De acordo com Pimentel o objetivo do estudo foi o de apresentar as vantagens da implementação da inovação aberta com a aplicação do framework para as pequenas e médias indústrias locais. “A metodologia aplicada foi a de pesquisa bibliográfica realizada mediante levantamento bibliográfico entre 2012 e 2023, utilizando como base de dados: Scielo - Scientific Library Online, Google Scholar e entrevistas com empresários e industrias ao longo de seis meses”, explicou.
O pesquisador afirmou ainda que com a aplicação de framework nas indústrias de Porto Velho, vai agilizar o processo produtivo, o 2 monitoramento de equipamentos, assim como prever e identificar problemas no processo, reduzir o excesso de produção e possibilitar uma produção sem desperdícios. Será possível projetar e prevenir problemas futuros dentro das obras ou equipamentos aumentando a eficiência dos recursos utilizados, o que contribuirá para a redução de custos e tempo da indústria.
Pimentel defende que a aplicação das ferramentas de inovação aberta, será possível estruturar um banco de dados mais assertivos, graças ao trabalho colaborativo entre as indústrias para solucionar seus gargalos em comum, facilitando assim o Macth entre indústria, academia e governo, é o pilar para a existência do real ecossistema de inovação.
No ponto de vista do pesquisador “trabalhando há mais de 12 anos com ciência, tecnologia, e inovação CT&I, ficou claro o desencontro e a falta de sinergia entre empresa, indústria, academia, governo e afins. Acompanhei três Institutos de Ciências e Tecnologias pesquisando sobre o tema, sendo estes dois da mesma instituição, porém de municípios diferentes. O que mais se ouve falar é a existência de recursos a serem captados, porém, o grande gargalo é a inexistência de bons projetos, no entanto, discordo, pois existem fundos com recursos a perder de vista, grande parte deles até não reembolsáveis, porém apenas a academia detém este conhecimento e alguns poucos especialistas em captação de recurso. Existem excelentes projetos, e em nossa região uma gama dos maiores projetistas do Mundo”, argumentou.
Para ele, estes não conhecem as dores e os gargalos das indústrias, que não as expõem abertamente, pois não há legislações que lhe forneçam segurança que outros não se aproveitem dessa informação de sua fragilidade.
No artigo, o pesquisador destacou que a solução é algo que na teoria parece simples, mas é compreensível a complexidade, pois é algo que terá que ser trabalhado de forma cultural, com todos os meios possíveis de conscientização e divulgação das informações, como e onde estão os recursos, como aplicar pesquisa e desenvolvimento utilizando os descontos tributários e o ponto talvez mais complexo será trabalhar de forma colaborativa, unir as cadeias produtivas por segmentos, e colocar todos os empresários/industriais e de forma segura e sigilosa para que apresentem em conjunto, em grupos de trabalho ou apenas falas 3 abertas, seus maiores gargalos em comum, com algum meio de proteção de confidencialidade.
A professora Roxane Dias, mestre em Planejamento e Desenvolvimento Regional, ressaltou que em um cenário dinâmico e desafiador, a pesquisa desempenha um papel crucial na promoção da inovação e no impulsionamento do desenvolvimento regional. “O estudo realizado pelo pesquisador Jose Afonso constitui uma ferramenta estratégica que proporciona insights valiosos, ao direcionar recursos para iniciativas inovadoras podemos catalisar mudanças significativas, estimulando setores-chave da economia local. Ao enfatizar a importância da pesquisa voltada para a open innovation estamos pavimentando o caminho para comunidades mais resilientes, sustentáveis e preparadas para os desafios do futuro”, ressaltou.
Publicação
A princípio, o artigo tratava apenas de um resumo teórico, porém sendo uma pesquisa aplicada em campo, com dados não encontrados em nenhuma literatura, se tornando inédito a forma abordada, foi solicitado ao pesquisador que transformasse o trabalho em artigo cientifico.
Selecionado para constar nos Anais da Jornada Acadêmica 2023 e se tratando de um tema ainda pouco abordado por conta de sua complexidade e ineditismo nas soluções foi também recomendado para a revista Estado Abierto, de periodicidade trimestral, publicada na Argentina (nos meses de dezembro-março, abril-julho e agosto-novembro), e de distribuição gratuita, que visa promover a produção científica e acadêmica nas seguintes áreas temáticas: problemas do Estado, administração pública, políticas públicas, relação entre teoria e gestão, modernização e desenvolvimento das capacidades estatais, emprego público, burocracias estatais, alta gestão pública, tecnologias de gestão, desenvolvimento local, entre outros.
Fonte: José Afonso Costa Pimentel / Assessoria de Comunicação FIERO-RO
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