Não podemos fazer grandes coisas; apenas pequenas coisas com muito amor.
Madre Teresa de Calcutá
Madre Teresa de Calcutá estava visitando uma fábrica na Índia quando viu, num canto, um homem controlando alegremente enquanto juntava parafusos.
"O que você está fazendo?", ela perguntou. "Construindo aviões", ele respondeu. "Aviões?", ela indagou. "Sim", disse o homem, "sem estes minúsculos parafusos o avião não pode voar".
Adoro essa história. Ela me faz pensar nosso papel no esquema total das coisas. Esse homem compreendia a importância de sua contribuição, por menor que fosse, e assim podia pacientemente realizar sua tarefa.
No trabalho, muitas coisas desafiam a nossa paciência: a lentidão das decisões, os entraves da burocracia, as promoções a que aspiramos, o relacionamento com chefes e colegas de trabalho. Como consultora de corporações, observo que as pessoas conseguem se adaptar e superar dificuldades e reestruturações quando sentem que são reconhecidas e valorizadas na sua contribuição para o conjunto.
Numa pesquisa sobre os motivos pelos quais as pessoas permaneciam em uma empresa, o salário constituía o quinto fator em importância. Reconhecimento e valorização eram os principais motivos. Para sermos felizes no trabalho, precisamos sentir que estamos contribuindo com algo importante para o objetivo final, pra a execução das metas da empresa, pra a sensação de companheirismo. As maneiras de contribuir variam, mas o desejo de ter o próprio valor reconhecido é permanente.
Ben Zander, regente da Boston Philharmonic, escreve a respeito disso no livro A arte da possibilidade. Há, ele diz, em cada um de nós, "um desejo universal de ajudar os outros, não importa quantas barreiras existam para atingir este objetivo". Quando confiamos na nossa capacidade para contribuir e quando reconhecemos as contribuições dos outros , aumentamos a paciência no trabalho - a nossa e a daqueles que nos cercam.
Embora possamos receber o reconhecimento por parte dos outros, é fundamental termos consciência de nosso própria importância, como fez o operário da fábrica da Índia. Precisamos descobrir onde nossos mais íntimos desejos se encontram com as necessidades do mundo. A partir daí, podemos trabalhar incessantemente por nosso objetivo, seja ele qual for, sem mesmo ser necessário ver resultados imediatos.
Onde é que precisam de você? Qual é a sua utilidade? Que obras-primas estão pedindo que você crie colocando parafusos um a um?
Fonte: Do Livro - O PODER DA PACIÊNCIA - Autora: M.J. Ryan / Editora Sextante.
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