O que vem sendo chamada de minirreforma política está
causando a maior angústia nos caciques que atuam nos bastidores para a formação
de nominatas para as eleições deste ano. Parece que esperavam a derrubada da
medida que muda as regras de contagens de coeficientes eleitorais, valendo já
para as eleições de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. As diferenças são
representativas para os resultados. Cada partido vai ter que compor sua própria
nominata já que as coligações nas proporcionais não serão mais permitidas. Com
isso está faltando candidatos para tantos partidos. Algumas legendas terão que
disputar com números de candidatos abaixo do total permitido. Outras provavelmente ocorrerão o risco de lançar candidaturas laranjas para tentar formar chapa.
Outra mudança será na contagem do votos e divisão dos coeficientes eleitorais que definem a quantidade de eleitos para cada partido. Existirá a média da somatória, porém para ser eleito o candidato precisa atingir pelo menos 10% do total dos votantes no pleito. Isso evitará o lançamento de 'super candidato' que estoura de votos nas urnas e leva mais uns na sobra. Essa possibilidade não terá mais peso.
As mudanças feitas na legislação eleitoral é uma antecipação da reforma Política que não caminha na pauta do Congresso Nacional. Ao impor medidas, a Justiça Eleitoral força o parlamento a criar leis que possam reorganizar as eleições. Essas novidades devem influenciar também, na enorme quantidade de partidos políticos que serviam apenas como moeda de troca na formação de coligações. Se funcionar no pleito deste ano, será aperfeiçoada para as próximas eleições de 2022.
Fonte: EDITORIAL - Jornal Diário da Amazônia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário