DECISÃO
Diferente do que avaliam por aí, a pré-candidatura a prefeito da capital de Léo Moraes, atualmente Diretor Geral do Detran, não está condicionada a qualquer aval do governador Marcos Rocha, embora o apoio seria bem recebido pelo ex-deputado federal. Léo está decidido a pedir demissão do Detran no próximo dia cinco de junho, data fatal para ocupantes de cargos em autarquias. É uma decisão que vem amadurecendo uma vez que nas sondagens informais sobre as probabilidades de sucesso se mostram cada vez alvissareiras, depois da desistência do deputado federal Fernando Máximo.
IMPREVISIBILIDADE
O ingresso de Léo Moraes na disputa pela prefeitura da capital mexe com todos os cálculos que vinham sendo feitos pelos partidos, especialmente os menores. Provoca também impacto entre os entusiastas da pré-candidatura de Mariana Carvalho que terão de rever as estratégias porque achavam que a eleição já estava no papo e pousavam nas cercanias da prefeitura com ar vitorioso. Como não existe eleição ganha antes da apuração, neste primeiro momento a entrada de Léo põe água quente no chopp frio dos partidários da filha de Aparício de Carvalho. A disputa começa a se desenhar acirradíssima e imprevisível.
GABOLAS
O grupo em torno do prefeito Hildon Chaves (PSDB), que anda cantando vitória antecipada de Mariana Carvalho, comete o mesmo erro de anos atrás quando Mauro Nazif e Léo Moraes não contavam com o imponderável e foram surpreendidos com a eleição do próprio Chaves. É coisa de amador acreditar que basta o apoio de um prefeito bem avaliado para que o ungido seja obrigatoriamente o vencedor. É verdade que tal apoio ajuda, mas não significa vitória por antecipação sem que as urnas expressem a vontade soberana do eleitor. Voto e ouro, segundo o adágio, somente após apuração. Mariana é uma candidata forte e viável, mas não é imbatível como exaltam os bufões em seu entorno.
MÚSCULOS
Quem também vem ao pleito bem escoltado é o professor Vinícius Miguel (PSB), principalmente com músculos anabolizados na hipótese de confirmação da união entre os partidos de centro-esquerda. Na última eleição municipal ficou fora do segundo turno por um pouco mais de 1% dos votos válidos. Na época, caso estivesse coligado com o PT, teria passado para o segundo turno contra Hildon Chaves. Pelo que a coluna tem apurado a tendência nestas eleições são os petistas retirarem a pré-candidatura de Fátima Cleide e coligarem com Vinícius.
PERFIL
Quem analisa pesquisa com o mínimo de isenção não erra em concluir que os apoios anunciados pelo ex-senador Ivo Cassol (PP) e pelo senador Jaime Bagatolli (PL) ao pré-candidato a prefeito da capital pelo PP, Valdir Vargas, não são tão substanciosos quanto veicularam na imprensa e redes sociais. Tal assertiva está fundada em duas premissas: primeiro ligada aos números de rejeição do eleitor da capital aos dois proeminentes do PP e PL e, segundo, também importante, é o próprio pré-candidato que aparentemente não possui um perfil com as características de alcaide incutidas no inconsciente coletivo exigido pelo eleitor.
PERORAÇÃO
O evento no PP que indicou Valdir Vargas a pré-candidato na capital não revelou nada de novo na política senão o retorno de Cassol ao cenário, sem o mesmo brilho e bajulação do mundo da política quanto no passado. Os parlamentares que compareceram o fazem em qualquer evento em que juntem pessoas para ouvir as mesmas perorações extremadas que repete por onde passa e consegue público.
FERA
Rafael Fera (PSD), pré-candidato a prefeito em Ariquemes, dependerá de uma decisão favorável no Tribunal de Justiça e reverter uma polêmica cassação na Câmara dos Vereadores para se garantir na disputa eleitoral. Não é uma tarefa fácil por razão comportamental do ex-edil, que termina contaminando o processo. Polemista por oportunismo e agressivo por natureza, Fera é um candidato difícil de ser domado pelos adversários caso seja liberado judicialmente para registrar candidatura. A família Redano fará o impossível para evitar que esta fera seja reabilitada, embora o “bicho” esteja em plena campanha.
JIPA
Depois de dois afastamentos judiciais das funções de prefeito de Ji-Paraná, com retornos consecutivos, o prefeito Isaú Fonseca é candidato à reeleição mesmo sob investigações de supostos malfeitos. Encalacrado nas denúncias é ainda um candidato com fôlego para um segundo mandato. Seja Ji-Paraná, seja Candeias do Jamari, seja Guajará-Mirim, os últimos prefeitos têm feito mais desgoverno do que governar. Há uma percepção nos órgãos de controle que visa conter o ímpeto desta turma, mas é um trabalho diário uma vez que esta turma não brinca em ‘serviço’.
RURALISMO
Invariavelmente todo o mundo político estadual comparece na maior festa agropecuária da região Norte, em Ji-Paraná. A Rondônia Rural Show é uma das maiores feiras do agro que cruzou as fronteiras nacionais e internacionais. Criada durante o governo de Confúcio Moura é um negócio que transcendeu as estruturas governamentais pelo engajamento do setor privado. Uma oportunidade para os políticos oportunistas faturarem em seus shows particulares.
RESERVAS
As operações policiais devem voltar às reservas indígenas para conter a fúria predadora de madeireiros, garimpeiros e pecuaristas que insistem em invadir áreas de preservação sob a cumplicidade de vários setores rondonienses.
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