Pois o PMDB, com todo o seu poderio, até pode fazer paralisar o governo, se quiser. Mas, lamentavelmente, não o fez para exigir que a produção brasileira não tenha tantos impostos, tornando nossos bens de consumo entre os mais caros do mundo, para que a estrutura governamental, que sofre de obesidade mórbida, possa criar mais cargos e abrigar mais apaniguados. Muito menos o fez, o maior partido político brasileiro, para protestar contra o abandono da malha viária do país, com rodovias destruídas, com mortes sem fim todos os dias, por falta de cuidados e investimentos.
Nada disso sensibilizou o PMDB, que vem apoiando todos os governos, elegendo cada vez mais representantes e se fortalecendo como o fiel da balança na política nacional. Se quisesse, o PMDB poderia mudar esse país para muito melhor. Mas essa não é sua meta prioritária. O PMDB se rebelou contra Dilma e seu governo por cargos, para dizer que se não ocupar mais espaço – ou seja, mandar em ministérios e estatais, onde está o dinheiro dos grandes investimentos – vai para a oposição. O PMDB mostrou sua grande força. Não pelo Brasil, mas por si mesmo. O PMDB não é o PMDB de Ulysses Guimarães, de Pedro Simon, de Paulo Brossard. O PMDB é o partido da negociação em benefício próprio. É no que se transformou, com tanto fisiologismo e tão pouca ligação com sua história de lutas. É grande para si mesmo, mas não para o Brasil.
CHEGA DE PAPO
A tragédia desta semana, na BR 364, que matou quase uma dezena de pessoas, foi apenas mais uma gota de sangue no copo que está transbordando. Enquanto isso o Dnit nacional diz que vai mandar um técnico para analisar a situação. Analisar o que? Já não bastam as dezenas de vidas perdidas nos últimos meses para que sejam tomadas medidas em caráter urgentíssimo, na rodovia assassina de Rondônia? Está mais que na hora de deixar o discurso e a burocracia de lado e pôr mãos à obra, Literalmente,
FERVILHANDO
Nos bastidores, a política fervilha, mesmo ainda longe das campanhas serem lançadas. A disputa pela Prefeitura de Porto Velho será acirrada. Nos grandes partidos, como PMDB e PT, a disputa ainda é interna, mas logo sairá às ruas. Miguel de Souza, Lindomar Garçon e Mauro Nazif já estão confirmadíssimos para entrar em campo. Os outros nomes só serão conhecidos lá por meados de abril. Em junho, a campanha entra com tudo. A população, por enquanto, ainda não participa de nada.
ALIANÇA
A pré-candidatura de Miguel de Souza, pelo PR, em Porto Velho, pode dar uma importante crescida com a aliança que estaria se formando em torno dele. A coalizão pode ter os tucanos e o PSD. Há conversas com o PV, mas daí o buraco é mais embaixo. Os verdes querem lançar Lindomar Garçon, que pode ter apoio até do Palácio Presidente Vargas. As costuras andam avançando. Em poucas semanas, começam a ser oficializadas as candidaturas.
ESPERANDO A PESQUISA
O PMDB garante: terá sim nome próprio na Capital. O presidente municipal Dirceu Fernandes disse que há pelo menos uma dezena de bons quadros, todos, segundo ele, com chances. A verdade é que o PMDB encomendou uma ampla pesquisa, para saber qual dos seus pretendentes têm chances reais. A turma de Valdir Raupp, poderosa, vai apostar em David Chiquilito. A ampla maioria – inclusive o próprio Fernandes – prefere Abelardo Castro Neto. O governador Confúcio Moura ainda não se pronunciou sobre o assunto.
NAZIF E HERMÍNIO
O deputado Mauro Nazif, um dos nomes fortes na futura disputa pela sucessão de Roberto Sobrinho, continua preparando-se para, quando chegar a hora, oficializar sua pré-candidatura. Mauro tem conversado com várias lideranças, mas muito mais com o presidente da Assembleia, José Hermínio Coelho.
OUTRA OPÇÃO
O próprio Hermínio, se quisesse, seria candidato pelo PSD. Mas como a tendência de que não deverá concorrer, pois permanecerá na presidência da ALE, seu partido pode se aliar não a Mauro, mas a Miguel de Souza. O presidente regional do PSD, Moreira Mendes, só lançaria um nome próprio se fosse Hermínio. O deputado é quem tem a decisão nas mãos. Se quiser, é ele o nome do PSD.
COM A BARRIGA
Mais uma vitória das ONGs internacionais e dos estrangeiros: a votação da novo Código Florestal foi transferida de novo. A tática de empurrar com a barriga um assunto vital para a vida dos brasileiros é a forma que muitos estrangeiros e seus parceiros dentro do país, encontraram para impor seus interesses. Tomara que o Congresso e nem o governo se curvem ante tanta pressão dos que querem tomar conta da Amazônia, depois de terem destruído quase tudo, em termos ambientais, em seus países de origem.
PERGUNTINHA
Quantas novas vítimas a BR 364 e as ruas perigosíssimas de Porto Velho vão fazer, neste final de semana?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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