Não se pode ignorar o enorme esforço, da Prefeitura de Porto Velho, mas principalmente da nova empresa, que começa agora a buscar uma solução definitiva para a enorme crise do sistema de transporte da Capital. O problema vem de anos, mas desde que o antigo consórcio foi destroçado no governo do ex prefeito Mauro Nazif, a população que depende de ônibus, viu o que é trocar o que funcionava mais ou menos por algo que jamais funcionou. Nazif prometeu mundos e fundos. Não cumpriu. É sempre bom lembrar que sua decisão de trocar os responsáveis pelo transporte na cidade teve amplo aval da Justiça, já que todas as tentativas do então detentores dos direitos de manterem o serviço, não foram acatadas no Judiciário. Há que se fazer, ao menos esse rápido retrospecto da situação, que culminou agora com o consórcio vencedor da concorrência no governo anterior, o Sim, abandonando o atendimento à população, para se compreender o que ocorreu. Recentemente, quando já estava programado para começar em setembro, a empresa JTP, vencedora da concorrência, viu outro processo se arrastando na Justiça, até, que enfim, houve uma decisão que optou por priorizar as necessidades dos milhares de porto velhenses que dependem de ônibus para saírem de suas casas para trabalho, lazer, escola e por aí vai... Com o atraso da previsão inicial, marcou-se para a segunda quinzena de outubro o início das atividades da JTP. No final das contas, em função do abando do consórcio Sim, a nova empresa teve que adiantar, à base de muita correria e sacrifício, o início das suas atividades. A data é exatamente essa quinta-feira, 01 de outubro, o que será confirmado numa entrevista coletiva do prefeito Hildon Chaves.
Todos os problemas estarão resolvidos, então? Obviamente que não. Há uma tendência de que as coisas melhorem para o usuário, em função de algumas transformações já constatadas, na prática. O sistema começará com vários ônibus zero quilômetro e muitos outros seminovos. Promete-se novas linhas, nova estrutura, nova filosofia. Será um enorme desafio para os responsáveis pela empresa, conseguirem manter tudo o que prometeram e que está garantido pelo edital que a escolheu. Até porque em Porto Velho, levantamento oficial de outra concorrente, que desistiu de participar da concorrência, chega perto de 70 por cento o número de passageiros que ou não pagam passagem (idosos, deficientes e vários outros beneficiados) ou que pagam meia tarifa (estudantes), sem qualquer contrapartida do Poder Público. Ou seja, é a própria empresa privada que tem que bancar todos esses benefícios, vários deles concedidos de forma irresponsável, por leis demagógicas, que todos sabemos muito bem de onde partem. Enfim, os mais de 100 mil porto velhenses que precisam de transporte coletivo, terão, a partir dessa quinta, pelo menos a esperança renovada de que, finalmente, tenham um sistema digno das suas necessidades. Esperemos para ver, antes de comemorar...
MINISTRO VEM VISTORIAR PONTE E LANÇAR OBRAS - O deputado rondoniense Lúcio Mosquini, líder da bancada federal de Rondônia, foi convidado para ser um dos novos vice-líderes do governo Bolsonaro na Câmara Federal. Mosquini, aliás, tem se aproximado muito do Presidente da República, em várias ocasiões. Um dos temas mais defendidos por Mosquini, a regularização fundiária no país e especialmente na nossa região, é também uma proposta importante no contexto do programa do atual governo. Mosquini, aliás, é um dos convidados, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, para eventos que ocorrerão nesta sexta-feira, dia 2, quando ele vier ao Estado. O ministro e sua comitiva visitarão da Ponta do Abunã. Tarcísio também vai assinar acordo com o Exército para obras da Travessia de Jaru, na BR 319 e da implantação de seis passarelas de pedestres na BR 364, em Porto Velho. Certamente, durante sua estada entre nós, um dos grandes temas, fora da agenda oficial, será a questão do asfaltamento da B 319, que já começou.
GOVERNADOR ALERTA PARA ESCOLHA DO ELEITOR - Neste Blog, na edição de quarta, foi comentada a questão de que a maioria dos candidatos, infelizmente, entra na política para se dar bem, esquecendo-se de quais deveriam ser suas verdadeiras missões. Leitor assíduo desse espaço, o governador Marcos Rocha escreveu um comentário sobre o tema, publicado aqui, na íntegra: “realmente o eleitor deve saber muito bem em quem votar. Não votar em quem deu presentes, no amigo, no vizinho, mas sim em quem ele tem certeza que tem condições reais de contribuir com o desenvolvimento da população”. Continua: “a ganância por Poder e dinheiro, que gera a corrupção, é destrutiva, não somente para quem as pratica; também é destruidora das famílias e da sociedade”. Ao concluir, Marcos Rocha acentuou: “devemos relembrar o que já passamos com a velha política e quanto atraso isso provocou. Mas também há necessidade de se tomar cuidado para não escolher o que parece ser novo. Tem o antigo na política que é sério; tem o antigo que tem que sair; tem o antigo que não pode voltar, mas também tem o novo, fincado em velhas práticas, que não pode entrar. Toda atenção é pouca!”
SEM FERIADO AGORA, MAS COM FERIADÃO EM JANEIRO - Chega de tanto feriado, ainda mais agora, quando a economia começa, mesmo que ainda lentamente, a se recuperar. O que precisamos é trabalhar duro, para recuperar o tempo perdido, mesmo enquanto ainda lutamos contra a pandemia. Portanto, houve bom senso na decisão do prefeito Hildon Chaves, em transferir o feriado de 2 de outubro, aniversário de Porto Velho, que seria comemorado nesta sexta, para o quinto dia do mês de janeiro. Embora a transferência representa um longo feriadão (4 de janeiro, aniversário do Estado, cai numa segunda-feira e o dia 5 numa terça), ao menos empurramos mais para a frente o assunto, porque agora não é hora de as empresas fecharem (de novo!) suas portas. A decisão do prefeito, segundo nota oficial, atendeu pedidos das lideranças empresariais da Capital. O decreto com a mudança de data do feriado já foi assinado e, portanto, a sexta será dia normal de trabalho. Quando janeiro chegar, provavelmente já com a pandemia controlada (tomara!), o feriadão será emendado com as festas de final de ano (dia 1º será numa sexta) e então teremos cinco dias diretos de paralisação.
ASSEMBLEIA ANALISA AÇÃO POPULAR CONTRA LEBRÃO - Há um longo trâmite, baseado no mesmo sistema da Câmara Federal, adotado em situações como essa. A Assembleia Legislativa foi instada, por ação popular já registrada no Parlamento, a cassar o mandato do deputado Jose Lebrão. O pedido se baseia nas imagens de vídeos divulgados durante a operação da Polícia Federal e Ministério Público, em que o parlamentar aparece recebendo dinheiro de um empresário, que delatou o esquema. Foram presos na ocasião e afastados de seus cargos por 120 dias, os prefeitos de Rolim de Moura, Luizão do Trento; de Ji-Paraná, Marcito Pinto e as prefeitas de Cacoal, Glaucione Rodrigues e de São Francisco do Guaporé, Gislaine Lebrinha, filha do parlamentar. A ação popular exige que o caso seja investigado e o decano dos parlamentares rondonienses perca seu mandato. Lebrão está em seu quinto mandato e foi o deputado com a maior votação na eleição de 2018. Fez 20.357 votos. Na sua cidade, São Francisco do Guaporé, chegou a 58 por cento de todos os votos validos. O caso agora será analisado por comissões da Assembleia Legislativa e por sua Corregedoria. O empresário que delatou o esquema já tinha sido envolvido em duas operações anteriores, como réu e não foi incluído no processo como corruptor. Está fora do país.
MINISTRO NEGA HABEAS CORPUS A TRÊS DOS PRESOS - Por falar na operação contra a corrupção, que abalou o Estado, três dos cinco presos pediram habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça. Não deu certo a tentativa dos advogados de Glaucione Rodrigues, do seu marido Daniel Neri e de Luiz Ademir Schock, o Luizão do Trento. Ao menos por enquanto, eles permanecerão presos. O ministro Joel Paciornick, do STJ, negou os pedidos de liminar encaminhados pelo trio. Eles continuarão detidos em Ji-Paraná, onde estão, aliás, desde a sexta passada, quando a Operação Reciclagem foi colocada em prática. O ministro afirmou que, antes de tomar nova decisão, quer ouvir os argumentos do Tribunal de Justiça de Rondônia, que, através do Desembargador Roosevelt Queiroz. Roosevelt foi o magistrado que autorizou a prisão do quinteto. Não se sabe quando será definida uma nova decisão. Sobre os outros dois que ainda estão presos, o prefeito de Ji-Paraná, Marcito Pinto e de São Francisco, Gislaine Lebrinha, não há informação sobre pedidos de habeas corpus por seus advogados. Nessa quinta, certamente, haverá mais informações sobre o lamentável assunto.
VÍRUS JÁ MATOU 1.357 RONDONIENSES E QUASE 144 MIL BRASILEIROS - Subiu de novo o numero de casos de afetados pelo coronavírus no Estado, entre a terça e a quinta-feira, mas caiu de novo (embora qualquer número, nessa estatística, entristeça a todos) o número diário de óbitos. Na terça, tivemos um total de 11 mortes registradas. Na quarta, esse número já caiu para quase a metade. Foram seis, duas das quais na Capital. Chegamos a 65.911 casos registrados; 57.888 recuperados e 252 pacientes ainda internados, além de 1.357 mortos. Um número importante, detectado no Boletim de número 196 da Sesau, é que chegamos já a um total de 205.200 testes realizados, certamente o maior número, proporcionalmente à população, em todo o país. A Covid diminui e cresce, enquanto a tendência agora seja de queda. Por isso tudo, é importante se manter todos os cuidados. No país inteiro, já chegamos aos 4 milhões e 800 mil casos e, infelizmente, chegando perto das 144 mil mortes. É como se toda a população de Ji-Paraná e Monte Negro, juntas, tivessem sumido deste Planeta. Uma tristeza que todos os brasileiros estamos sofrendo...
KASSIO NUNES DEVE SER O NOVO MINISTRO DO STF - A menos que aconteça uma daquelas surpresas que ninguém imaginou, já está escolhido o novo ministro do Supremo Tribunal Federal, para substituir o ministro Celso de Mello, que se aposenta no próximo dia 13 deste mês. Todas as fichas apontam que o presidente Jair Bolsonaron indicará o desembargador Kassio Nunes, hoje no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Será o primeiro nome que Bolsonaro indicará para a mais alta corte brasileira. A escolha teria sido também referendada por pessoas muito próximas ao Presidente. Até o início da semana, Kassio não estava entre os nomes até então mais cotados para a indicação. Fontes do Planalto, contudo, começaram a deixar vazar o nome do Desembargador, até que ficasse claro que a escolha já teria sido feito, faltando apenas o anúncio oficial. O futuro novo ministro, que é dado como certa, é natural do Piauí, mas não é magistrado de carreira. Ele começou sua carreira como indicado pelo Quinto Constitucional da OAB. Foi escolhido para o TRF-1 pela ex presidente Dilma Rousseff, numa lista tríplice. Bolsonaro indicará também, ainda nesse mandato, o nome do substituto do ministro Marco Aurélio de Mello.
PERGUNTINHA - Você acredita que agora, finalmente, o sistema de transporte coletivo em Porto Velho vai funcionar à altura do que o usuário merece ou que daqui a algum tempo, tudo voltará a ser como antes?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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