Governo trabalha para conter avanço de crise econômica
Acreditei que não passaríamos por uma situação tão drástica como a que assola o país nesse momento. Tudo o que escutamos é: o nome coronavírus, o novo coronavírus...Assistir ao telejornal se tornou enjoativo.
A economia está tão fraca, que apenas escutamos leves batimentos. O governo está em briga interna e a população apenas se pergunta como será o dia seguinte. Para alguns pode não parecer nada, mas a economia está afetada em um nível que ainda não é possível mensurar.
Para uma parte da população será mais fácil manter-se, mas a população carente está se perguntando o que fará para colocar o pão na mesa daqui pra frente na eminente recessão que o país irá enfrentar.
Com essa situação as dívidas são uma consequência que não é descartada.
Em razão disso, os bancos brasileiros anunciaram no dia 16 que estão abertos a prorrogar por até 60 dias os pagamentos de pessoas físicas, micro e pequenas empresas que estão com pagamento de empréstimos em dia.
Sim, a medida vale apenas no caso de empréstimos pagos em dia. Afinal, antes da doença as pessoas seguiam com suas vidas normalmente e isso valia para as dívidas também.
O intuito de tal medida é combater o efeito dominó que a pandemia está causando na economia. Muitos especialistas já comparam a situação a crise de 2008.
Segundo a consultoria Arko Advice, a iniciativa conjunta é do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander que afirmam estarem “abertos e comprometidos em atender pedidos de prorrogação, por 60 dias dos pagamentos de dívidas”.
A decisão facilita a renegociação de operações de créditos de empresas e de famílias que possuem boa capacidade financeira e mantêm operações regulares e adimplentes ativas, permitindo ajustes de seus fluxos de caixa.
Eu sei, mais uma vez vemos a facilidade voltada apenas para uma parte da população. Mas é um ponto para salvar parte da economia, se todos passarem por problemas financeiros o país irá literalmente “quebrar”.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está estudando medidas para conter os efeitos do vírus na economia e emitiu a seguinte nota:
A Federação Brasileira de Bancos – Febraban – e seus bancos associados, sensíveis ao momento de preocupação dos brasileiros com a doença provocada pelo novo coronavírus, vêm discutindo propostas para amenizar os efeitos negativos dessa pandemia no emprego e na renda. Entendem que se trata de um choque profundo, mas de natureza essencialmente transitória.
Os bancos estão engajados em continuar colaborando com o País com medidas de estímulo à economia. Nesse sentido, os cinco maiores bancos associados, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander estão abertos e comprometidos em atender pedidos de prorrogação, por 60 dias, dos vencimentos de dívidas de clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas para os contratos vigentes em dia e limitados aos valores já utilizados.
A rede bancária e os seus canais de atendimento ficarão à disposição do público e prontos para apoiar todos os que estejam enfrentando dificuldades momentâneas em função do atual contexto.
FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos
Diretoria de Comunicação.
Além disso, ainda no dia 16 de março, o governo anunciou que seria injetado 147 bilhões de reais na economia nos próximos três meses para tentar conter o avanço de uma recessão.
O ministro Paulo Guedes (caro leitor, sua opinião política não vem ao caso aqui), chama a medida de plano emergencial, que tem como foco os idosos e desempregados, que são considerados faixa de risco. Do total disponibilizado, 84 milhões serão destinados aos idosos e o restante para manutenção de empregos.
Na semana anterior já havia sido anunciado que a primeira parcela do 13º dos aposentados e pensionistas seria adiantada para abril.
Ainda são previstos ainda a liberação de 12,8 bilhões de reais referentes ao abono salarial, que terá as parcelas adiantadas para junho, e o reforço ao programa Bolsa Família.
Para as empresas, a União irá adiar o recolhimento do imposto do Simples Nacional, pelo período de três meses, o que vai corresponder a uma renúncia temporária de R$ 22,2 bilhões. A medida vai beneficiar aproximadamente 4,9 milhões de empresas, que são optantes do regime tributário, e o pagamento dos impostos será adiado para o segundo semestre deste ano.
Ademais, haverá a liberação de R$ 5 bilhões pelo Programa de Geração de Renda (Proger), mantido com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A quantia será repassada aos bancos públicos para que eles concedam empréstimos voltados a capital de giro das micro e pequenas empresas.
Ontem, 19 de março em coletiva de imprensa o ministro Paulo Guedes anunciou auxílio mensal de R$ 200,00 (duzentos reais) para autônomos. A medida busca garantir renda àqueles trabalhadores que não têm rendimentos fixos e, em geral, também não contribuem para a previdência.
Infelizmente nessa coletiva de imprensa também foi falado que os empresários poderão reduzir a jornada e os salários podem ser reduzidos em até 50%. Afetando diretamente a vida do cidadão brasileiro com carteira assinada.
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A economia no país já estava em situação precária, ok para maioria da população poderia até não parecer isso. Entretanto, nós que vivenciamos a classe c e d no país sabemos a realidade.
Por isso, o recomendado é não se desesperar. Sei que isso não é fácil, visto que grande parte das famílias brasileiras estão sofrendo com desemprego e falta de dinheiro. Mas quem puder contenha gastos supérfluos, é o momento de manter a economia voltada para gastos básicos para que as pequenas e médias empresas não fechem as portas.
Ps: Não adianta pensar em medidas jurídicas se a economia não existir.
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⚠️ Se você está preocupado com seu trabalho ou se é empresário e não sabe como ficará a situação trabalhista dos empregados, recomendo a leitura desse artigo de autoria do TST: Especial coronavírus: como ficam as relação de trabalho?
Referências
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