DEVASTAÇÃO - Esta coluna já havia alertado que o setor agrícola, pecuário e madeireiro, de Rondônia, acabaria sofrendo boicote em seus produtos no mercado europeu caso não adotasse medidas de contenção à devastação ambiental. Lembro que na época um pecuarista abordou este cabeça chata para criticar o alerta dado na coluna. O boicote aos produtos oriundos da Amazônia é uma realidade e a tendência é que seja estendido por outros continentes.
COMMODITIES - Embora os preços das commodities sejam fixados pelas leis da oferta e da demanda no mercado internacional, há uma produção que a compõe em larga escala. As carnes argentina, uruguaia, australiana, americana e escocesa são também competitivas e tentam ocupar espaço comercial que os produtos brasileiros alcançaram.
NEGACIONISTAS - Porém, o uso indevido do solo amazônico com aumento do desmatamento para a exploração desses produtos fará com que os mercados consumidores busquem outras alternativas para forçar o Brasil a respeitar os tratados internacionais sobre as questões climáticas e preservação do Meio Ambiente. Não adiantará em nada nossos produtores ficarem revoltados porque vão ser compelidos a se enquadrar para voltarem a competir no mercado internacional. O eco dos gritos que escutamos é da defesa ambiental e não do histerismo negacionista do nosso agronegócio.
GARIMPAGEM - A exploração aurífera no leito do Rio Madeira conseguiu deixar um enorme prejuízo ambiental para as futuras gerações, apesar dos especialistas na área alertarem para os danos ambientais, sociais e econômicos que o setor provoca, parte de nossas autoridades, por pura demagogia, estimulam os garimpeiros a continuarem explorando a atividade.
POLÍTICAS - Os registros majoritários desta atividade de garimpagem ilegal são devastadores para a sociedade, além do prejuízo com a sonegação que o setor costuma operar, a violência se instala. Nos últimos três anos, são crimes perpetrados com mais intensidade em razão do desmonte das políticas afirmativas que compatibilizavam o desenvolvimento com a preservação e por revogação de leis voltadas a normatizar o setor com racionalidade e tecnologia.
VACILO - O governador Marcos Rocha demorou para exonerar um auxiliar de farda por denúncia supostamente de assédio sexual. São crimes que exigem soluções rápidas e precisas para a proteção da vítima, especialmente quando o suposto autor ocupa cargo de tamanha relevância e que comanda aqueles com a missão constitucional de manter a paz e o cumprimento da lei. Uma demora vacilante, mas antes tarde do que nunca.
PAVÃO - Como a coluna havia antecipado há duas semanas, o senador Marcos Rogério assumiu a direção regional do PL defenestrando do posto o ex-deputado federal Luiz Cláudio. Após a rasteira, o ex-deputado deixa o PL e vai aguardar passar as festas do final do ano para definir o caminho a seguir. À coluna Luiz Cláudio avisou que Marcos Rogério está fora dos seus planos para governador e que a postura arrogante do senador é hoje seu maior adversário.
REFLEXO - Apesar de Rondônia ser um estado agrícola e com uma predominância política mais conservadora e que votou maciçamente na última eleição nacional em Bolsonaro, as primeiras pesquisas de final de ano que a coluna conseguiu acesso indicam que os ventos começam a mudar com Lula ganhando terreno. Bolsonaro ainda é bem avaliado em Rondônia, mas não é mais a quase unanimidade das eleições de 2018. Pode ser reflexo da realidade nacional e, a continuar o vento soprando em favor do petista, o reflexo na eleição estadual é bem possível que levante a poeira e embace os candidatos a governador partidários do presidente. Os Marcos que se cuidem...
CAMPANHA - Faltando menos de um ano para o primeiro turno das eleições, o governador Marcos Rocha tem anunciado a construção de unidades de saúde na capital e interior como forma de dar visibilidade a sua candidatura à reeleição. São obras fundamentais para a população. O maior desafio é concluir parte destas obras e colocá-las à disposição do cidadão antes do segundo turno, senão será um tiro no pé. Obras inacabadas são ótimos cabos-eleitorais para a oposição. Em Guajará, por exemplo, há um hospital construído e que não está funcionando conforme projetado.
SEM-VERGONHICE - Os membros da bancada federal que votaram favoráveis à destinação de 5,7 bilhões dos recursos públicos para serem torrados nas próprias campanhas eleitorais deveriam ser rejeitados nas urnas. É uma ignomínia a aprovação de um fundão bilionário enquanto brasileiros estão passando fome. Marcos Rogério (PL), Mariana Carvalho (PSDB), Jaqueline Cassol (PP) e a senadora sem votos Maria Eliza (MDB) deveriam ser banidos nas urnas pelo eleitor. Todos aprovaram esta sem-vergonhice bilionária e todos presidem as respectivas legendas e serão responsáveis pela distribuição da grana. Votaram contra: Coronel Chrisóstomo (PSL), Léo Moraes (PODEMOS), Expedito Neto (PSD), Mauro Nazif (PSB), Sílvia Cristina (PDT) e Acir Gurgacz (PDT).
ENERGISA - Para minimizar os efeitos da carestia que assola os mais desfavorecidos, a Energisa entregou vinte e sete toneladas de alimentos nos últimos dias a pessoas em situação de vulnerabilidade, inclusive em comunidades indígenas. Lançou também o programa “Descarbonômetro”, destinado a monitorar a redução de gases de efeito estufa. A ferramenta permite acompanhar o resultado do maior programa de desligamento de termelétricas do país, em curso na Amazônia. São ações desta natureza que as maiores empresas sediadas no estado deveriam adotar porque unem a solidariedade com a preservação ambiental.
MARCO - Mais de cem mil famílias estão inscritas na tarifa social de energia. A quantidade é quase o triplo de quando a Energisa assumiu a concessão há três anos. Tais políticas adotadas pela empresa revelam que começa a mudar de atitude em relação aos rondonienses, uma vez que ao assumir o setor no estado foi alvo de muitas críticas pela forma avassaladora com que tratou os consumidores de Rondônia. É uma mudança substancial que melhora a imagem da empresa e prestigia o consumidor mais carente.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO.
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